Quando termina de preparar o drinque, ele olha em nossa direção e sorri quando me vê. Enquanto vem até onde estamos, três pessoas que estão sentadas no balcão, à nossa frente, se levantam e vão embora, deixando seus assentos para nós.
- Fiz isso de propósito - diz Alfonso quando chega perto de nós. Ele se inclina por cima do balcão do bar e me dá um beijo. - Bem-vinda.
Quando Cristin, Patty e eu nos sentamos, eu olho para as duas e rio. Elas estão olhando fixamente para Alfonso , de queixo caído.
- Mas que diabos... - murmura Cristin, quando eu a cutuco para que ela saia do transe em que está. - Preciso vir mais ao East Village.
- Eu não sabia que esse lugar era tão bom para sair - concorda Patty.
Alfonso olha para Ian.
- Oi, cara, - diz ele, educadamente, estendendo a mão. - Como vai?
- Supimpa, cara - responde Ian, em tom de zombaria. Depois de apertarem as mãos, Ian olha ao redor do bar. -Estou impressionado - diz ele, assentindo favoravelmente. - Eu esperava que um camarada irlandês como você estivesse servindo cerveja escura em algum pub imundo. Este lugar é tão limpo quanto uma brisa na floresta - diz ele.
Charlie e Teddy se divertem quando ouvem Ian recitar o slogan dos comerciais dos sabonetes irish spring (Literalmente, "Primavera Irlandesa". Os comerciais de televisão geralmente retratam uma floresta ou um vilarejo irlandês). Quando os dois desviam o olhar para evitar caírem na risada, eu dou um chute na canela de Ian e olho para ele, irritada.
- Ei, estou brincando, cara - diz ele, olhando para Alfonso . E então ele percebe a camiseta verde-esmeralda que Alfonso está usando. - Estou vendo que você resolveu se vestir com as cores da pátria hoje.
Sem saber direito como reagir às piadas de Ian, Alfonso ri.
- Você faz algum show de comédia pela cidade? - pergunta ele, tentando aliviar a tensão. - Ou o circo onde você trabalha está só de passagem?
- Você é engraçadinho, hein? - diz Ian.
Alfonso levanta uma sobrancelha.
— Não tanto quanto você.
Ele se vira para mim. Inclinando-se novamente por cima do balcão do bar, ele segura as minhas mãos.
— A camiseta verde junto com o sotaque irlandês deixam as garotas louquinhas — diz ele, olhando para mim. E pisca oolho. — Não é mesmo, Anahí?
Percebendo que Ian não está nada contente com o fato de que Alfonso está segurando as minhas mãos, eu sorrio e faço que sim com a cabeça.
— É verdade! — eu digo, orgulhosamente. E, por dentro, eu rio.
Bem feito, Ian.
Apesar do começo desajeitado, a noite
até que prossegue bem. O bar está bem animado, a atmosfera é aconchegante e as bebidas fortes. Enquanto nós conversamos e nos divertimos, Alfonso trabalha, e vem até onde estamos, de vez em quando, para dizer oi.Depois de aproximadamente uma hora, Ian, Charlie e Teddy começam a conversar com duas garotas que estão sentadas ao nosso lado no balcão do bar, e que passaram a noite inteira embasbacadas com a aparência de Alfonso .
Eles não param de perguntar por que elas insistem em perder seu tempo com um bartender, já que o lugar está cheio de homens solteiros. Para a admiração de Cristin, Patty e até para mim mesma, as garotas não respondem a Ian e seus amigos, e fazem pouco caso dos comentários deles. Elas continuam olhando fixamente para Alfonso, observando-o preparar os drinques, misturá-los e servi-los.
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Qual seu número?
أدب الهواةNova York, início da Primavera. Anahí Portilla lia seu jornal favorito quando fica horrorizada ao ler, que as mulheres têm em média 10,5 parceiros sexuais ao longo da vida. Acreditando que o número é baixo demais, ela puxa da memória todos os homens...