15. Clímax

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— Nunca quis tanto te beijar quanto agora.

Toda entonação ganhava características sôfregas, porque eu me sentia assim; sem ar. Esperava que em algum momento propício seus encantos não seriam arrebatadores dando oportunidade para mim recuperar os sentidos.

Entretanto cada palavra saindo calmamente dos lábios empurravam a beira do precipício, despreparada e totalmente desavisada não sabia onde segurar. As vezes, imaginando que por obra do destino relutar não fosse a característica própria para mim, apenas deixar.

Sentia colapsar, os nervos poderiam ser vistos pulando perto as veias pouco apagadas traçando caminho no antebraço, meu precipício. As mãos suando imprecisas sobre o lugar seguro a serem repousadas.

Essa sensação, nova e nada conveniente.

Jungkook parecia ser sempre o clímax que quero em pensamento constante atingir, deleitar entre os espaços suficientes de tempo e permanecer nele. No clímax, tantas e tantas vezes sem cansar.

— Eu sempre quero te beijar como se nunca houvesse outro tempo possível. — Em resposta meu corpo reage, intenso e necessitado de proximidade, do calor emanando dele.

Estalando os dedos o silêncio pareceu ainda mais palpável, condizente com toda tensão sexual que subia a picos irregulares quando estávamos juntos. Sempre pensava que a cada novo encontro seria desistência.

Internamente esperava estímulos, atitudes descabidas que envolviam um basta caloroso com Jeon decidindo ter-me no hoje sem segundos a menos; embora compreenda que espera por minha decisão.

Então eu caminhava nessa linha tênue demasiadamente fraca sob os olhos, era pura indecisão.

— Juro que haverá outros momentos, eu realmente preciso desses momentos. — Digo ao referir-me a massagem de relaxamento que diria ser mais a técnica tântrica.

— Eu sei, você responde quase tanto quanto provoco. Gosto disso.

— Apenas não quero perder o controle.

Ele riu sarcástico com todo som expandindo até se findar dando espaço ao olhar pecaminoso surgindo nas íris profundas.

— É a primeira coisa que vai perder, anjo.

— Uh.

— Depois a roupa, na sequência. — Comenta leve deixando explícito diversas intenções no riso que veste a face.

É exatamente essa fusão.

A maneira como seu sorriso pode parecer a miragem delirante de um dia sob calor, logo como consegue transformar-se num predador vigiando a presa indefesa. Entretanto, eu não sou indefesa, nesse parâmetro sou tão predatória quanto ele.

Como observadora é comum encontrar homens caminhando em sequência única, não havia meio termo pois tolamente comparavam variedade com indecisão ou indefinição. Mas não, ser homem como conseguir ser também um jovem apaixonado e aventureiro era um premissa única.

Jeon Jungkook sendo este homem, conseguindo ser o garoto de sorriso brilhante e olhar encantador que demonstra infantilidade; igualmente a virilidade máscula junto a todo mistério sexual.

— Gosto de você Jungkook, gosto especialmente da sua personalidade.

— É recíproco, exceto na parte que realmente não existe nada em você que goste menos.

— Eu não disse que gostava menos, apenas acrescentei um especialmente. — Sabia que estava sorrindo involuntariamente e esta é uma das manias a qual nunca perdi.

Xeque Mate • Jjk • LongficOnde histórias criam vida. Descubra agora