Capitulo 44

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Sofia Silva

Sarah está desaparecida a dois dias, sua moto foi rastreada e a encontrada perto da praia, tentamos ligar pra ela mais seu celular vai direto pra caixa postal. Henrique está desesperado seus pais também desaparecem algumas horas antes depois da Sarah e ele só foi saber disso agora.

- gente calma... - tento apaziguar a muvuca na sala, todos falam ao mesmo tempo e ninguém se entende.

Ninguém da a mínima pro que eu falo e reviro os olhos pedindo forças senhor.

- CALA A BOCA TODO MUNDO - grito na escada e todos me olham assustados pelo grito minha garganta dói e eu desço da escada.

- alguém pode me explicar o motivo da Sarah ter sumido? - Carla cruza os braços sentada no sofá.

- a real é que ninguém sabe? - digo aflita passando a mão no peito.

- ela teve uma briga muito feia com o Henrique, quando eu cheguei aqui tava tudo revirado, a mesa tava jogada pelo chão junto com toda a comida - dona cida fala e todos arregalam os olhos em direção a ela.

- acho melhor contar essa historia toda - Victor fala andando de um lado pro outro.

Dona cida conta toda a história e o Henrique chora quieto encostado à parede, a verdade é que todo mundo já chorou aqui.

- Sarah matou meu irmão e a gente brigou por isso, dai meus pais também desaparecem junto dela e me pergunto se ela também vai querer matar eles - Henrique diz com raiva e nessa hora Vítor vai pra cima dele e eu o puxo pra mim.

- você não conhece a Sarah seu merda, ENTÃO CALA A PORRA DA BOCA - Vítor fecha o punho em sua direção e o Henrique permanece no mesmo lugar o encarando.

- isso não é motivo pra Sarah sumir gente, acha mesmo que ela ia sumir do nada e deixar a Nicole pra trás? - Carla se levanta indo até a cozinha.

A porta se abre e entra a pessoa em que a gente menos esperava, João!

- o bom filho à casa torna - debocho e ele me olha feio.

- quero saber aonde que a Sarah tá! - fecha a porta e se joga no sofá.

- ninguém precisa de você aqui - Mika diz rude e o João parte pra cima dele.

- PORRA NINGUÉM VAI RESOLVER NADA DESSE JEITO - dona cida pega o chinelo do seu pé e vai pra cima dos dois.

Senhor me dá paciência.

.........

O desespero, o fato de você não ter notícia sobre uma pessoa que é importante pra você te mata por dentro. Meus olhos não descia se quer uma lágrima depois de tanto choro. Vítor sempre me consolava em seus braços.

Me levando de uma vez do colo do Vítor e corro até o quarto da Sarah, talvez ela pode ter deixado algo sei lá, eu só não posso ficar de cara pra cima sem fazer nada.

Paro em frente ao quarto e a porta está fechada, empurro mais ela pede uma senha, tento todas as datas que pra mim são especiais na vida dela e nenhuma abre a porta, desço novamente indo até a sala aonde o povo está.

- preciso que alguém me ajude a subir até  laje - falo e os meninos me olham rindo.

- tá maluca já viu a altura que é a laje daqui - Mika diz e balança a cabeça sinal de negação.

- gente isso é pra ontem cuida - digo autoritária e os meninos se levantam indo atrás de algo que possa me ajudar.

Depois de alguns minutos eles voltam com duas escadas, abro a porta dando passagem a área de laser e eles passam com as escadas.

- pelo amor de Deus espero que uma vez na vida vocês façam algo que preste! - Carla diz e o João ergue a sobrancelha pra ela.

- eu sempre faço algo que preste meu amor - Mika diz e ela fecha a cara pra ele.

Todo mundo bipolar agora?

- não fez algo que preste hoje de manhã - diz rude e ele fecha a cara emburrado.

- deixou a mamãe na vontade... que fase em meu amigo não consegue mais satisfazer nem a mulher - João rir da cara dele.

- ele tá muito ocupado satisfazendo as outras - Carla joga na roda e o clima fica tenso, dessa eu não esperava só de olhar já sabia que entre ela e o Mika não estava indo nada bem.

Os meninos escoraram uma das escadas no murro e pôs a outra em cima, Victor vem até mim me dando um beijo.

- cuidado viu sua nanica se você cair lá de cima você se quebra - diz sério e eu solto um riso fraco pra ele.

Começo a subir a primeira escada eu sinto um pouco de medo mais continuo, depois de alguns degraus chego na próxima escada e assim que subo o primeiro degrau dela a mesma desliza um pouco e eu me assusto soltando um grito.

- amor eu vou cair - falo já quase chorando de desespero.

- não você não vai, tranquiliza e continua subindo sem olhar pra baixo - me tranquiliza e eu continuo segurando firme já escada.

Consigo chegar a laje e pulo a mureta de ferro ao redor, corro até a porta que dá acesso ao quarto e a mesma está apenas encostada. Confesso que sempre tive curiosidade de entrar no quarto pois eu nunca entrei, Sarah é totalmente rígida quando o assunto é PRIVACIDADE.

Presto atenção em tudo ao meu redor, o quarto bagunçado e tem muito papel rasgado pelo chão, procuro qualquer coisa que possa indicar algo pelo quarto mais não acho, vou até o closset abrindo algumas gavetas mais não encontro nada.

Saio do mesmo e assim que me viro em direção ao banheiro vejo um celular trincado no chão, tento ligar o mesmo mais não tenho nenhuma resposta, ele não presta mais.

Vou até a laje fechando a porta do quarto e tento avistas os meninos, jogo o celular perto do Mika que se assusta sacando a arma na mesma hora, começo a rir e ele olha pra cima me monstrando o dedo do meu.

- quer levar um tiro sua anã - diz sério.

- não - falo rindo e me ajeitando pra descer novamente.

Depois de muita luta consegui chegar ao chão.

- ela que jogou o celular na parede e ele quebrou - falo ofegante, eu sou o sinônimo do sedentarismo já estou morrendo.

- ela foi sequestrada - João sussurra olhando pro nada e todos encara ele - como eu não pensei nisso antes - diz saindo de casa e o Henrique apoia em seus braços e balança a cabeça em sinal de negação.

- eu não posso perder ela - Henrique diz andando de um lado pro outro e dona Cida o abraça que logo começa a chorar.

Ela vai sair dessa, eu sei que ela vai arrumar algum jeito de entrar em contato com a gente, porra eu to falando da Sarah mano ela não pode morrer agora não pode.

Sinto lágrimas quentes descer em meu rosto e o Victor me abraça de lado passando a mão em meus cabelos.

Sarah Montenegro

- BATE PORRA, bate com força, pesa sua mão de homem em mim - digo cuspindo sangue na cara do escroto do caveira a minha frente.

Minhas bochechas cortadas por dentro ardem como nunca, a ira que me consome é maior que todo o nojo que eu sinto de suas mãos em contato com meu corpo.

Eu não posso surtar não posso.

- para de se fazer de difícil, deveria aproveitar seus últimos momentos com vida - diz apertando meu maxilar com força jogando minha cabeça pro lado.

- eu sei que vou morrer, só não vai ser agora - cuspo mais sangue no chão e meu estômago embrulha.

Caveira se abaixa ficando de joelhos a minha frente e me olha com um sorriso maldoso.

- é verdade não vou te matar agora, ainda tenho assuntos pendentes com você - diz subindo suas mão entre minhas pernas.

Eu tento me mover, quero tirar suas mãos asquerosas de mim, ele se diverte com a situação e uma ânsia de vômito vem e eu acabo vomitando bem na sua cara.


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