Quinta-feira, 5 de Maio
Ontem à noite, quando cheguei a Los Angeles, decidi não ficar em outro hotel econômico (todos os quartos em que me hospedara até agora se pareciam cenários de filmes pornôs de baixo orçamento), e, em vez disso, resolvi esbanjar o meu dinheiro e ficar em um quarto no Viceroy, um hotel de luxo de frente para o mar em Santa Monica.
Sim, o lugar esta totalmente alem das minhas possibilidades financeiras, mas tenho um cartão de crédito para as pequenas emergências da vida. E decidi usá-lo.
Enquanto estava em Nova York, consegui descobrir onde Michael mora e trabalha, pela internet - o nome dele aparece nos créditos de um programa transmitido pela NBC.
Eu não duvido que ele seja casado (ele ainda é jovem demais), então não achei necessário que Alfonso o investigasse. Depois de desfazer as malas e dar um mergulho na piscina, decidi telefonar para a NBC. Depois de navegar pelo sistema de atendimento telefônico automatizado, consegui chegar ao correio de voz de Michael.
Como eu havia desperdiçado tempo demais na clinica de reabilitação, decidi ir direto ao ponto e deixar uma mensagem dizendo que estava na cidade, mas, ao ouvir a mensagem que ele gravou na secretária eletrônica, dizendo que estaria fora do escritório cuidando de assuntos pessoais até segunda-feira (ou seja, dali a cinco dias), eu mudei de ideia.
Não há a menor possibilidade de eu ficar cinco dias em Los Angeles (a diária do Viceroy custa 400 dólares), então decidi ir até a casa onde ele mora, esta manhã, para ver se consigo descobrir alguma coisa. Talvez ele tenha saído da cidade.
Michael mora em uma rua sinuosa em Hollywood Hills, bem debaixo da letra "D"
do enorme letreiro com a palavra Hollywood que esta instalado ali. Como a maioria das casa naquele bairro, o lugar onde ele mora parece ser pequeno à primeira vista, mas o terreno é longo, e a casa se estende pela encosta da montanha.Ou seja, o lugar é enorme. Michael deve estar ganhando uma boa grana. Aposto que a mobília que ele tem hoje em dia é de verdade, também.
Depois de estacionar do outro lado da rua, colocou meu disfarce e começo a procurar por sinais de vida na casa. As persianas estão abertas, o que é um bom sinal, e ... oh!
Quando outro carro estaciona em frente à casa dele, eu me abaixo. Levantando a cabeça cuidadosamente para espiar pelo vidro, vejo que três pessoas desembarcam. Quando elas vão até a porta da frente, vejo que uma delas traz nas mãos... uma torta?
Sim, é uma torta. Eles tocam a campainha e esperam por alguns segundo, até que uma mulher abre a porta e os convida para entrar. Vinte minutos depois eles saem da casa, voltam para o carro e se afastam do local. Hmmm.
Durante as duas ou três horas seguintes, a mesma coisa acontece, varias vezes. Grupos diferentes de pessoas param em frente à casa com comida ou flores, entram e ficam por ali até meia hora, saindo logo em seguida. Como não consigo ver o que se passa no interior da casa, não sei o que esta acontecendo ali.
Imagino que poderia dar a volta na casa e descer pela encosta na montanha, mas, com a sorte que tenho, eu provavelmente encontraria um grupo de coiotes raivosos ou um casal de leões famintos da montanha. Depois de pensar sobre o que fazer, traço um plano.
Estacionando meu carro o mais perto da porta da casa de Michael quanto possível, abro um pouco os vidros das janelas e me deito no banco traseiro. A minha esperança é de escutar o que as pessoas estão conversando quando entram ou saem de seus carros, e descobrir o que esta acontecendo ali. Para que ninguém me veja, eu me cubro com algumas roupas que tiro de uma das minhas bolsas, e fico aliviada por ter deixado Eva no Viceroy, porque ela acabaria dificultando as coisas para mim neste momento.
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Qual seu número?
FanficNova York, início da Primavera. Anahí Portilla lia seu jornal favorito quando fica horrorizada ao ler, que as mulheres têm em média 10,5 parceiros sexuais ao longo da vida. Acreditando que o número é baixo demais, ela puxa da memória todos os homens...