Xeque Mate • Jjk • Longfic

9. Rainha

O poder se centraliza nas mãos dela, todo povo pode ver o rei mas a reverência deste homem pertence a rainha.

As pessoas não falam das mulheres como as deusas que são, que merecem ser vistas não como superiores mas tão capazes como qualquer homem.

Eu me sentia plenamente forte, com todas as falhas expressas na pele queimando sobre a derme. Ser mulher dita muito sobre quem sou, eu sou a força retirada de minhas próprias fraquezas e ter isso mostrou-me que a rainha dentro de nós deve ser empoderada alimentada como é não menos que isso.

Pensando que o tempo nos mostra diversas coisas, para mim com grandes revelações sobre a mulher que hoje se senta a frente de uma mesa antes rodeada por homens, agora tendo a mim como CEO.

É incrível pensar em como duas semanas passam consideravelmente rápido embora cada minuto naquele lugar parecesse eterno todas as vezes, o momento estava passando, juntamente nossa grande reunião se aproximava.

Tínhamos confiança tanto quanto podíamos deixar transparecer, nosso trabalho não seria em vão mas o que se sucederia dali apertava nossos corações de maneira que todos apreciavam a oportunidade e com a sensação amarga que de tanto trabalho apenas um se sobressairia.

Mas o tempo com suas grandes habilidades não poderia nos fazer esquecer tudo.

— Yun-hee. — Não foi como suspiros ou alegrias destinadas, era apenas uma entonação vaga. Pensando bem nada me faria esquecer o porte dela e como seus olhos me fuzilavam. — É uma surpresa?

— Esperava que estivesse sozinho, mas não me incomodo com a presença de Taehyung ele é um bom amigo. — Comenta ignorando-me e sinto vontade de sorrir pela alfinetada.

Ela caminha com os saltos batendo no piso cada estalar após o outro chegando finalmente os braços de Jungkook, selando um abraço fervoroso.

Não me incomodava nenhuma milha de sentimento desde que minhas relações atualmente não se encontravam fixas, uma sequência de provocações não dita um relacionamento sério.

— Estou feliz em te ver. — Fala apertando as bochechas dele fracamente. — Não estava fugindo de mim, não é?

— Não, apenas muito trabalho.

— Imagino que dê trabalho ficar nessa sala o dia inteiro com uma companhia indesejável, mas seu trabalho é mais importante que qualquer estorvo.

— É mesmo, exatamente por isso você vive senhorita Yun-hee.

— Como?

— Oh, pensei que estávamos falando das companhias indesejáveis que não chegam a ser estorvos. — Sorrio desviando o olhar da mesa para seus olhos. — Desconsidere, achei que o assunto fosse esse.

— E onde exatamente eu me encaixo nesse assunto? — Repousa a mão sobre seus quadris prestes a entrar numa briga mas como resposta apenas sorrio ameno voltando a meus afazeres.

De canto consigo ver o semblante de Taehyung se torcer para não acabar caindo no riso, ele amava deboche mais ainda quando podia observar calmamente o decorrer das coisas.

Um bufar alto rodeia no ar e é quando toda tentativa de passar credibilidade foge de seu controle com uma risada alta e escandalosa que aumenta gradativamente com o curvar de seu corpo.

A expressão desgostosa em seu rosto aumenta gradativamente, não é como se fosse realmente um incômodo para a risada grave que se instala por todo escritório. Eu não tenho problemas com ela entretanto debochar um pouco é uma história diferente, bem diferente.