ASSUNTO CONFIDENCIAL

CAP XX - OBSESSÃO

Hey, estão felizes com dois capítulos seguidos? hahaha. Estou postando devido a vocês terem ultrapassado a meta de 210 comentários no último capítulo, quem sabe se vocês manterem esse ritmo eu não continuo postando sempre dois capítulos? hmm, digam-me vocês.

Não esqueçam de usar a tag Assunto Confidencial para comentarem os capítulos e postarem seus trechso favoritos de cada capítulo, sempre entro na tag pra retuitar e interagir com vocês.

Estejam com a música Lovely - Billie Eilish pronta para dar play logo no início do capítulo, vai auxiliar na imaginação.

Revisão de texto: @gflorents no twitter.

Boa leitura!

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POINT OF VIEW RAFA KALIMANN ÀS 11H00 AM

DEEM PLAY NA MÚSICA

Observava o sol adentrando meu quarto pelas pequenas frestas da cortina branca que havia colocado sobre a janela alguns dias atrás enquanto a sonolência da noite mal dormida ainda tomava conta de meu corpo dando espaço aos pensamentos que pouco a pouco tomavam minha mente assim como o sol cobria os lençóis da cama, tornando-se cada vez maior e mais quente a cada novo minuto em que eu permanecia deitada. Podia sentir a quentura razoável em minha pele coberta por metade de um dos lençóis enquanto estava imóvel sobre a cama, deixei que meu corpo respondesse ao estímulo do cansaço e apatia fechando os olhos para emergir em pensamentos. Ainda que permanecesse imóvel podia sentir um de meus braços latejar acompanhado de ardores enquanto flashes da noite passada retornavam a minha cabeça como se eu ainda estivesse vivendo aquele maldito pesadelo, as mãos firmes segurando-me e as palavras sendo lançados contra mim com uma rispidez incapaz de ser sentida para qualquer pessoa que não fosse capaz de julgar o peso de todas elas. Nicola era incapaz de medir sua força enquanto suas mãos tinham-me como sua marionete durante o tempo em que eu tentava esquivar-me de seu olhar severo e infortúnio que me causava arrepios de completo pavor.

Sentia suas mãos queimando por meu corpo em agressividade enquanto repetidas vezes implorava para que se retirasse de meu camarim, o que só foi feito depois de eu ter sido marcada pela firmeza de suas mãos que deixaram-me dilacerada outra vez e além do físico. Sentia uma lágrima dimanar-se por meu rosto ainda que meus olhos estivessem fechados enquanto só conseguia associar a sequência de fatos que havia tornado uma das piores noites de minha vida, perguntando-me que porra eu fiz pra merecer?

Naquele instante a única imagem que surgia em minha mente para desviar-me do estrago mental que o maldito Nicola havia deixado, era justamente alguém que sempre fizera totalmente o contrário desde a primeira vez que esteve em minha vida. Seus beijos queimavam em meu corpo e suas mãos percorriam-me com tanta firmeza quanto as mãos de Nicola e ainda assim eram incapazes de deixar-me tão mal quanto ele o fazia, pelo contrário seus beijos incendiavam-me em completo desejo e vontade de senti-la, fazendo-me perceber agora que sua presença me importava bem mais que simples cenas de sexo sem compromisso, porque ela estava em minha mente justamente no momento em que eu estava sedenta por afagos. Em minha mente ainda era utópico o fato de Gizelly estar em algum lugar onde eu não pudesse vê-la por sei lá quanto tempo. Minha respiração fluía pesada enquanto não esboçava nenhuma reação deixando que as lágrimas fluíssem por meu rosto lentamente, deslizando pelo travesseiro macio em que minha cabeça estava aconchegada.

Quando a pressão interna é muito alta e ultrapassa o nível de segurança, é preciso que você tenha uma válvula de escape para permitir a saída de qualquer que seja o fluído... ela encaixava-se perfeitamente ali, era a válvula de escape que anulava qualquer outro acontecimento ou sentimento ruim que teimasse em visitar-me, sua presença era o bastante para que nenhum de meus demônios atrevessem a rodear-me. Ultimamente Gizelly era capaz de fazer com que nada mais importasse quando ela estava comigo, não importava a sequência de acontecimentos por pior que fossem eles, se ela estivesse era o bastante para que eu agisse como se absolutamente nada nunca tivesse acontecido e isso não era proposital, acontecimentos ruins eram automaticamente arquivados nas profundezas de meu inconsciente ao ver sua bela imagem próxima a mim, como se ela fosse a porta para o paraíso. Mas agora isso se tornaria um problema já que seria impossível ter sua presença comigo com a sua volta para o Canadá e para piorar, na semana que vem.