Capitulo 45

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- VADIAAAA - caveira grita com tanto ódio que respingos de saliva acaba voando em mim.

O brutamonte entra na sala e ele prende o riso quando olha pro caveira e logo fecha a cara vindo em minha direção.

- olha aqui, você tá pedindo pra morrer né - aperta meu braço com força.

Letícia e Henrique estão inconsciente já que doparam eles pelos escândalos que eles estão fazendo pela morte do seu filho.

Caveira sai da sala e o brutamonte desamarra as cordas envolta dos meus pés e meus braços, sinto um alívio grande por não estar mais presa mais não consigo levantar, todo o meu corpo dói muito e eu não gosto nem de imaginar como eu estou, minha boca está inchada, bochecha cortadas, meu nariz sangra só de respirar, sem falar as balas que latejam dentro de mim.

Tiro o moletom com cuidado, tento rasgar uma das mangas mais não consigo o brutamonte saca um canivete e a corta pra mim, dou um sorriso sarcástico por sua "bondade" e amarro na minha perna tentando deixar mais estável.

Viro com a outra manga do moletom e ele me olha com cara de poucos amigos.

- eu não sou teu amigo tá, não vou te ajudar - diz seco.

- ah por favor eu vou morrer em pouco tempo então esse é meu último pedido - faço cara de pidona e tento piscar muitas vezes o olho.

- eu odeio você - diz rasgando a manga.

- eu gosto de você - implico com ele e sinto uma pontada no pe da minha barriga, solto um gemido baixo e fecho o olho esperando a dor passar.

O brutamonte pega a outra manga do moletom e amarra no meu braço, visto o moletom novamente e fico sentada na cadeira até a porta se abrir.

Caveira vem furioso todo molhado, o cheiro forte de vomito faz estômago embrulhar novamente ele puxa meus cabelos pra trás e da um tapa forte no meu rosto me fazendo grunhir de dor, eu não aguento mais apanhar, eu não sou de apanhar eu sou de bater, fico zonza por alguns instantes e levanto a cabeça o olhando.

Meus olhos inchados marejam pedindo arrego mais não vou ceder, não posso perder minha consciência, não me alimento direito a dias, perdi muito sangue, estou em um estado deplorável e se eu ainda abro o olho é por minha filha, eu tenho que viver por ela.

Eu tenho que sair dessa.

- leva ela pra tomar banho, mais tarde tem visita - caveira diz rude e saio novamente.

Assim que o brutamonte ia me ajudar a levanta me encolho na cadeira.

- por favor não trisca em mim - digo baixo e ele se afasta.

Me apoio em uma só perna e assim que levanto da cadeira lágrimas quentes descem rapidamente, eu estou quebrada, meu corpo dói como se tivesse sido atropelada dez vezes por um caminhão.

Caminho em direção a porta mais caio com tudo no chão e o brutamonte corre me pegando no colo, tento sair dos seus braços e o desespero vem, começo a gritar e ele corre comigo em seus braços, depois de alguns corredores ele abre uma porta e me deixa no chão.

Ele fecha a porta e eu abro os olhos, estou no banheiro meu corpo treme por inteiro, sinto muito frio, levanto com dificuldade me apoiando na pia do banheiro e eu imaginava que fosse mais sujo porém é aceitável, tiro a manga do moletom na minha perna e consigo tirar a calça devagar.

Nessa hora eu me arrependo com todas as forças de ter vestido uma calça tão apertada, desamarro o pano do meu braço e tiro o meu resto de moletom que ainda vestia, tiro minhas peças íntimas e ligo o chuveiro.

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