Trinta e Quatro

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Quando termina de preparar o drinque, ele olha em nossa direção e sorri quando me vê. Enquanto vem até onde estamos, três pessoas que estão sentadas no balcão, à nossa frente, se levantam e vão embora, deixando seus assentos para nós.

- Fiz isso de propósito - diz Alfonso quando chega perto de nós. Ele se inclina por cima do balcão do bar e me dá um beijo. - Bem-vinda.

Quando Cristin, Patty e eu nos sentamos, eu olho para as duas e rio. Elas estão olhando fixamente para Alfonso , de queixo caído.

- Mas que diabos... - murmura Cristin, quando eu a cutuco para que ela saia do transe em que está. - Preciso vir mais ao East Village.

- Eu não sabia que esse lugar era tão bom para sair - concorda Patty.

Alfonso olha para Ian.

- Oi, cara, - diz ele, educadamente, estendendo a mão. - Como vai?

- Supimpa, cara - responde Ian, em tom de zombaria. Depois de apertarem as mãos, Ian olha ao redor do bar. -Estou impressionado - diz ele, assentindo favoravelmente. - Eu esperava que um camarada irlandês como você estivesse servindo cerveja escura em algum pub imundo. Este lugar é tão limpo quanto uma brisa na floresta - diz ele.

Charlie e Teddy se divertem quando ouvem Ian recitar o slogan dos comerciais dos sabonetes irish spring (Literalmente, "Primavera Irlandesa". Os comerciais de televisão geralmente retratam uma floresta ou um vilarejo irlandês). Quando os dois desviam o olhar para evitar caírem na risada, eu dou um chute na canela de Ian e olho para ele, irritada.

- Ei, estou brincando, cara - diz ele, olhando para Alfonso . E então ele percebe a camiseta verde-esmeralda que Alfonso está usando. - Estou vendo que você resolveu se vestir com as cores da pátria hoje.

Sem saber direito como reagir às piadas de Ian, Alfonso ri.

- Você faz algum show de comédia pela cidade? - pergunta ele, tentando aliviar a tensão. - Ou o circo onde você trabalha está só de passagem?

- Você é engraçadinho, hein? - diz Ian.

Alfonso levanta uma sobrancelha.

— Não tanto quanto você.

Ele se vira para mim. Inclinando-se novamente por cima do balcão do bar, ele segura as minhas mãos.

— A camiseta verde junto com o sotaque irlandês deixam as garotas louquinhas — diz ele, olhando para mim. E pisca oolho. — Não é mesmo, Anahí?

Percebendo que Ian não está nada contente com o fato de que Alfonso está segurando as minhas mãos, eu sorrio e faço que sim com a cabeça.

— É verdade! — eu digo, orgulhosamente. E, por dentro, eu rio.

Bem feito, Ian.

Apesar do começo desajeitado, a noite
até que prossegue bem. O bar está bem animado, a atmosfera é aconchegante e as bebidas fortes. Enquanto nós conversamos e nos divertimos, Alfonso trabalha, e vem até onde estamos, de vez em quando, para dizer oi.

Depois de aproximadamente uma hora, Ian, Charlie e Teddy começam a conversar com duas garotas que estão sentadas ao nosso lado no balcão do bar, e que passaram a noite inteira embasbacadas com a aparência de Alfonso .

Eles não param de perguntar por que elas insistem em perder seu tempo com um bartender, já que o lugar está cheio de homens solteiros. Para a admiração de Cristin, Patty e até para mim mesma, as garotas não respondem a Ian e seus amigos, e fazem pouco caso dos comentários deles. Elas continuam olhando fixamente para Alfonso, observando-o preparar os drinques, misturá-los e servi-los.

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