Sangue..
Era tudo oque se via descendo junto
com a chuva morro abaixo, as casas fechadas e os corpos espalhados por todo o lugar.. por um momento me senti viva, como a um bom tempo não sentia, o prazer que o poder te da é bom, mais as consequências dele é melhor ainda.E não segura a barra quem quer mais sim quem pode!
Um arrepio invade meu corpo molhado e eu pego minhas armas arrumando na cintura, prendo meu cabelo e faço um coque alto, abraço meu corpo subindo o morro devagar, o vento forte só faz com que meu frio aumente ainda mais.
Chego até o topo do morro e vou em direção a minha casa entrando logo em seguida, subo as escadas e vou em direção ao meu quarto, destravo a porta e as crianças estão dormindo junto com a madrinha na minha cama, pego um toalha e vou até o banheiro, coloco na água quente e pego o sabonete tirando os respingos de sangue do meu corpo.
Saio do banho e visto uma roupa mais confortável pra ficar em casa mesmo tenho muita coisa em mente pra fazer amanhã, pendências nunca foi meu forte, se tem uma coisa que eu tenho feito nessa vida é aprendido, em meio as porradas você tem que tirar suas vantagens.
Algo dentro de mim mudou e eu sinto que meu anonimato chegou ao fim e eu até ja sei e tenho em mente o porque!
...
- pega uma colher aí pra mim - peço pra madrinha.
Dou umas colheradas em um creme de cupuaçu que ela fez e meu Deus, bom demais, só ia provar mesmo e cair fora mais não resiste, comi até me vê no pote de tão limpo que ficou.
Pego meu fuzil e vou pra garagem dando partida com a minha moto em direção ao balcão, marquei dez e cheguei em 5, os vapores estão em treinamento, com a frequência com que os vermes querem invadir nossa defesa precisa estar mais que pronta, precisa estar perfeita.
- meu filho arruma essa postura e mira direito que esse caralho é caro! - Mika fala arrogante olhando pro desperdício de bala que estavam tendo.
Acho bom parar o desperdício mesmo.
Há fileiras de soldados, ambos armados mirando em um alvo testando suas habilidades, Mika vem até mim e eu o encaro.
- quero dois carros, armas pesadas pra fazer a segurança caso precise, que com toda a certeza irá precisar... e isso é pra ontem porque as 22:00 hrs quero estar bem plena em casa aproveitando minhas férias. - digo seria.
- dona de morro não tira férias Sarah - debocha.
- por isso mesmo, sempre soube que nasci pra bugar o sistema - solto uma risada e volto pra casa.
- armas pesadas mesmo? - Mika me encara antes de eu por meu capacete.
- sim, que derrube um helicóptero caso apareça algum - dou uma risada e ele me encara perverso.
Desço em direção a boca pra dar resultado no relatório que pedi pro Mika.
- boraaaaaa, todo mundo circulando que água parada da dengue! - bato palmas pros vapores que estavam parado e logo eles saem.
Entro na minha sala e tem uma caixa de chocolate em cima da minha mesa, pego a mesma e abro já comendo um porque chocolate e sexo são duas coisas que eu gosto. Me sento pegando o relatório e a calculadora.
- e lá vamos nós! - suspiro já sem paciência, como eu odeio isso.
Nunca gostei de exatas...
...
Me espreguiço na cadeira e alguém bate na porta que se abre logo em seguida.
- eai - Carla entra sem graça.
- eai sumida conhece macho novo e some é - bagunço e ela rir se sentando na cadeira a minha frente.
- fofoqueira, sabe de tudo mesmo né - diz mechendo na caixa de chocolate em busca de algum e bufa com sua tentativa sem sucesso.
- eu sei de tudo, quem não sabe é o Mika se não já tinha surtado - fecho o relatório pra dar atenção pra ela.
Depois que Carla foi morar só ela tem estado bastante sumida, pra falar a verdade todo mundo se afastou, cada um atrás de resolver seus problemas e é sobre, passa anos mais quando precisar está todos ali juntos.
- e espero que não saiba, sabe que ele não se conforma de eu ter deixado ele e se intromete na minha vida como se fosse meu dono! - me olha com tédio.
- mau de homem né gata - solto uma risada.
João entra na sala junto com o brutamonte olhando atravessado um pro outro.
- pois é vou indo nessa, passei aqui só pra dar um oi mesmo - Carla se despede e vai embora.
- posso saber a carranca dos dois ? - os encaro esperando por uma resposta.
- olha Sarah esse teu macho não faz nada que preste sabe e quando eu vou falar ele ainda acha ruim - João revira os olhos.
- deixa de ser criança que você implica com tudo que eu faço só pra não me vê no meio - Matheus diz com raiva.
- aaaa me poupe né, tão frescando ? Cheio de coisa pra mim fazer e os dois igual uma criança enchendo meu saco, sai os dois daqui - volto meus olhos pro relatório os ignorando e eles saem se trombando um no outro.
Assim que termino com o relatório, vejo que todo o furo que estava tendo tem vindo da boca 7, falo com os vapores mais perto fazerem o serviço pra mim porque hoje eu não me dou o trabalho de sujar minhas mãos com pouca merda, ainda tá cedo.
- os carros já estão pronto - encontro com Mika na saída da boca.
- ótimo, vou pra casa porque o dia foi longo... o furo tava vindo da boca 7, mais já dei um jeito! - pego meu capacete.
- filho da puta bicho, sempre soube que o muleque era cansado - faz sinal de negação.
- pois é - subo na moto indo pra casa.
O cheiro de comida invade minhas narinas e minha barriga ronca com fome, na correria de hoje nem parar pra almoçar eu não parei, entro dentro de casa e a Nicole corre me abraçando.
- mamãe acredita que o Bryan sorriu pra mim - diz empolgada e eu pego o prendedor que tinha no meu braço prendendo o cabelo dela.
- que bom filha, agora me diz uma coisa que horas que você tomou banho - pergunto por ela tá parecendo uma porquinha de suja.
- a mamãe as crianças só toma dois banhos por dia, porque que eu tenho que tomar mais né! - me enrola fazendo charme.
- uma guerra porque ela não quer tomar banho - madrinha diz dando o leite das crianças.
- agora eu vi mesmo, bora pro banheiro agora - dou um beijo nos meus filhos e subo as escadas.
- não quero - Nicole faz charme.
- e tu tem querer Nicole? Passa pro banheiro agora! - cruzo os braços.
- eu não vou mamãe - se joga no chão chorando.
Era só oque me faltava, tá crescendo e ficando sebosa, levanto ela do chão com umas palmadas e ela corre pro banheiro chorando.
- vou contar pro meu pai - diz ao berros lá em cima.
- LIGUE- grito de volta.
- não bate na menina - madrinha fala sem jeito.
- se eu não bater hoje, amanhã ela bate em mim! - subo as escadas indo pro banheiro atrás da Nicole.
tô ficando é velha não é doida!
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A Dona Do Morro
FanficPessoas entram e saem da minha vida, se elas forem espertas saem vivas, se não...elas morrem, conhecida como Flor de Liz no mundo do crime, já matei muita gente por entrar no meu caminho. Então cuidado! A próxima (o) pode ser você! Minha prioridade...