Henrique Menezes
E meses se passaram, Sarah está com seus cinco meses de gestação e em um coma que está me deixando cada dia menos esperançoso. Venho visitá-la todo dia até porque trabalho aqui, meus pais tem se dedicado a cuidarem de tudo.
Nenhum dos dois tocam no assunto do sequestro e muitas coisas aconteceram nesses meses. Eu não estou namorando a Débora mais estamos ficando sério e ela tem me ajudado muito com a saúde da Sarah oque eu agradeço muito, por mais que sempre tenha alguém a acompanhando o fardo maior fica pra mim e eu só queria que ela acordasse e pudéssemos resolver tudo como pessoas maduras.
Eu amo a Sarah mais viver só de amor não dá, eu não consigo esquecer oque ela fez com Arthur e sempre que a vejo lembro dos noticiários e a forma que ela o matou.
Estou feliz por ter meus pais ao meu lado e ambos bem, ser pai novamente me deixou confuso e eufórico, nos últimos exames meus pais vieram me entregar em mãos o resultado e uma felicidade me tomou por completo em saber que irei ter mais uma menina e um menino.
Meus filhos.
Ninguém mais fala comigo, e eu até que acho bom não ter mais contato com nenhum deles, Sofia com certeza é a que tem mais ódio de mim e deixa isso nítido sempre que entro no quarto em que Sarah está e ela finge não perceber minha presença.
- já deram a medicação pra ela? - pergunto sem mesmo a olhar.
- não! - diz rude e eu a encaro sério.
- tabom, daqui a pouco eles vem... - dou uma último olhada no prontuário e antes de sair da sala sinto um puxão forte em meu braço.
- você não pode deixar ela nessa estado, olha pra ela Henrique... parece uma máquina sem vida apenas gerando dois filhos! - diz seria e eu a olho novamente.
- então fale isso pra ela, ela que não quer acordar, ela que está desistindo da vida Sofia eu estou dando o meu MELHOR - grito a última parte e ela se assusta.
- Não você não está dando o seu melhor, você está sendo um imaturo babaca que enquanto a mãe dos seus filhos está em coma você está transando com a mulher que ela mais odeia.... você é um idiota que quer ser o ofendido e nunca passou nem um pouco do que ela já passou, você é e sempre foi um filhinho de papai que se magoa por não ter pego todas que queria em uma festa e que se sente ofendido por ter perdido um irmão filho da puta que nunca se importou com você! - diz entre dentes e eu fecho meus punhos mais não fazer nenhuma besteira com ela.
- VOCÊ NÃO SABE DE NADA - grito me aproximado dela e a mesma se afasta.
- você está errado Henrique, agindo errado, uma hora a conta chega e eu espero de verdade que não seja tão alta - se afasta se sentando na poltrona e pegando a revista que estava em cima de um criado mudo começando a ler novamente.
Caminho até a porta abrindo a mesma até escutar um voz que fez meu coração acelerar.
- vo.. você.. nunca...... disse tanta ver..dade Sofia... - diz fraca e eu me viro rapidamente até ela.
Sofia salta de cima da poltrona segurando a mão da mesma.
- Sarah fala comigo de novo.... aí meu Deus eu tenho que avisar pros meninos - diz chorando passando as mãos no cabelo de Sarah.
O monitor começa a apitar constantemente e seus batimentos cardíacos vão ficando cada vez mais rápidos.
- Sarah por favor se acalma - digo olhando em seus olhos antes dela começar a convulsionar.
- ALERTA AZUL, TRAGAM O CARRINHO DE PARADA - grito saindo pra fora da sala e as enfermeiras vem às pressas.
Meu deus.
...
Exames foram refeitos e em nenhum deles mostram algo que comprove o surgimento da convulsão.
- tem algo errado, como que ela acorda e logo depois convulsiona mãe! - ando de um lado para o outro impaciente enquanto Débora e meus pais tentam me acalmar.
- meu filho logo logo acharemos o porque... você precisa ter calma Sarah foi medicada e entrou em coma de novo - diz aflita me abraçando de lado.
- isso é a questão, não tem como uma pessoa entrar em coma assim do nada! - meu pai olha novamente os exames.
- porém cada corpo tem maneiras diferentes de reagir seu Carlos, Sarah é afefobica, perdeu muito sangue, não se alimentou direito e ainda está grávida, talvez essa seja maneira dela tentar esquecer - Débora diz calma e minha mãe a olha feio.
Saio da sala e caminho alguns corredores até chegar ao quarto de Sarah novamente, assim que abro a porta vejo todo mundo quieto e parado olhando pra algum lugar fixo.
Não digo nada apenas entro fechando a porta em seguida caminhando até a cama colocando minha mão em sua barriga.
- não foi nada não tá, a mãe de vocês ficará bem - digo baixinho pra que ninguém escutar.
- tira a mão dela - Carla diz e eu a encaro de cima em baixo.
- ela é a mãe dos meus filhos então cala a boca que você não tem que opinar em nada - digo depositando um beijo em sua barriga e sinto alguns chutes.
Demoro mais alguns minutos ali e saio do quarto. Eu posso até ter sido ou estar sendo um idiota mais eles estão sendo muito mais.
Sarah Montenegro
Eu sei que estou em um quarto de hospital e que Sofia, João e Carla sempre se revezam pra ficar aqui comigo, recebo visitas de Letícia e Carlos que falam toda vez como estão felizes em serem avós, Letícia chegou até a me pedir perdão oque me fez ficar um pouco incrédula mão relevei, meus pensamentos se perdem sempre que Henrique passa pela porta.
Eu tenho vontade de chorar, vontade de gritar o quão idiota ele está sendo e como sempre nunca enxerga as coisas que estão bem a sua frente, porém eu estou cansada, cansada de querer levar ele a sério.
Eu estou em choque por saber que estou grávida de cinco meses, eu prometi a mim mesma que não passaria mais por isso e cá estou eu grávida de gêmeos, sim eu vou ter minha própria creche agora... sinto falta da Nicole e poucas vezes pude sentir suas mãozinhas em minhas bochechas dizendo pra mim acordar logo.
Eu quero acordar, mais sempre que estou voltando a minha consciência alguém injeta algo em mim que faz eu me perder na minha própria confusão até não sentir mais nada, e como se você estivesse flutuando sobre a água e todo ao redor fosse aquilo.
Hoje quando finalmente falei algo senti uma dor tão grande no peito e pude escutar apenas os gritos de todo mundo, não sei porque o brutamonte não veio me visitar em todo esse tempo confesso que fiquei chateada.
Agora com meu coração mais posso sentir a presença de todos aqui na sala que não se atreve a falar se quer alguma palavra a não ser da Dona Cida que briga com João por ele está com o dedo no nariz...
Ele como sempre fazendo as artes dele.
A porta se abre novamente e um frio passa por minha espinha......
Desculpa a demora gente...
Difícil dar conta de atividade e aqui do livro.
Prometo me esforçar mais!Votem e comentem ❤️
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A Dona Do Morro
FanficPessoas entram e saem da minha vida, se elas forem espertas saem vivas, se não...elas morrem, conhecida como Flor de Liz no mundo do crime, já matei muita gente por entrar no meu caminho. Então cuidado! A próxima (o) pode ser você! Minha prioridade...