Capítulo 11

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Anne

Tomás abre a porta do banco de trás e salto para fora do carro, logo atrás de mim, sorrio retribuindo o sorriso de Tomás. Logo atrás de mim, mamãe também salta para fora e da a mão para meu pai, papai me oferece seu braço e entrelaço o meu braço ao dele.
O dia passou tão rápido que não fui capaz de aproveitar nada.
Meu café da manhã com Tomás foi cancelado graças ao meu pai, que achou de marcar uma reunião justamente no horário em que marcamos de sair.
Acabou que o jantar na casa dos Jones chegou mais cedo que o previsto.
Mamãe quem escolheu meu vestido, segundo ela, Sra. Karolyne tem algumas manias e roupas tem a ver com isso, então ela escolheu um vestido longo rosa, e o resto eu cuidei, amarrei meu cabelo em um coque alto, e soltei dois cachos próximos a minha orelha, então coloquei um salto alto e quero ver Sra. Karolyne dar pitaco.
Sorrio quando fito Patrick, quando também me vê, Pat abre um sorriso largo e caminha até mim e meus pais, que o cumprimentam com educação.

- Você esta linda, Anne!

- Obrigada!

- A senhora também está linda, Sr. Collin!

- Obrigada, querido! Mas pode me chamar de Sra. Susan, afinal, seremos nora e genro.

- Claro, Sra. Susan!

Patrick volta sua atenção para mim e me oferece o braço, logo solto papai e entrelaço o meu braço ao de Patrick.
Logo estamos dentro da casa dos Jones e somos recebidos por diversas pessoas, casais, jovens, amigos da família Jones.

- Anne, você está muito bonita!

Sra. Karolyne diz quando chega próximo a nós, ela me olha de cima a baixo e quando volta a me olhar, sorrio agradecendo, então ela também sorri, mas não vejo verdade no sorriso dela, vejo apenas falsidade.
Quando faço menção de dizer algo, escutamos um sino, todos voltam sua atenção para o Sr. Jones, que está segurando uma taça de champanhe, então sua esposa fica ao seu lado, ainda com seu sorriso falso e debochado.

- Acredite, não sei como vim parar nessa família!

Patrick diz próximo ao meu ouvido, me fazendo sintir meu corpo inteiro estremecer e minhas mãos suarem.
Olho para ele lançando uma piscadela, Patrick da uma gargalhada baixa e volta sua atenção para os Jones chefes.

- Nessa noite queremos apresentar aos nossos amigos de classe a garota que fará parte da nossa família. Bom, a familia dela faz parte da nossa empresa, agora seremos um só!

Sr. Jones me encara.

- Apresento vocês a Anne Collin! A noiva do nosso Patrick!

Palmas ecoam por todo o ambiente, Patrick e nos entreolhamos e então unimos nossas mãos, e sorrimos para todos os presentes no local.

- Será que eu posso roubar ela um momento?

Sra. Jones chega na mesa em que meus pais e eu estamos, imediatamente olho para Patrick que está conversando com um amigo e me tranquilizo quando o vejo olhando para nós ao mesmo tempo.

- O que você quer com ela, Karol? - mamãe pergunta com a voz firme e colocando sua mão em cima da minha mão.

- É só uma conversa, Susan. Não vou machucar sua filha. Vamos, Anne?

- Sim! Sim...

Levanto e Sra. Jones entrelaça seu braço ao meu me guiando para fora do salão de jantar, logo chegamos no Jardim da casa e continuamos a andar, quando estamos a um certo ponto de distância, Sra. Jones para e fica na minha frente.

- Eu não quero você perto do meu filho!

- O que?

Dou uma gargalhada irônica.

- Fica bem longe dele, ouviu bem? Esse casamento é de faixada e por mais que meu marido e seus pais queiram que no final vocês se dêem bem, eu quero que vocês se dêem mal, então fica longe dele! Não se aproxime, fique longe!

- Eu não sei se a senhora entendeu, mas eu estou de casamento marcado com seu filho. Ou seja, a senhora querendo ou não, eu estarei perto dele. Mas não se preocupe, a gente nunca vai ter nada.

- Acho bom! Acho muito bom! Patrick é muito para uma garota como você.

- Acabou?

- Só mais uma coisa... - ela olha para meu vestido. - Eu odeio rosa!

- Ah! Vou anotar no meu caderno de coisas que a minha sogrinha não gosta!

- Não deboche, garota! Você não sabe do que eu sou capaz! Não sabe!

Sra. Karolyne sai do jardim voltando para dentro do salão, quando não consigo a ver mais, respiro fundo e limpo uma lágrima solitária que desce por minha bochecha.
Dou mais alguns passos para dentro do jardim e me sento na grama, fico de pernas de índio e limpo as lágrimas que abandonam meus olhos como se tivessem vida própria.
Que droga! Isso vai ser mais difícil do que eu imaginei, Sra. Jones é uma cobra em forma de gente.

- O que minha mãe fez?

- Patrick...

Ele senta ao meu lado, também fazendo perna de índio, limpo minhas lágrimas e olho para Patrick.

- Sua mãe é a única que não quer ver a gente próximo.

- Como assim?

- Ela me trouxe até aqui para pedir, melhor, para mandar eu  ficar longe de você. E se eu nao estiver louca, acho que ela me ameaçou também.

Patrick respira fundo.

- Desculpa! Eu jurava que nenhum deles queriam nossa aproximação.

- É... O que vamos fazer?

- Continuar com o plano! Agora mais do que nunca.

- Se sua mãe me matar, eu volto pra puxar seu pé!

Damos uma gargalhada, Patrick da duas batidas em seu ombro, sorrio e deito minha cabeça em seu ombro e ficamos olhando para o céu, completamente azul.

- Ah! Ela também não gosta de rosa, ou seja, ela não gostou do meu vestido!

Ficamos em silêncio por alguns segundos, então caímos no riso.
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Até amanhã

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