Capitulo 62

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- maluco eu vou tacar essa escova na tua cabeça - ameaço o brutamonte.

- você não vai jogar porque eu tô segurando os dois folgados aqui - diz olhando pro Bryan e pra Arizona que estão quietinhos no seu braço enquanto faço uma trança no cabelo da Nicole.

- então você tá duvidando da minha mira ? - estreito os olhos mirando a cabeça dele com a escova.

E a Nicole rir...

- jamais, eu sei que você é doida o bastante pra me matar, imagina tacar uma escova na minha cabeça - começa a rir e eu me lembro de quando eu ataquei ele no sequestro, eu não tinha raiva dele não, eu tinha era ódio!

Termino de fazer a trança da Nicole e dou um beijo na mesma a expulsando lá pra baixo com o Matheus... engraçado, eu sou tão acostumada a chamar ele por brutamonte que eu até estranho quando o chamo pelo nome, Me jogo na cama lembrando de hoje mais cedo, tava tão bom... mais as crianças acordaram e a gente acabou fazendo só uma rapidinha mesmo, olho pro espelho no teto e fecho a cara quando percebo que estou sorrindo feito uma besta.

...................

Para a minha saúde mental, todo mundo foi pra casa... vou te contar viu, minha casa ultimamente tá parecendo cabaré, que abre e não tem hora pra fechar.

- menina, vai querer comer alguma coisa agora a noite? - madrinha se joga no sofá se espreguiçando.

- quero comer alguma coisa diferente.

- que coisa diferente?

- não sei, poderia ser o brut..... - não termino te falar e ela se senta no sofá de repente.

- eu não acredito que você tá falando isso KKKKKK - começa a rir.

- oque foi ? Agora não pode mais querer comer alguma coisa diferente! - jogo a almofada nela.

- menina se respeita menina, Safada igual sua mãe, que Deus atenha minha amiga - madrinha se levanta bagunçando meus cabelos.

- mamãeeeeee - Nicole desde as escadas correndo e eu me assusto correndo pra segurar ela.

- depois cai e quebra as ventas aí teu pai vai querer dar um de doido pra cima de mim - pego ela no braço a enchendo de beijos.

Não que eu ligue muito pro Henrique né, ele não tem motivos pra falar que eu não sou uma boa mãe, meus peitos cheios de leite pingavam e não demorou muito pra madrinha trazer um por um pra mim amamentar. Olhando ali pros três juntinhos de mim, meu peito se enche de orgulho por saber que eu sou foda, por eu não ter desistido mesmo com minhas dificuldades.

Levo as crianças pro quarto e dou um beijo na testa de cada um, coloco alguns travesseiros em volta de Bryan e Arizona na minha cama só pra não ter o perigo deles cair ou sei lá, eu sei que eles são novos ainda mais a maioria das crianças ou cai da cama ou da rede.

Pego a Nicole no braço a levando pro seu quarto, deito a mesmo na cama e puxo a coberta a cobrindo com cuidado.

- te amo filha - ligo o ar e mudo a temperatura pra 22 graus, pra ela não ficar com tanto frio, fecho a porta e encontro a madrinha na cozinha jantando.

- tô descendo pra boca - aviso e saio antes mesmo dela dizer alguma coisa.

A tempos não tenho ido por lá, e vou te dizer uma coisa... controlar tudo aqui por casa acho que não vai dar certo, alais acho não, eu tenho a certeza que já não está dando e eu já tô escutando mentalmente os tiros na minha cabeça que os noia que querem me passar a perna vão tomar.

Desço o morro a pe mesmo, curtindo a brisa bater em meu rosto, olhando o movimento das pessoas ainda pelas ruas, mo paz. Sinto o peso nas costas das pessoas me olhando, todo esse tempo não tinha saído de casa ainda.

Paro em um ponto onde vende sorvete e me sento em uma mesa sozinha, acenando pra uma mulher vim me atender.

- oque que você manda - a mulher me encara com deboche.

- primeiramente boa noite tá, quem trabalha como atendente tem que ser educada - a encaro com a sobrancelha erguida - e segundo que me olha com deboche de novo pra você vê se eu não te faço dançar nos tiros da minha glock.

A dona do estabelecimento na qual eu conheço mais não lembro o nome a chama no canto e logo ela volta mais amigável.

- peço perdão pela falta de educação - ela diz de cabeça baixa.

- quem perdoa é Deus, eu só anoto os vacilo, agora trás um sorvete de leite ninho aí pra mim, e eu quero que levem um balde dele lá pra casa.

Ela sai com seu caderninho e não demora muito pra trazer meu sorvete em um pote, pego o mesmo e a entrego uma nota de cem. Aaa que saudade que eu estava de sair na rua assim... chego na boca ainda com meu pote de sorvete, a zoada de um monte de macho falando era alta demais, música tocando e alguns fumando uns de dez.

Assim que eles me avistam na porta o silêncio invade a boca e os olhares são direcionados a mim, fecho a cara e passo direto pra minha sala. A porta estava fechada é claro, me incomodava só o fato de alguém passar nela, quem dirá entrar. O cheiro da minha sala é o cheiro do perfume que minha mãe usava, me dá a ilusão de que ela está por perto de mim, mesmo não estando em corpo mais pode estar em espírito, dentro de mim.

Sento na cadeira e pego os cadernos vendo as anotações dos meses que estou afastada, analisando um por um, cada droga, cada compra, cada vacilo... pego a calculadora ao lado refazendo algumas somas onde o resultado não dá o mesmo do papel.

Eu sabia que essa porra não ia dar certo, eu só quero saber oque caralhos o Mika tava fazendo que deixou isso acontecer. Saio da minha sala e vou até um vapor pegando a arma da sua mão e indo até a sala do Mika.

Minha cabeça vai a mil com os vacilo do Mika.

Abro a porta e ele tá estirado na cadeira enquanto uma vadiazinha que da por qualquer nota de dois faz uma oral nele.

- SERA POSSÍVEL QUE EU TENHO QUE TE ENSINAR TUDO MESMO? - meu sangue ferve de tanta raiva.



Eu sumo mais depois eu apareço! 🥱😂
Votem e comente viu.

Estou de olho 🥰❤️

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