CAP XXXIII - COSTURA

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Olá Confidentes, tudo bem? essa introdução é para as pessoas que estão atrasadas e quando chegarem aqui não vão fazer ideia que esse capítulo foi postado junto com o anterior, mas quero que se sintam acolhidas e por esse motivo não vou dispensar uma introdução hahahah.

Deixem aqui a cidade de onde leem agora, gosto de imaginar a distância que essa história é capaz de alcançar! 

Não esqueçam de usar a tag Assunto Confidencial no twitter para comentar sobre os capítulos, assim eu consigo interagir com vocês!

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Revisão de texto: @gflorents no twitter

Boa leitura!

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POINT OF VIEW GIZELLY BICALHO

Mãos em atrito e calafrios espalhando-se por todo o corpo da cabeça aos pés, retornando ao topo e indo novamente de encontro ao chão dando-me espasmos de que a pressão sanguínea estava em um looping infinito e tortuoso sobre permanecer assim ou simplesmente evacuar de meu corpo o deixando inconsciente. Exiguidade de saliva escorrendo por minha garganta dando-me a sensação de afogamento e extrema secura, como se o ar não circulasse por meu organismo, como se a qualquer momento eu fosse sumir do cubículo de escuro onde estava agora.

Anseios por uma companhia e anseio por livrar-me dela deixando-a longe, mandando se possível para o espaço deixando-a se partir em milhões de pedaços minúsculos de seu corpo e reduzindo sua descrição a alguém que um dia amei, tudo para não deixar que o sofrimento presumido em minha pele e na cruel crise de ansiedade que eu sentia agora atingisse-a, pois estava à caminho. Não há como resumir sentimentos nem mesmo a uma só palavra cujo o significado já está descrito em todos os dicionários possíveis, porque as vezes só isso não é suficiente, é preciso transbordar e ditar verdadeiramente o que sente, quando sente e porque sente e só então, sentir libertar-se da angústia perversa que causa palavras não ditas e a dor do futuro onde atitudes não serão evitadas e uma morte pode ser causada levando uma vida que lhe importou algum dia, mas não o bastante para que você fosse completamente sincero.

O ponteiro do relógio está em movimento e nem mesmo a gelidez de um corpo, a falta de saliva e a perda de consciência é o bastante para fazê-lo parar. Ele está rodando sem obrigar-lhe a tomar atitudes ainda que observe-o e de forma fantasiosa seja possível provocar sobre um objeto agonia e desprezo enquanto assiste a lerdeza de sua vivência, ele não vai avisá-la. O círculo pode se fechar mas ele não irá avisá-la.

Se não se atentar ao zunido do tic tac, vai paralisar pois pensará que o tempo não está passando. Engolindo frases, desistindo de tomar atitudes.

estilhaçando contra o chão provas concretas.

Um segundo para que uma hora estivesse completa e minha companhia tivesse sido morta ao meu lado, mas as palavras não saiam de minha boca ainda que meu corpo tremesse...

Resfoleguei fundo tomando todo o ar de onde estava para meus pulmões enquanto no mesmo instante retomava a consciência acordando de um dos pesadelos mais bizarros que eu já pude ter na vida. Zunido, relógio, pânico. Tudo ainda parecia estar rodeando minha cabeça enquanto sentia a garganta doer tamanha era a secura dentro dela agora, por Deus!

Meu corpo despertava assustado e sonolento enquanto meus olhos abriam-se aos poucos voltando a realidade, situando o horário e lugar onde estava agora e felizmente não havia cubículo escuro e ameaça que eu perdesse quem estava acomodada na cabine ao lado.

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