Capítulo 34

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  Conversam apenas para eles mesmos, até agora nada é ouvido, estão todos em alerta em qualquer coisa que pode acontecer, está apenas Mike em frente a três pessoas, assim como nossos homens estão escondidos os inimigos também podem e assim como estou pronta para apontar a mira para a cabeça de Kora, sei que pode haver outros homens com a arma apontada para o crânio de nós aqui dentro, assim como minha arma está apontada para a delas. Emma se distancia e quando estou prestes a relaxar ao ver que vai embora, se vira e aponta a arma para a cabeça de Mike, nesse momento meu coração palpita dentro do peito. Maven cai ao meu lado a respirar e me olha dando um aceno, sei o que quer dizer. Aponto novamente a mira para Kora e não para Emma, a mesma grita coisas na cara de Mike, não vejo sua expressão por estar de costas para mim, mas vejo abaixo de mim Thomas a mirar sua arma para o chinês ao lado de Emma, o barulho ensurdecedor da arma me faz fazer uma careta de dor, mas meus olhos estão presos no corpo desfalecido de Kora a cair e no passe rápido que o Mike tira a arma da mão de Emma, a mesma não faz questão de atirar, o grito que solta é algo que conheço, foi o mesmo que soltei ao receber a foto de Harry. Segurou o corpo da mulher no chão e não vi mais nada por virar as costas.
  — Vá, vou ficar bem — tento ajudar Maven, mas apenas abre um sorriso confortante e vejo a coragem e a vida em seus olhos.
  — Chamarei alguém — fecha seus olhos a acenas para mim enquanto saio para os corredores. Desço as escadas às pressas e peço que Shawn suba para ajudar ao amigo. Vários homens ali, tios de Harry e primos me olham, até então não sabiam que estava aqui, e não me viro para olhá-los e sorrir, meus olhos estão vidrados nos passos que Mike dá a recuar enquanto a arma que antes era de Emma está agora em suas mãos a apontar para a cabeça do homem pequeno e magricelo ao lado dela.

  Quando a mesma me olhoa não me reconhece, mas, gosto do sorriso que deixo sair dos meus lábios, a minha dor foi substituída pelo egoísmo, a vingança e o ódio, não sei se Kora tinha família, filhos, apenas deixo tudo isso reinar em mim.

  Parada em frente à mulher, vejo suas lágrimas se transformarem em apenas gotas secas no fim das suas bochechas, suas mãos sujas de sangue e seu rosto a se virar de dor para raiva. Olhei o corpo e respiro fundo liberando o ar dos meus pulmões para fora lentamente.
  — É! — paro a analisar tudo a minha volta antes de olhar novamente, no fundo dos seus olhos — estamos kits agora, não é mesmo? — sorri — você me trouxe uma foto ontem, eu te dei um presente hoje, você lembrara-se dele sempre que se lembrar de mim.
  — Se for para lembrar-se de você, que seja pelo seu corpo agonizand...
  — Não faria isso se fosse você Emma — a voz me faz congelar, não era como se não conhecesse, eu sabia muito bem quem é. Aquela voz esteve na minha mente em muitos momentos, em muitos dias ruins, desejei ouvir apenas um "olá", apenas uma ligação. Emma olha para trás de mim assustada e eu faço o mesmo a olhar para ela. — Tenho algo para revelar para você, sim, não fiquei ao seu lado no hospital, mas eu senti por muito tempo a sua morte, não foi à perda, foi a culpa. Mas olha você aqui. Eu não me importo de atirar na sua testa e fingir que você morreu há quatro anos. — Ao meu lado a figura para, de preto, de capuz e com um sorriso debochado. É Harry e eu luto para me manter em pé.
  — V-Você es...
  — Estava morto? Oh! Você acreditou, assim como acreditou na foto dos irmãos? Você é boba mesmo Emma, você nunca nasceu para a máfia, quer vingar seu pai? Vingar a mim por não dar a você o que dei a Anna? — seus olhos vieram para mim assim que Harry pronuncia meu nome — não tente nada, há mais de dez homens em cima de árvores prontas para fazer o que fizeram com Kora, cada um apontado para a cabeça de cada um de vocês, e a minha arma apontada para você. Enquanto Joaquim está com você, a minha bela esposa teve a brilhante ideia de fazemos uma aliança com Simas e Felipe, já que você e os Chineses estavam negociando também, queria que eu matasse os irlandeses para por fim eles me matarem, você termina o trabalho e talvez mata seu aliado? Você não sabe fazer planos, uma foto? Por favor, Emma! — Harry debocha e posso ouvir como Emma está ofegante de raiva.
  — Seu desgr... — o homem ao lado da mulher nem tem tempo de terminar de dizer, Harry atira em sua testa e volta a apontar para Emma.
  — Vocês — Emma começa, mas para — eu deveria ter matado aquele moleque antes que... — minha mão acerta sua bochecha e a mesma solta uma risada, ao me olhar sorri e logo seus olhos se abrem em uma velocidade rápida — Não sou burra! Seus idiotas, uma foto, porque sabia que fariam tudo por aquele moleque! Queria matar vocês! E mataria todos no final! Todos com essas vida de mer... — sinto passar e levar meus cabelos um calor e um som que incomoda, olho para trás de mim para ver quem foi a pessoa que quase atirou em mim e vejo Débora com um fuzil na mão, olho para frente vendo o corpo de Emma cair, olhos abertos e assustados. Olhando seu corpo ao chão vimos os homens que são seus capangas a aparecerem, são cinco, mas, minha atenção vai para o homem ao meu lado. Harry. Um súbito frio passa por mim e sinto toda minha pele se arrepiar, um arrepio por dentro fez meus músculos enrijecer e meus ossos tremer junto as minhas pernas, se torna quase algo agoniante e olhando seus olhos verdes a sentir o vento frio passar pelo meu corpo, não vi mais nada a não ser preto.

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