Capitulo 34

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Antes que Letícia continua-se com a confusão Henrique afasta a mãe por medo de qualquer atitude dela, principalmente a minha... estou apenas parada com cara de deboche, Carlos se aproxima um pouco e tentar falar algo mais apenas segue pra onde Letícia está.

Na moral eu não vim aqui com intenção de fazer nenhuma confusão, mais aquela velha barraqueira procura por briga, o velório parou pra prestar atenção no que tava acontecendo e os celulares a essa hora já teriam gravado o suficiente para mais um escândalo envolvendo a família Menezes.

Caminho até um banco afastado e me sento nele admirando a paisagem ao redor, um homem alto e moreno senta ao meu lado e eu me afasto um pouco pra ponta do banco, era o segurança que estava na noite em que eu fui na mansão do Arthur.

- não chegue muito perto, pro seu próprio bem - falo ameaçando ele que fica cada vez mais próximo.

- foi você quem o matou não foi - fala olhando pra frente e eu o encaro seria e ele faz o mesmo.

- porque esse tipo de acusação? - falo tranquilamente mais sou surpreendida com suas mãos em volta do meu pescoço.

Bato em seus braços tentando me defender, dou um chute na sua barriga mais nada acontece, abro minha bolsa e pego uma seringa com uma pequena dosagem de veneno e enfio no seu pescoço injetando todo o líquido.

O homem me solta e começa a tossir sangue, antes que alguém chegasse por aqui minha vista embaça e eu não vejo mais nada além da escuridão, seguro forte no banco pra não cair quando escuto passos de alguém se aproximando.

- Sarah, oque aconteceu aqui? - Henrique fala me segurando enquanto tento puxar todo o ar possível pra não desmaiar.

- ele tentou me matar Henrique - falo ofegante e ele sai me puxando pra longe - aonde está me levando?

- pro banheiro ninguém pode te ver perto dele - fala e eu apenas concordo.

Chegamos no banheiro e ligo a torneira, prendo meus cabelos em um coque e lavo meu rosto na intenção de melhorar, Henrique está escorado na parede apenas me olhando preocupado.

- eu não deveria ter deixado você sozinha - fala passando as mão entre os cabelos.

- eu sei me cuidar - falo enxugando meu rosto.

- é mesmo, eu percebi - fala debochado.

Reviro os olhos e ele sorri da situação, caminho até ele e o abraço seu perfume forte e ao mesmo tempo calmo invade minhas narinas me fazendo relaxar e me sentir segura com ele.

- quero ir pra casa! - falo ainda escorada com minha cabeça no peito de Henrique.

- eu também meu amor eu também, isso tudo acabou comigo - fala passando a ponta dos seus dedos na minha perna direta que tá exposta pra fora pela abertura do vestido.

Abro minha bolsa e injeto uma grande quantidade de calmante em mim e o Henrique tira assim que eu termino de injetar no meu braço.

- vai se dopar desse jeito sua doida - fala jogando a seringa no lixo.

- quer que eu comece a surtar aqui caralho, eu já to me coçando toda - falo agoniada.

Esperamos um pouco pro remédio fazer efeito e minha pele limpar os vermelhos que tinha nela. Não demorou para que alguém gritassem falando que tinha encontrado o segurança morto, eu e o Henrique saímos com a maior cara de preocupados e assustados e eu fico admirada como ele é tão sínico sem nenhum esforço.

A polícia cobriu todo o local e logo partimos pro cemitério ao enterro de Arthur, muitos carros seguindo sempre em fila e com a luz alta anunciava de longe o enterro de uma das pessoas mais cobiçadas do Rio de Janeiro.

O velório foi um tanto estranho, muitas pessoas demonstravam alívio por ele ter morrido e outras falando que iriam vingar a morte dele, Carlos se aproxima de mim e eu fico parada ao lado de Henrique.

- desculpa a postura e ignorância de Letícia hoje mais cedo, a morte de Arthur deixou ela bem abalada - fala direcionando seus olhos pra baixo.

- sei que Letícia não gosta de mim e nem vou obrigar ela a algo do tipo - falo o olhando e ele apenas assente com a cabeça.

Henrique está com um óculos escuro, seu semblante e de choro e confesso que me apertou o coração por ele ter chorado todo esse tempo, riu às vezes tentando descontrair mais no final sempre demonstra que está muito abalado.

- amor eu tenho que voltar pro morro, não confio em deixar os meninos por muito tempo! - passo meu polegar direito na bochecha dele e lhe dou um Celinho.

- eu vou com você - fala e me puxa em direção ao carro.

O caminho pro morro foi tranquilo, assim que cheguei pedi pro Henrique parar na boca um instante, desço do carro e vou em direção a minha sala, os vapores me olham com desejo e eu apenas sigo meu caminho, entro e o Mika tá na minha sala.

- como anda as coisas por aqui? - falo pegando um mapa em cima da mesa.

- bem - fala seco e nem olha na minha cara.

- qual é o b.o pra tá com essa cara de cu aí - puxo a cadeira e me sento olhando pra ele.

- Sarah na moral, deixa eu aqui fazendo essas porra aqui e não vem atrás de saber de nada não por que se não eu vou falar merda - fala empacotando umas trouxinhas de droga.

- ah Mika tá me gastando é - falo e saio da sala, João sai apressado da boca e nem percebe a minha presença.

Entro no carro e tiro meu salto, Henrique me olha por um tempo mais não fala nada, eu sei que um dia eu vou pagar por tudo tá ligado, mais não quero ninguém apontando o dedo pra mim não, cada um que lide com as suas consequências e de preferência sem b.o pro meu lado!

Mais um capítulo gente
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