CAP XIX - INDECISÃO

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Olá, como vocês estão? espero que todos bem! Aqui está mais um capítulo para que vocês curtam Assunto Confidencial.

Tenho uma ótima novidade! felizmente Assunto Confidencial vai poder contar com a ajuda de uma revisora de texto para que vocês recebam os capítulos ainda melhores, a @gflorents (no twitter) vai me ajudar - de livre e espontânea vontade - corrigindo os capítulos antes que cheguem até vocês, então sigam-a porque ela ta fazendo um ótimo trabalho a partir desse capítulo! 

Não esqueçam de usar a tag Assunto Confidencial para comentarem os capítulos e postarem seus trechso favoritos de cada capítulo, sempre entro na tag pra retuitar e interagir com vocês.

Boa leitura!

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POINT OF VIEW GIZELLY BICALHO

Na verdade, não. Eu ainda não havia confirmado minha volta ao Canadá, as horas que tive para pensar a respeito do assunto ainda não foram necessárias para avaliar se realmente iria valer a pena assumir o Caso Boneville e ficar no Canadá por algum tempo até a audiência, já que as férias no Rio de Janeiro estavam trazendo-me bons momentos de paz e autorreflexão como sempre traziam, mas agora ainda mais.

Eu não podia ignorar o fato de que estava aproximando-me de Kalimann aos poucos e aquilo havia sido imposto como uma meta pessoal, que eu a conhecesse por inteira. A cada segundo que passava ao seu lado e podia explorar seus sentimentos e trejeitos, era encantador e fascinante para mim, tentando-me a deixar muitas coisas para trás para que pudesse conhecê-la, mas algumas delas simplesmente não se encaixam neste contexto. Uma vez que meu escritório no Canadá negasse assumir um caso de tamanha proporção, um destaque a menos era nos dado e o teto de críticas desabaria em minha cabeça.

O ar do camarim estava impuro de tensão enquanto o silêncio pairava sobre nós duas após o que eu havia dito. Kalimann não esboçou nenhuma reação explosiva ou sequer disse algo, observava-a enquanto de forma imóvel ela parecia estar pensativa, dando-me suas costas como resposta. Em silêncio eu podia sentir minha mente perturbando-me enquanto dúvidas tomavam sua conta, criando paranoias incontáveis como sempre acontecia quando eu me sentia insegura diante de uma situação, engoli seco caminhando em sua direção para então toca-la.

- Como saberei quando irei poder vê-la sem vir à boate, Kalimann? Isso é loucura! Eu irei falar com Virgínia.

- Você não vai falar com ninguém, Gizelly. Não vê quantos problemas tenho aqui? o mundo está desabando em minha cabeça, Virgínia quer meu pescoço pra enfeite de porta e você vai falar com ela? pra quê? pra foder com tudo de uma vez? - Seu corpo virou-se de imediato para responder-me, podia ouvir seu tom de voz trêmulo, mas ainda alterado quase como se gritasse.

- Porra Kalimann você não consegue ser menos grossa?! Estou tentando resolver alguma coisa já que eu não consigo ter a porra de um minuto de paz com você! Se não estiver aqui eu quero saber onde poderei encontrá-la, ou você não me quer enchendo sua paciência? Se for isso não hesite em falar, não perderei tempo insistindo.

- Eu não quero? - Um riso acompanhou-a enquanto pude sentir seu corpo sendo lançando contra o meu dando-me um tapa firme sobre meu peito. - Você vai pra porra de outro país e eu que não a quero perto? - Ficamos em silêncio outra vez enquanto seu olhar havia cruzado o meu e ela observava-me enquanto seus olhos deslizavam por meu rosto de um lado ao outro.

O olhar de Kalimann era o mais encantador que eu já havia visto em toda a minha vida, nenhum outro prendia-me tanto quanto o seu. Levei minha mão em seu rosto acariciando-o sutilmente enquanto ela ainda me observava em silêncio, aproximei-me alguns centímetros mais e selei nossos lábios enquanto sua respiração lentamente misturava-se com a minha. Engoli a saliva sentindo a maciez de seus lábios carnudos sobre os meus e questionei-me ali por quanto tempo eu teria que ficar sem beija-los caso retornasse ao Canadá, quanto tempo eu ficaria sem acariciar seu rosto e sentir seu gosto invadindo minha boca deixando seu líquido em mim... Podia sentir a garganta embargar com algo que não existia, não passava de inseguranças tomando conta do meu corpo fazendo-me criar ainda mais dúvidas em minha cabeça, eu realmente a deixaria para assumir um caso durante minhas férias?

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