Capítulo 18

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Anne

Pensei que quando eu estivesse grávida, eu me sentiria a mulher mais feliz do mundo em saber que um pequeno ser está sendo gerado em meu ventre.
Talvez eu sinta isso conforme o tempo for passando, ser mãe sempre foi um sonho da minha vida.
Imaginei um casamento onde eu mesmo teria aceitado depois de um lindo pedido.
Imaginei uma lua de mel na Escócia, vivendo dias de extrema alegria.
Imaginei a descoberta de uma gravidez, o primeiro filho e uma alegria gigantesca invadir a família inteira.
Mas todos os meus sonhos e planos foram por água abaixo quando descobri que a minha história já estava traçada.
Não, não estou dizendo que estar grávida é a pior coisa que me aconteceu, pelo contrário, estar grávida me trás a esperança de que um dia eu serei livre para fazer as minhas escolhas. Porque eu terei um pequeno e lindo motivo para lutar.

- Você está bem? Parece preocupada, cansada...

Patrick pergunta sentando ao meu lado no banco da praça que chegamos há pouco tempo, depois de almoçarmos juntos.

- Eu preciso te contar uma coisa... - respiro fundo. - Uma coisa muito seria!

- O que houve?

- Patrick, eu estou grávida.

Patrick fica sem reação, boquiaberto, me encarando e posso ver uma expressão de decepção.

- Devo estar de quase 2 meses... Não sei o que fazer, estou totalmente sem rumo.

- Grávida...? Eu... Eu acho que deveria te dar parabéns, mas não seria algo legal no momento.

Nego com a cabeça.

- Quem é o pai?

- Um rapaz que conheci em Nova Iorque. Ele era um cara repulsivo e nunca mais o verei. Mas o fato é que estou grávida dele, e isso pode acabar com tudo.

- Sim... Se meus pais descobrirem, podem acabar dizendo que você quebrou o contrato e assim a empresa ficará com eles.

Sinto algumas lágrimas se formarem em meus olhos e me lembro de meu avô, dizendo o quao importante é a empresa para ele.

- Mas não vamos deixar isso acontecer - Ele diz pegando minhas mãos. - Anne, não vamos deixar isso acontecer! Vamos dar um jeito.

- Que jeito? É impossível dar um jeito nisso. Minha barriga vai...

- Vamos dizer que eu sou o pai desse bebê - ele diz me interrompendo.

- Patrick, isso é impossível.

- Não. Não é impossível. Existe coincidências. Sabemos disso, nos conhecemos no avião. Anne, podemos dizer a eles que nos conhecemos muito antes em Nova Iorque e que dormimos juntos, e o resultado foi esse bebê.

Não consigo responder.

- Vamos dizer que esse bebê é meu filho.

- Eu... Patrick, eu não vejo isso dando certo.

- Mas vai dar certo! Acredite! Além do mais, queríamos fazer com que eles achassem que estávamos juntos, acho que essa gravidez veio para nos ajudar.

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