Capitulo 49

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Acordo com dor nas costas e percebo que não estava em uma posição muito agradável naquela poltrona, me levanto indo até a cama em que Sarah está deitada, olho todo seu corpo e ela não se moveu um centímetro está do mesmo jeito desde a cirurgia.

- é feito falar que estou com inveja por você está nessa cama confortável ? - digo pegando em sua mão e solto uma risada com a minha pergunta, tenho certeza que se ela estiver escutando isso de alguma forma ela pensou "idiota".

A porta se abre e uma médica entra acompanhada de Henrique, meus olhos fundos com olheira fala mais que minhas próprias palavras como eu não dormi bem está noite, me assustava até com as enfermeiras entrando pra dar o remédio.

Me afasto vendo a médica analisar a mesma.

- como estão os bebês ? - ergo a sobrancelha o encarando.

- estão bem... Sarah completara três meses em poucas semanas, agora sim sua barriga irá crescer cada vez mais, os bebês estão bem porém todo cuidado é pouco qualquer coisa pode me chamar - diz e eu balanço a cabeça em sinal de positivo.

Henrique se aproxima da cama sem dizer nada e fica apenas olhando, ele leva sua mão até ela mais recua rapidamente.

- Henrique ela precisa de você, ela quase morreu por seus pais! - digo o encarando.

- depois de ter matado o meu irmão era o mínimo que ela poderia fazer - chora com rancor, amargura - eu olho pras mãos dela é a única coisa que eu lembro é como ela pode ter matado o meu irmão, a gente nunca se deu bem mais ele ERA MEU IRMÃO - desabafa transtornado.

- Henrique ela não mataria teu irmão se fosse só droga, havia um motivo muito maior... querendo ou não ele era teu irmão acha mesmo que ela iria querer toda tua raiva pra cima dela só por isso! - respiro fundo tentando manter a calma.

- ah claro, ela se vestiu como prostituta João, deve ter transado com ele e depois o matado por causa de droga, AONDE EU TAVA COM A CABEÇA QUANDO ME METI COM ELA?...UMA PUTA TRAFICANTE VICIADA! - ele grita e eu vou pra cima dele o empresando na parede.

- você é um idiota que nunca a mereceu, pisou na bola desde a primeira vez que se conheceram e sabe oque ela errou? Te der dado a porra do amor pra uma pessoa que não merece um pingo se quer dele! - digo seco o soltando e ele me empurra fazendo eu cair em cima de uma cadeira, meu corpo vai ao chão e a cadeira se quebra.

- não o pior é eu não saber oque eu vou falar pra minha filha quando ela perguntar da mãe, se não bastasse... Sarah ainda engravida e sinceramente eu não sei nem se esse filho é meu! - Henrique joga um vaso de flor que tinha em cima de uma mesa na parede e eu avanço sobre ele novamente.

- desgraçado... SAI DAQUI... SAI! - grito o empurrando pra fora da sala, as enfermeiras param pra olhar a confusão e o Henrique grita fazendo com que voltem ao trabalho.

Desgraçado.

Me sento na poltrona colocando as mãos sobre minha cabeça buscando calma e paciência, eu vou matar o Henrique, eu sei que é um momento difícil que ele está passado mais CARALHO, da um tempo porra.

A porta é aberta e Sofia entra no quarto feito um furacão, ela me olha com raiva deixa sua bolsa em cima da cama da Sarah e sai novamente.

Eu não acredito que o Henrique foi criar confusão com ela, Sofia pode ser calma, sonsa e ingênua ( quando quer ), mais é o satanás quando está brava.

- SOFIA VOLTA - grito indo atrás dela.

..........

O dia passou tão devagar que parecia que a lua não existia mais é que o sol quem tomaria de conta da terra, Sofia a todo momento conversava e tentava fazer com que Sarah acorda-se mais todas as tentativas foram em vão.

- Sofia ela precisa descansar - digo pela milésima vez revirando os olhos me esticando na poltrona.

- ela precisa é acordar, colocar o Henrique no lugar dele e comandar aquele morro que só ela sabe comandar, o morro não é mesmo sem ela, a casa dela já não é a mesma... a gente não é mais os mesmos - diz baixinho e lágrimas escorrem por seu rosto, puxo a mesma e lhe dou um abraço acalentando seu choro.

- quer transar? eu te pego de jeito naquele banheiro - brinco e ela bate no meu peito.

- te orienta palhaço - diz seria e eu começo a rir, ela é muito baixinha ainda quer dar uma de brava aonde já se viu isso.

- só queria descontrair, fica aqui com ela que vou lá fora comer alguma coisa - digo e ela me dá tchau.

Audaciosa.

- me deu até uma dor nas costas agora - coloco minhas duas mãos nas costas fazendo careta e ela cruza os braços.

- deixa de ser chato vou ficar nessa poltrona fedida de peido só por enquanto - diz mexendo no celular.

Antes que eu pudesse revidar seu celular toca e pela melacao era o Victor, eu sei que não tenho moral pra falar agora de relacionamento porque eu era um bestão pra Vanessa e mesmo assim ainda me largou, fela da puta.

Sou um caminhão de verdade pra pouca areia.

Quando eu finalmente ia sair pra comprar alguma coisa, resolvo voltar o mais rápido que eu posso para o quarto, não posso andar vacilando assim, se a polícia souber que eu estou aqui é cadeia no pai, sou procurado e nem queiram saber as coisas que eu fiz.

Sofia se assusta colocando a mão no peito e eu a puxo de cima da poltrona fazendo ela cair levando alguns murros da mesma mais não dói, sento na poltrona e me interno em um jogo do meu celular.

- Carla vai trazer comida de verdade pra gente, não sei porque em hospitais eles servem comidas tão ruins se eu fosse cozinheira os pacientes iam amar - diz convencida de sua comida e sem querer acabo rindo.

- e sem duvidas ia matar os pacientes de pressão alta - digo rindo mais ainda e ela faz cara de negação.

- acha mesmo Sarah que os pacientes não ia gostar da........ CHAMA UMA ENFERMEIRA AGORA! - grita e eu corro até a cama da Sarah vendo a mesma sangrando, corro pra fora e com um grito as enfermeiras vem, elas correm pra dentro do quarto colocando um tubo pra que Sarah possa respirar.

- OQUE TÁ ACONTECENDO ? - pergunto atordoado e as enfermeiras afastam eu e a Sofia de perto.

- ela está tendo um aborto, peço que saim daqui por favor - uma enfermeira já idosa convence eu e Sofia a sair do quarto, já não bastava tanta aflição ainda vem mais essa.

Passou se horas e todos já estavam aqui, Henrique aparece correndo pelo corredor e para assim que vê a gente tentando buscar ar.

- como ela está ? - diz ofegante pondo as mãos sobre os joelhos.

- então se importa é.... - Carla diz rude virando o rosto pra ele.

- não transar com a médica vadia é mais importante do que estar com a mãe dos filhos dele - Sofia joga na roda e o clima fica tenso.

- eu me importo ela está carregando dois filhos meus caramba - Henrique encara a todos e o Victor fecha os punhos tentando controlar a raiva.

- e tudo que ela precisava era de um homem que estivesse ao seu lado não um moleque que não sabe enfrentar o problema de frente - Victor joga as palavras na cara de Henrique e eles se encaram feio.

- disse o perigoso dono do morro - Henrique debocha e o Victor vai até ele acertando um murro em cheio.

- SEM BRIGAS CARALHO OU EU SAIO DAQUI, COMPRO UMA PERNAMANCA SÓ PRA QUEBRAR EM VOCÊS.... PORRA NÃO TEM NENHUM ADOLESCENTE MAIS AQUI! - dona cida grita assustando todo mundo e os dois se afastam voltando aos seus devidos lugares.

Só porque eu estou torcendo pro Henrique pegar uma surra, não que eu não possa encomendar nenhuma pra ele.......

Mais um...
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