- VADIAAAA - caveira grita com tanto ódio que respingos de saliva acaba voando em mim.
O brutamonte entra na sala e ele prende o riso quando olha pro caveira e logo fecha a cara vindo em minha direção.
- olha aqui, você tá pedindo pra morrer né - aperta meu braço com força.
Letícia e Henrique estão inconsciente já que doparam eles pelos escândalos que eles estão fazendo pela morte do seu filho.
Caveira sai da sala e o brutamonte desamarra as cordas envolta dos meus pés e meus braços, sinto um alívio grande por não estar mais presa mais não consigo levantar, todo o meu corpo dói muito e eu não gosto nem de imaginar como eu estou, minha boca está inchada, bochecha cortadas, meu nariz sangra só de respirar, sem falar as balas que latejam dentro de mim.
Tiro o moletom com cuidado, tento rasgar uma das mangas mais não consigo o brutamonte saca um canivete e a corta pra mim, dou um sorriso sarcástico por sua "bondade" e amarro na minha perna tentando deixar mais estável.
Viro com a outra manga do moletom e ele me olha com cara de poucos amigos.
- eu não sou teu amigo tá, não vou te ajudar - diz seco.
- ah por favor eu vou morrer em pouco tempo então esse é meu último pedido - faço cara de pidona e tento piscar muitas vezes o olho.
- eu odeio você - diz rasgando a manga.
- eu gosto de você - implico com ele e sinto uma pontada no pe da minha barriga, solto um gemido baixo e fecho o olho esperando a dor passar.
O brutamonte pega a outra manga do moletom e amarra no meu braço, visto o moletom novamente e fico sentada na cadeira até a porta se abrir.
Caveira vem furioso todo molhado, o cheiro forte de vomito faz estômago embrulhar novamente ele puxa meus cabelos pra trás e da um tapa forte no meu rosto me fazendo grunhir de dor, eu não aguento mais apanhar, eu não sou de apanhar eu sou de bater, fico zonza por alguns instantes e levanto a cabeça o olhando.
Meus olhos inchados marejam pedindo arrego mais não vou ceder, não posso perder minha consciência, não me alimento direito a dias, perdi muito sangue, estou em um estado deplorável e se eu ainda abro o olho é por minha filha, eu tenho que viver por ela.
Eu tenho que sair dessa.
- leva ela pra tomar banho, mais tarde tem visita - caveira diz rude e saio novamente.
Assim que o brutamonte ia me ajudar a levanta me encolho na cadeira.
- por favor não trisca em mim - digo baixo e ele se afasta.
Me apoio em uma só perna e assim que levanto da cadeira lágrimas quentes descem rapidamente, eu estou quebrada, meu corpo dói como se tivesse sido atropelada dez vezes por um caminhão.
Caminho em direção a porta mais caio com tudo no chão e o brutamonte corre me pegando no colo, tento sair dos seus braços e o desespero vem, começo a gritar e ele corre comigo em seus braços, depois de alguns corredores ele abre uma porta e me deixa no chão.
Ele fecha a porta e eu abro os olhos, estou no banheiro meu corpo treme por inteiro, sinto muito frio, levanto com dificuldade me apoiando na pia do banheiro e eu imaginava que fosse mais sujo porém é aceitável, tiro a manga do moletom na minha perna e consigo tirar a calça devagar.
Nessa hora eu me arrependo com todas as forças de ter vestido uma calça tão apertada, desamarro o pano do meu braço e tiro o meu resto de moletom que ainda vestia, tiro minhas peças íntimas e ligo o chuveiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Dona Do Morro
Fiksi PenggemarPessoas entram e saem da minha vida, se elas forem espertas saem vivas, se não...elas morrem, conhecida como Flor de Liz no mundo do crime, já matei muita gente por entrar no meu caminho. Então cuidado! A próxima (o) pode ser você! Minha prioridade...