ela e eu brigamos.

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Era quarta-feira, o dia hoje estava triste e chuvoso. Fazia exatos 4 dias que Mina me contou sobre o beijo com Soyeon, e exatos 2 dias que me avisou por mensagem que iria viajar a trabalho.

Estava na casa de Nayeon, desde que ela foi ao hospital, estamos tentando evitar que ela faça esforço então nós estamos cuidando da coelha.

- O que acham que é? - Sana perguntou se jogando no sofá ao meu lado. Sana também vinha muito aqui desde que Nay foi ao hospital.

- Menino. - Nay respondeu e como se fosse uma ligação de outra dimensão acariciou sua barriga.

- Eu acho que é menina. - Respondi.

- Eu na verdade não me importo muito, o que vier vai ser amado do mesmo jeito. - Jeongyeon respondeu puxando Nay pro seu colo. Eu e Sana de vela em um sofá, e o casal no outro.

- Tem razão. - Concordou a garota em seu colo, puxa saco.

- Vamos assistir uma série. - Sana pegou o controle e já foi logo escolhendo uma que ela dizia ser "a melhor de todas".

Depois de algumas horas assistindo série com as meninas eu decidi ir embora, já se passavam das 21:00 e ainda teria que deixar Sana na casa dela. Nos despedimos das meninas e seguimos pro meu carro.

- Tá tudo bem com você Chaeyoung? - Sana perguntou séria enquanto eu dirigia até sua casa.

- Porque não estaria? - Respondi sem desviar o olhar da estrada.

- Não responda minha pergunta com uma pergunta.

- Eu não tô nem ai Sana.

- Argh você está tão idiota. - Socou meu ombro e eu a encarei.

- O que você tanto quer saber? - Perguntei já sem paciência.

- Quero saber como você se sente, sobre Mina, sobre o trabalho, sobre o namoro da Dahyun com Momo... sua família, sei lá você não conversa comigo! - Exclamou irritada e a sua expressão era de chateação.

- Certo vou te contar... Com Mina está tudo uma grande merda desde que ela beijou a ex-namorada, o trabalho é o único local onde me sinto livre pra expressar meus sentimentos e ficar quieta por pelo menos algumas horas. Sobre minha família tudo grandes maravilhas, meus pais obrigam minha irmã a fazer o que ela não quer como carreira profissional e isso tá me consumindo de ódio, e também sobre o namoro de Dahyun eu quero que se foda, mas estou bem fora isso e você? - Expliquei em tom de deboche expressando a grande merda que estava minha vida. E Sana me olhou por longos minutos.

- Chaeyoung... Eu... - Fiz sinal para que ela parasse, parasse de lamentar, de sentir dó, de dizer "eu sinto muito", estava cansada das lições de moral, de ética, e foda-se tudo isso. Ela sabia que tudo aquilo que eu disse nem era metade do que eu sentia, mas ela não entenderia como eu me sinto, é algo que você só sente quando é com você.

- Tá tudo bem Sanie, eu falo com você amanhã na editora. - Estacionei na frente da sua casa, Sana morava em um condomínio e tinha uma casa muito grande.

- Me ligue depois. - Beijou minha testa e saiu correndo por causa da chuva.

Segui meu caminho pra casa enquanto a chuva forte caía causando certa dificuldade para enxergar.

📖

- Dahyun cheguei! - Gritei assim que cheguei em casa, joguei minhas chaves no balcão e joguei meu sapato molhado ao canto da porta, tirei o casaco também molhado e o joguei no carpete. Tudo estava tão molhado em mim.

- Não jogue a roupa pelo chão Son. - Minha blusa de manga comprida e gola alta, junto da minha calça social, pareceram secar com o calor que passou pelo meu corpo quando ouvi a voz. Tesão? Pressão baixa ou alta? Febre, gripe, pneumonia? Nenhum, era raiva mesmo.

BLOCK (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora