Capítulo 17

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   Harry

   Anna está na cama a ler um livro enquanto arrumo o terno no meu corpo, estou ansioso por hoje e não nego, agora Anna nos deu a possibilidade de fazemos um aliado que pode nos ajudar e ainda mais, trazer meu filho de volta para casa são e salvo, só preciso descobrir quem são os irmãos, tentar uma conversa e um acordo, vamos lá, não será difícil Harry, nunca foi para você.

   Olho a mulher pelo espelho e penso comigo mesmo como seria minha vida sem ela, o melhor é que não consigo imaginar, apenas penso em como um acidente trouxe tanta maturidade para ela e até mesmo para mim.

   Como pude renunciar a algo que me perseguia, vi nela a cura da minha mente enfeitiçada por mulheres e nada a mais. Eu fui o que Débora queria que fosse, um homem sem sentimentos que não acreditava no amor, apenas no poder e liderança, até que resolvi continuar os passos de meu pai e trazer a bomba para dentro de casa. Uma menina tão inofensiva como ela, causando tantas guerras entre famílias por causa de uma coisa que se eu fosse o homem de antes não sei o que poderia ter feito apenas para mostrar aqueles homens que eu e a família Van Vitsky sempre estaríamos por cima deles. Várias guerras entre o mundo da máfia por causa de status e grana. Suspiro caminhando até a mulher que abaixa o livro e me olha retirando os óculos.
   — Sinto tanta falta de Joaquim — parece triste e não é para menos.
   — Também — a puxo para um abraço, acaricio seus macios e médios cabelos enquanto sinto que prende minha blusa em seus dedos — irei o trazer de volta. — Se distancia de mim a olha-me nos olhos, beijo seus lábios com calma aproveitando cada momento com ela, pois, sei que dependendo de hoje, amanhã não a verei mais, todavia voltará para Los Angeles. Não falamos com ninguém de lá, tememos nossos celulares estarem clonados, então achamos melhor Anna dá a notícia de tudo.

   Deixo-a em casa com alguns dos meus tios e a segurança de todos eles, apenas eu, Mike e Augusto estamos indo para o restaurante que Cristal havia nos dado o endereço e a confirmação que os irmãos estariam lá depois de hackear o sistema da lista de convidados e também por meu nome lá. Assim que chegamos uma mulher nos encaminha a mesa onde havia dois homens sentados atrás de nós, eu Mike e Augusto não sabíamos se eram os irmãos, pois eu nunca os vi, tínhamos que descobrir hoje nessa conversa.
   — Olá, senhores me desculpem, mas os O'Sullivan não poderão vir hoje por um imprevisto, sou Gael o representante deles. Espero que entendam...

~*~

  Depois do nosso jantar enquanto ouvimos a conversa nada interessante para a nossa missão saímos depois que Gael e o vimos a entrar em algumas ruas, o seguimos com cautela para que não percebesse nossa presença, paramos assim que vimos que também parou próximo a um beco onde conversa no celular, olho os dois homens ao meu lado e volto ao homem que logo saiu em disparada pelo lugar estreito.

   — Ei espere! — começamos uma corrida atrás de Gael que derrubou uma lixeira ao chão e entra em becos cada vez mais estreitos o que nos deixa em desvantagem por não conhecer o local. Quando saímos em uma rua onde quase fomos atropelados por carros, vimos que virou a esquina e acabamos saindo no estacionamento do restaurante, demos a volta pelo local? Sacamos nossas armas assim que vimos que entrou no carro.
   — Não se atreva a mover um só dedo. — Suas mãos levantam em redenção e nos olhar de soslaio. — Não somos inimigos.
   — Não parece, já que tem três armas a minha cabeça e me perseguiram até aqui — suspiro abaixando a minha arma e o olhando.
   — Precisamos de um favor, nada que seja tão difícil a você e nem que o comprometa em coisas más.
   — Por que devo confiar em vocês? — peço para que Mike e Augusto abaixem as armas e vejo que Gael também abaixa suas mãos.
   — Eu preciso que avise aos O'Sullivan, que queremos falar com eles. Em paz e que se aceitarem, nos encontramos no mesmo restaurante. — O mesmo confirma com um aceno e dou um passo para trás, logo o motor é ligado e saí em disparada.
   — Acha que ele dará o recado? — Augusto me encara e cuspo ao chão.
   — Com certeza não, verei se Cristal consegue saber algo dele, caso não avise voltaremos a ir atrás dele, sabemos que os irmãos estão ocupados o bastante para comparecer a esses lugares, com certeza Kora sabia de algo só queria tomar nosso tempo. — Concordam e caminhamos de volta a nosso carro, preciso fala com Cristal e não posso esperar Anna chegar lá pela manhã, preciso que esteja aqui comigo e vou ter que arriscar uma conversa pelo celular com a mulher mais velha, preciso dos seus favores e farei de tudo para que os italianos não percebam que estamos contra eles.

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   Meninas quero divulgar que estou escrevendo uma história a parte sobre a família O'Sullivan, uma história sobre a vingança de uma das esposas dos irmãos, estarei anunciando a história e a sinopse logo depois do fim dessa, no último episódio estará o nome, ainda não decidi, mas adoraria que vocês lessem. Obrigada

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