CAP XXVI - FANTOCHE

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Olaaá, como estão? espero que todos estejam bem!! Deixem a cidade e o horário em que estão fazendo a leitura pelo mesmo motivo de sempre.

Lembrando que estou publicando dois capítulos seguidos outra vez, não esqueçam de favoritar os capítulos por favor!!! e depois desse vocês podem ir diretamente para o capítulo XXVIII. 

Não esqueçam de usar a tag Assunto Confidencial para comentarem os capítulos no twitter, é por lá que eu conheço os leitores e consigo interagir!!! 

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Revisão de texto: @gflorents no twitter.

Boa leitura! 

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POINT OF VIEW RAFA KALIMANN

Porra, Rafaella, Porra!

Naquele instante praguejava céu e terra por desejá-la ainda que meu corpo estivesse em brasas por avisar-me sobre a viagem com destino ao Espírito Santo justamente à frente do balcão de check-in do aeroporto. Recordava-me do riso escapando de meus lábios ao ouvi-la dizer para onde iríamos quando na verdade a taquicardia havia consumido meu peito em completo nervoso, por que ela tinha de ser tão filha da puta?

Tinha meu olhar vidrado sobre o corredor do avião de médio porte onde éramos passageiras agora, na verdade não havia nada de interessante para ser observado quando àquela hora do dia tudo estava em completa calmaria e as pessoas tinham seus corpos repousados em completo descanso sobre as poltronas aconchegantes, mas eu faria o necessário para evitá-la agora que meu peito estava acelerado com a ansiedade que perturbava-me fazendo com que eu questionasse tudo o que estava por vir. Na poltrona ao lado um casal aconchegava-se um ao outro enquanto a mulher tinha um livro em mãos e fazia a leitura dessa forma, sua cabeça repousava em um dos ombros do homem ao seu lado e enquanto os olhos dele fechavam-se para descansar, ela continuava atenta a leitura e dividindo-se entre o livro e as carícias dadas ao homem.

Repousei a cabeça sobre minha poltrona outra vez enquanto torcia para que a substância calmante da pílula que havia tomado fizesse efeito o mais rápido possível e eu apagasse por todo o tempo que precisasse estar em um pequeno lugar como aquele ao lado de Gizelly, pois agora minha maior vontade era acabar com ela. Em minha mente questões repetiam-se em um looping infinito de dúvidas causadas pela insegurança, eu realmente não estava preparada para conhecer sua família, não tinha a mínima ideia do que viria.

A postura firme e autoritária de Gizelly me fazia acreditar que sua família tinha um ar elegante e fino assim como ela, como a classe alta do país. A admiração com que ela havia falado sobre sua mãe no dia em que esteve em meu apartamento deixava-me ainda mais intimidada. Oh Céus! Eu precisaria lidar com alguém tão difícil quanto ela, além de já lidar com sua filha? Imaginei uma casa deslumbrante e minha recepção sendo não tão calorosa quanto eu gostaria que fosse, a insegurança bamboleou por minha mente até que, como a cintura de um corpo humano, a mesma tivesse cansado e cedido ao efeito do calmante, a visão havia ficado turva e alguns segundos depois eu já havia imergido em sono perdendo completamente a noção de espaço, eu havia migrado para o mundo inconsciente. De volta aos pesadelos de minha mente ainda que adormecida, pois eles sempre voltavam.

Há algumas semanas não havia um lugar onde eu fosse para ser libertada da sombra escura que me perseguia junto a imagem de Nicola Magnossun e sua violência marcada em meu corpo. Depois de ter sido vítima de suas últimas agressões antes que fosse detido, o trauma de tudo o que havia vivido em suas mãos durante anos reapareceu e a soma de lembranças com o recente acontecido atormentava-me de forma que eu simplesmente havia me entregado a retornar ao passado sempre que dormia, e às vezes ainda acordada as sensações retornavam.

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