NATIESE: AMOR E SUPERAÇÃO (TRAUMAS, REENCONTROS E RECOMEÇO)

Capítulo 38

Oi pessoal tudo bem? Chegamos ao fim... Esses dois capítulos que vou postar são os últimos. Espero que gostem e saibam que escrevi com muito amor e carinho. 

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Sai pra tomar um café e me sentei no sofá da sala de visitas em comum que tinha ali e tinham mais alguns pais ali. A mãe da Catarina se juntou a mim até que um dos pais quebrou o silencio.

XX: O Felipe falou uma coisa que me deixou assustado. – suspirou – Ele disse que uma senhora o ajudou a sair da sala, mas que ele nunca a viu na escola antes. Ai eu perguntei como era essa senhora ai ele disse que ela tinha o cabelo loiro e preso e usava um colar igual o que a mãe dele usa e os brincos de bolinha que é de pérola igual o da mãe dele também. E que os olhos dela eram azuis e ela disse que tudo ficaria bem e deu a mão pra ele e saiu da sala e logo a professora o colocou do portão pra fora. A Juliana ficou assustada e pegou uma foto da mãe dela usando o brinco e o colar que ela sempre usa e que eram da mãe dela que faleceu quando o Felipe tinha 2 anos. Ela mostrou a foto pra ela e ele falou que era ela, que a senhora que tirou ele da sala era aquela senhora da foto. – eu arrepiei.

XXX: Meu Deus... A... A Alice também, falou que um moço tirou ela da sala que ela nunca viu ele e deu as características dele, meu marido mostrou uma foto no celular e é o irmão do meu marido falecido há 3 meses. – aquilo tava ficando sinistro. Tinham 8 pais ali e todos eles tinham uma historia pra contar. O mesmo aconteceu com a Catarina, ela disse que uma moça a ajudou e pela descrição a moça é a prima da mãe dela falecida também. Ficamos nos encarando porque não sabíamos o que pensar o que dizer o que fazer. Era tudo muito surreal, mas aconteceu com cada uma daquelas crianças que estavam ali. Contei de quando meu filho nasceu que a Clara veio com a historia de que o Theo era o Pedro meu filho falecido. Um casal que estava ali era espirita e eles acreditavam que algum ente querido de cada família protegeu as crianças ali, porque nenhuma delas se feriu gravemente. Os professores se machucaram, mas nenhuma criança estava ferida com gravidade. De manhã a Clara tava tomando café e começou a falar.

Clara: Mamãe, a Marina me tirou lá da escola. Ela que me levou no portãozinho. – eu olhei pra mãe da Catarina que me encarou espanto.

Eu: É filha? E como foi? – me aproximei dela pegando o celular e colocando pra gravar.

Clara: Eu tava debaixo de uma mesa como a professora pediu ai tudo ficou muito claro.

Catarina: Ficou mesmo – concordou a amiguinha.

Clara: Ai uma mãozinha pegou a minha mão. Quando eu olhei era a Marina, falando que ia me tirar dali e que eu não ia me machucar que ela ia cuidar de mim. Ai eu sai de mão dada com ela pelo portãozinho. Ela já tá grande mamãe, mas era ela, era a minha irmã. Ai ela me mostrou você e a mamãe e falou que eu tava segura e foi embora.

Eu: Ela falou mais alguma coisa filha?

Clara: Não. Só que me ama e ama você e sumiu. Mas ela veio me ver de madrugada também. Ela tá bem. – falou tranquilamente.

Eu: O que vocês fizeram enquanto não conseguiam sair da escola filha?

Clara: A tia Luciana falou pra gente ficar calmo e pedir pro Papai do céu cuidar da gente pra não acontecer nada de mal com ninguém.

Catarina: Ai a gente ficou num cantinho tia, onde não chegava o fogo e a gente pediu pro Papai do Céu cuidar de todos na escola, igual a gente faz todo dia com a tia Luciana quando a gente chega na escola e quando vai pra casa.

Clara: Ai depois que eu terminei a minha oração a Marina apareceu.

Catarina: Foi quando apareceu a luz que deixou tudo claro titia, ai uma moça me ajudou a sair também - Era muito assustador, esquisito, eu não sabia qual era a melhor palavra pra situação, mas como explicaria todos aqueles relatos de crianças de 4 e 5 anos? No meio da tarde ela recebeu alta assim como a amiguinha e fomos pra casa. Só teríamos que continuar as inalações por uma semana por garantia. Cheguei em casa dei banho nela, dei um lanchinho e ela foi brincar com o André. Eu tomei um banho peguei o Theo um pouco e fui pra cozinha tomar café. A Natalie, a Ester, a Maria e o Tony tomavam café também e eu me sentei com eles contando tudo que ouvi e mostrei o vídeo da Clara contando como foi.

Maria: Eu to arrepiada.

Ester: Ela protege a Clara desde sempre dona Priscilla. – a Ester é espirita. – Ela sempre protegeu essa casa e essa família. Não é a primeira vez que a Clara a vê. O dia que a dona Patricia acordou com a Clara a chamando de madrugada no dia do nascimento do Theo, não foi a primeira vez que a Clara viu os irmãos.

Eu: Como assim Ester?

Ester: Um dia estávamos no jardim brincando e ela viu os dois. Eu também os vi, mas eu não disse nada. Ai ela falou " Teté, é o Pedro e a Marina, vamos lá" e eu fui com ela até o cantinho onde eles correram. Eu não os vi mais, mas ela falou com eles, ela riu com eles. Mas ela nunca falou nada pra ninguém. Aquela madrugada não foi a primeira vez que a Clarinha apresentou mediunidade ou talvez, visões de criança como algumas pessoas gostam de chamar... A Clara é pura, é benção, é luz. Desde sempre, ela é uma menininha alegre, a gente nunca a via triste. A víamos chateada por causa da fisioterapia, mas nunca a vimos triste com nada. Ela é muito grata a tudo que ela tem, a tudo que acontece com ela. Ela ama as pessoas, ela protege as pessoas. Ontem cedo quando o Theo acordou e a Dona Natalie tava no banho eu fui vê-lo e ela já estava no quarto e fazendo carinho nele falando " calma Theozinho a mamãe já vem, fica calminho". Ela fez carinho nele até ele se acalmar e pegar no sono de novo. Ela é muito iluminada. E eu acredito sim que a Marina a tirou daquele incêndio e que os familiares de todas aquelas crianças as ajudaram a se salvar sem queimaduras graves. Um incêndio que aparentemente começou do nada, e poderia ter matado todo mundo, afinal são crianças de 2 a 6 anos naquela ala do colégio. No desespero os professores não iriam conseguir conter as crianças tanto é que muitos saíram queimados. A fé salvou aquelas crianças. – ela tinha razão.