CAP XXVII - BON'APPÉTIT

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Olaaá, como estão? espero que todos estejam bem!! Deixem a cidade e o horário em que estão fazendo a leitura pelo mesmo motivo de sempre. Espero que vocês comentem muuuuito e favoritem o capítulo para dar engajamento a nossa fanfic.

Não esqueçam de usar a tag Assunto Confidencial para comentar sobre a fanfic no twitter, é por lá que eu consigo conhecer vocês e interagir nos comentários!! 

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Revisão de texto: @gflorents no twitter

Boa leitura! 

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POINT OF VIEW GIZELLY BICALHO

Sentia o arranhão que havia rasgado o dorso de minha mão provocando uma sensação ardente pouco intensa no espaçamento que havia entre meu dedo maior e o indicador da mão direita. Observei-os enquanto uma fita de sangue escorria rapidamente desviando a linha reta e desmanchando sobre a parte interna de meu pulso enquanto respirava fundo praguejando Rafaella por ter causado aquele maldito arranhão, eu estava odiando-a ainda que ela tivesse motivos suficientes para ter feito o que fez. Helena caminhava pelo corredor em minha direção quando em uma tentativa tosca de esconder o arranhão que seria contado a minha mãe por ela, abaixei o antebraço e caminhei mais rapidamente em direção ao meu quarto que ficava no sentindo contrário de onde eu estava agora.

Que ela não perceba, que ela não perceba... Céus!

- Menina Gizelly, o que aconteceu?! - Helena havia dado apenas alguns passos para longe de meu corpo e ainda assim notou, que inferno! Por que eu tinha que ser tão problemática?

Respirei fundo enquanto paralisava no corredor por alguns segundos pensando em uma desculpa rápida, mas, absolutamente, o universo conspirava contra mim para que a cada dia que passasse eu me comprometesse de forma diferente ou pior. Primeiro com Clara dizendo-a que nunca havia voltado a boate, segundo com Rafaella deixando escapar em alto e bom som que não havia mulher nenhuma em minha vida e agora com Helena... Que iria correndo contar para minha mãe sobre o machucado.

Helena era a empregada mais dedicada e bondosa que trabalhava na casa de minha família. Apesar de ser descrita apenas como uma empregada, ela era bem mais elegante e simpática que fosse possível imaginar. Era dona de um corpo magro e ainda assim bem modelado, mas constantemente tinha suas curvas escondidas pelo uniforme que vestia impossibilitando que alguém que não tivesse intimidade, como eu, soubesse detalhes como este, aliás, isso só era de meu conhecimento devido à milhares de vezes eu precisar ser cuidada por ela em minha infância, sempre responsável e dedicada ao trabalho, Helena havia me feito desenvolver um afeto genuíno e a considerava tão importante quanto qualquer outro de minha família, até mais que alguns na verdade. Sua histeria e preocupação demasiada com o meu bem estar me atrapalhavam as vezes, por isso algumas coisas não deviam ser ditas e mostradas para ela a não ser que eu tivesse plena certeza que seria algo com que gerasse preocupação além dela, pois minha mãe sempre ficava sabendo.

- Não foi nada, Lena. Esbarrei em um dos jarros de decoração e acabei me cortando com os estilhaços, mas já estou bem. Só irei fazer o curativo. - Respondi forçando um sorriso enquanto engolia a saliva, senti meu coração pulsar de forma intensa como se eu realmente tivesse que esconder o verdadeiro motivo do sangue, direcionei o olhar para meu pulso e o pouco sangue escorrido já secava após ter gotejado no corredor.

- Onde? mostre-me para que eu limpe, sua mãe irá ficar preocupada. - Onde? limpar? havia esquecido desses detalhes, puta merda! Pressionei o lábio inferior entre meus dentes enquanto mordia e lambendo-os em seguida fazendo sentir a saliva que havia sido depositada sobre eles os deixando úmidos, no tempo em que fazia isso minha mente concentrava-se procurando uma desculpa, como sempre. Observei um sorriso tomar conta do rosto de Helena que havia desmanchado o semblante preocupado enquanto virava-se em ironia para a porta do quarto de Rafaella que estava apenas a duas portas de onde estávamos situadas agora.

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