11. Trégua

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A proximidade entre a pélvis de Jeon Jungkook e meu quadril era perigosamente estreita.

Seu toque em minha cintura pedia novamente mais contato, mais de meu corpo pressionado sobre a firmeza em cada detalhe de seu corpo quente. Estava pedindo implicitamente que cedesse, que deixasse vir e acontecer.

Envolvendo meu olfato com uma fragrância naturalmente vinda de si, junção que deixava cada aterrissar de respiração lentamente sôfrega, mas ainda firme sobre minhas decisões.

O quão péssima poderia ser nossa junção dançando?

Não dia mensurar o quanto me impressionara ao rebolar, somente para então ondular seu corpo encaixando perfeitamente minha perna esquerda entre as suas, deslizando as coxas, aquecendo por dentro.

Peguei-me amaldiçoando nossas roupas.

Se não fosse por essa fina camada inconveniente tocaria seu corpo, sentiria toda textura de nosso desejo crescente e com tanta vontade e ânsia deixaria queimar.

— Você dificulta nossa situação, Dyana. — Comenta respirando propositalmente em meu ouvido. — Perda de tempo, poderíamos fazer tantas coisas.

— Quantas?

— Muitas. — A mão saliente alcança meu rosto descendo em direção as costas, repousando levemente em minha coxa que em seguida ganha um aperto. — Se você cedesse, eu deixaria minhas mãos passarem em todo seu corpo nú. Firmes, curiosas e desejosas para não esquecer como somente eu consigo te tocar.

— Hum, continue. — Instigo sentindo cada vontade estalar dentro de mim.

O sorriso anasalado é presunçoso mas sem capacidade de ignorar-me em sua própria necessidade ensandecida, sussurra outra vez em meu ouvido.

— Beijaria seu corpo, em mínimos cantos em todo lugar só para sentir você estremecendo sob a minha língua. — E em nosso contato vacilo fraca ao imaginar.

A música continua estralando em bom tom para que ouça claramente seu resfolegar, para que ele ouça minhas vibrações reproduzidas as falas desconexas.

Eu sinto cada terminação febril dele quando nos movemos lentos quase deslizando sobre cada palavra solta na melodia.

É intenso, conectado, impuro.

Não mudaria um detalhe sequer.

— E então você começaria a gemer, do jeito gostoso. — Empurra seu quadril no meu inesperado fazendo-me soltar uma exclamação só para si. — Sim, desse jeito.

Estava me perdendo mas não queria me achar.

— Você pediria? — Pergunta retoricamente. — Ah, você pediria não é tímida, você diz que quer e como quer não? Por que agora parece querer tudo que eu quiser dar, não é mesmo?

— Tem um porquê. — Respondo encontrando o ar em meus pulmões.

— Diga-me.

— Não é que aceite o que quiser dar, é porque você vai me dar tudo sem que eu peça Jungkook.

— Muita certeza, não acha.

— Se eu fosse um mínimo diferente do que sou ainda se atrairia por mim, amor?

Ele engole em seco na forma lasciva como o apelido carinhoso ganha entonação em meus lábios.

— Eu me atrairia por você, não importa como. Quero você.

Me afasto tempo suficiente para enxergar a verdade em seus olhos intensos, pedindo internamente não perder nenhum pouco de mim, do meu coração para sua forma de falar sempre tão admirada entorpecida a forma como me enxerga.

Xeque Mate • Jjk • LongficOnde histórias criam vida. Descubra agora