Capitulo 26

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Débora estava acompanhada com um homem que não tirava os olhos de mim e o Henrique o encarava sério.

- bom me deem licença que eu tenho uma mesa esperando por mim - Henrique fala e já me puxa para o seu lado - não liga pra Débora.

- oque que ela faz aqui Henrique? - pergunto já sabendo que vai dar merda.

- ela trabalha no hospital da minha família - fala não dando importância e logo duas pessoas nos vê e vem na nossa direção.

- meu filho, estávamos esperando por vocês, tem varios repórteres aqui e vamos fazer uma foto em família - um homem bem arrumado diz olhando pra nós e aparenta ter uns 50 anos e está bem vestido - desculpa não me apresentar pra sua namorada - fala e vem até mim - prazer meu nome é Carlos e essa é minha mulher Leticia - fala e eu dou um sorriso pros dois mais a mãe do Henrique me olha com um sorriso forçado de lado, não chego perto deles em nenhum momento porque só o ambiente já está me dando agonia em estar no meio desse monte de gente desconhecida.

Desde de quando entrei com Henrique todos os olhares era direcionados pra mim e eu simplesmente to amando.

- prazer em conhece - lós, meu nome é Sarah - falo e o Henrique me abraça de lado.

- não vai dizer nada mãe? - o Henrique pergunta encarando a mãe dele.

- na verdade vou sim, mais agora vamos para nossa mesa e mais tarde iremos tirar as fotos pra capa da revista desse mês - diz mudando de assunto e animada, eles saem na frente e eu e o Henrique vamos atrás.

- acho que sua mãe não gostou muito de mim - falo olhando pra ela que cumprimentava muitas pessoas.

- você é perfeita meu amor, não tem como não gostar - fala me dando um beijo no meu pescoço e agarrando ainda minhas cintura.

O Henrique puxa a cadeira e eu sento, logo ele se senta ao meu lado, a mesa que estávamos era a mesa principal e tinha algumas pessoas importantes nela, Débora estava sentada na minha frente e ficava me encarando a todo o tempo, o Henrique me afastava das pessoas oque me dava um certo alívio.

Depois da entrada e depois o jantar, agora estavam servindo a sobremesa e conversas iam e vinham a todo momento, ate que sinto um pisão no meu pé e a Débora sorri cinicamente pra mim.

- sabia que é falta de educação ficar pisando no pé das pessoas - falo olhando feio pra Débora.

- ah foi sem querer, não era essa a intenção - fala calmamente, Carlos e Leticia nos olham e o Henrique da um apertão na minha coxa.

- se comportem as duas, não quero que dessa festa saia nenhum escândalo - Leticia fala e o Carlos manda ela se acalmar.

💭difícil vai ser sair daqui sem dar uma surra na vadia da Débora💭

Começa a tocar uma música lenta e o Henrique me puxa pro salão, não queria mais ficar aqui nessa festa fingindo ser uma pessoa totalmente educada porque eu não sou, isso tudo já tá me estressando e a cada vez que eu olho pra certas pessoas vem mil palavrão na minha cabeça.

- ei não fica assim, Débora está com inveja desse mulherão que você se tornou - Henrique fala alisando minhas costas com a pontas dos dedos enquanto eu to com minha cabeça em seu peito, dançamos lentamente por todo o salão e vejo muitos fotógrafos tirarem varias fotos.

- Henrique eu não to com paciência, já basta ela no jantar que a todo momento soltava uma piadinha.

Os pais do Henrique se aproximam e nos puxa falando que chegou a hora da foto. Eles tiram um foto sozinhos no painel e depois vai eu e os Henrique, por último tiramos uma foto nos quatro.

- gente um minuto da atenção de vocês - fala a Débora com o microfone.

💭se ela falar alguma merda de mim, eu juro que tiro ela de cima desse palco na porrada💭

- é um prazer trabalhar no hospital Blueshawn, foi uma realização muito grande na minha vida, quero agradecer a senhorita leticia e ao senhor Carlos - ela prossegue e todo mundo aplaude a ela - o Henrique também claro que sempre me ajudou muito com tudo e formos namorados a um tempo - continua e eu olhava pra ela seria e o Henrique tava tenso com toda aquela situação.

- mãe, tira ela de cima daquele palco antes que ela fale alguma besteira - Henrique fala pro seu pai que manda os seguranças tirarem ela de lá de forma discreta.

- não espera eu ainda não terminei - ela sai correndo com o microfone e todos não estavam mais entendendo nada - eu so acho uma injustiça o Henrique, um homem rico e bem de vida, estruturado na sociedade está se relacionando com uma favelada que morra em um morro - termina me olhando com deboche e nessa hora eu já não respondia mais por mim.

Todos abrem a boca e muitos múrmuros começam por todo o lugar.

Por um impulso me solto do Henrique e vou indo até ela, as pessoas abrem passagem e o Henrique vem atrás querendo me acompanhar, chego perto dela e pego uma taça de champanhe e jogo na cara dela.

- eu falei que era uma favelada sem um pingo de educação - fala se fazendo de vítima.

- você já me estressou demais por hoje - falo e arrasto ela pelo cabelo e dou uma sequência de tapas na cara dela.

Sinto duas pessoa me segurarem pelo braço e eu me debato sentindo repugnância, o Henrique chega mandando eles me soltarem e logo eles me soltam e minha vista já tá turva, eu só quero sair daqui.

- vamos embora - fala me puxando e os pais do Henrique chegam perto de mim.

- me desculpe por toda essa insulta, Débora nunca foi assim e eu não sei oque deu na cabeça dela - Carlos fala e o Henrique está vermelho de tanta raiva.

- meu deus, oque que vão falar da gente nos jornais, nos site e revistas - Leticia fala e vai correndo até os seguranças, Débora está gritando e me insultando de longe.

- vamos Henrique, antes que eu volte e acabe com a raça dela - falo puxando o Henrique e conseguimos sair pra fora depois de muita luta, tava um aglomerado de gente pra todos os lados.

Antes de chegar no carro veio um grupo de repórteres e o Henrique conseguiu me colocar dentro do carro e dispensar todos que estavam fora querendo fazer entrevistas.

Henrique entra dentro do carro e fica em silêncio enquanto eu to tirando os meus saltos, ele sai e pega um caminho diferente do morro.

- me desculpa por tudo, foi tudo culpa minha - fala colocando seu braço em cima da minha perna.

- não, não foi sua culpa - falo olhando pra janela do carro.

- mais a Débora... - não deixo ele terminar de falar.

- eu vou matar a Débora Henrique - falo e ele não diz mais nada.

Minha cabeça tá a mil e eu estou levemente alterada com tamanho estresse que tive, com repugnância com pelos toques que recebi é só quero tomar um banho.

Eu podia ter matado ela de primeira, mais do jeito que eu sai de lá eu sou a vítima das palavras dela, quando ela morrer ninguém vai desconfiar de mim.

Ate eu fiquei com dor de cabeça com esse capítulo.

Capítulo dedicado a: @milyaBe ❤️

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