3. Peças

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Como conseguiria trabalhar diariamente com aquele homem sem explodir em tensão sexual?

Eu sempre fui exemplar em manter equilíbrio frente outras pessoas, qualquer movimento extremo demais poderia causar grandes problemas. Nesse ramo as pessoas preservavam bastante a imagem representativa, eu era a imagem da minha empresa e não podia falhar.

Mas, diabos, aquele homem me colocava na beira do precipício, como poderia controlar tanto desejo? Simples, não podia, e o mais importante não queria.

Não estou querendo esconder o fato dele ser um desejo guardado dentro de mim, pensar nessa frase me faz perceber onde realmente o queria. Mas o que seria se dormisse com Jungkook? O meu talento não passaria de um grão comparado a toda atenção que esse detalhe receberia.

Eu queria ser notada pelas minhas capacidades.

Não por ser a grande nova conquista de Jeon Jungkook.

E essa é a razão exclusiva para manter tudo limitado, cada contato, frase, atitude, teriam um limite.

Espero que este aguente toda futura provocação.

— Taehyung. — Digo encontrando-o ao lado de fora. Os braços cruzados frente ao tórax. — Ainda aqui?

— Temos que pensar no melhor lugar para as reuniões e planejamentos. — Explica. — Também queria ter a certeza que isso, entre você e Jungkook não acarretará problemas.

— Não existe nada entre nós.

— Ainda não, certo?

A língua umidece os lábios quando o sorriso sorrateiro transparece suas verdadeiras intenções. Ele não é inofensivo, sabe ser muito obstinado quando quer.

— Escute, conheço Jeon desde que éramos crianças ele é insistente e infernos quanto mais resistir mas ele vai te atiçar. — Começa aproximando-se. — Eu posso não ser um especialista em leitura corporal mas aparentemente ele também te atrai.

— Eu posso não conhecer a relação de vocês e definitivamente não interessa quantos anos se conhecem. Não sou um maldito brinquedo para que ele possa pegar e fazer o que bem entender. — Travo o maxilar irritada. — Sexo não é a questão mais importante do mundo e antes de qualquer desejo que venha ter minha empresa vem em segundo lugar.

— O que está no primeiro?

— O bem estar da minha família.

— Fala daquele seu irmão que odeia cada coisa que envolve sua profissão? Parece-me um bom apoio.

— Se falo ou não dele é problema meu, não se meta onde não lhe cabe. Certo? — Voltando a postura normal continuo. — Nosso trabalho aqui é criar uma boa oportunidade então limite seu contato à isso.

Touché. — Responde. — Onde vamos nos encontrar?

— Na minha empresa. — Jeon aparece repentinamente recomposto. — Quero provar a teoria se a senhorita queima ao colocar os pés lá, afinal somos o inimigo.

— Você realmente parece como uma criança mimada. — Divago.

— Crianças mimadas tem tudo que querem, é uma boa referência.

— Tudo até que um dia precisem aprender que o mundo não lhe oferece seus desejos.

— Espero realmente que essa tensão não nos atrapalhe, enfim, para mim está ótimo nas empresas Jeon. — Concorda passando as mãos com anéis para os bolsos.

— Encontro vocês amanhã. — Digo andando. — Até amanhã senhores.

— Dyana! — Chama e reclamo mentalmente por ser educada suficiente e virar como se não quisesse sair da presença desse homem.

Xeque Mate • Jjk • LongficOnde histórias criam vida. Descubra agora