ela e o maldito pedaço de bolo.

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Dessa vez não foi o sol que decidiu nos deliciar com sua luz e calor ao amanhecer. A luz amarelada e um tanto baixa do quarto foi acesa rapidamente, por uma Dahyun desesperada.

- Acordem! Não vão acreditar no que acabamos de ver. - Gritou enquanto se aproximava ainda mais da cama, eu tentava inutilmente cobrir meu corpo nu. Foi aí que reparei que Mina já não estava mais ao meu lado.

- O que? Onde está Mina? - Perguntei. Pisquei várias vezes para recuperar a minha visão e pude ver Dahyun ao meu lado, vestindo uma roupa de banho e um short jeans.

- Eu estou aqui. - Escutei a voz de Mina vindo do banheiro, ela vestia apenas um biquini e carregava um short em sua mão. - O que aconteceu?

- Momo desceu para ver o que tinha no café da manhã. Ela me mandou uma foto, e disse que é a Sana. - Eu demorei poucos segundos para processar, enquanto Dahyun buscava pela foto. Mina se aproximou e nos encarou.

- Isso é muita coincidência, onde está Momo? - Perguntou preocupada e caminhou até sua mala, pegando seus produtos e terminando de se arrumar.

Dahyun nos mostrou a foto, e constatamos que realmente poderia ser a Sana. Ela usava apenas uma máscara sobre o rosto e usava óculos de grau também. Os cabelos agora escuros, amarrados em um rabo de cavalo. As roupas mais leves e chinelos nos pés.

- Sana... - Sussurrei ainda encarando a foto. Me levantei rapidamente e peguei a toalha que Mina jogou na cama.

- Nós desceremos até lá e procuraremos por Momo e depois por Sana. Você toma um banho, manteremos você informada. - Mina disse e deixou um beijo em minha testa. Fiz uma cara raivosa, era óbvio que eu queria ir logo também. - Amo você. Te vejo logo.

Ambas aceleraram o passo para fora do quarto, batendo a porta e me deixando sozinha. Já que não tinha outra opção corri desesperada para o banheiro. Estava louca para ver Sana.

📖
Pov Momo

O café da manhã parecia divino ao meu olhar, encarava cada mesa de comida minuciosamente caçando algum defeito.

Felizmente os cozinheiros não podiam me sacrificar por tal atitude, uma máscara cobria meu rosto, não queria perder a fome por um encontro indesejado com Suho. Infelzimente estávamos fugindo dele por causa da situação da noite passada.

Ainda eram oito horas da manhã e eu havia me "voluntariado" para pegar o café da manhã, entre aspas, já que ninguém havia acordado ainda e Dubu estava com preguiça de levantar.

Algumas pessoas transitavam pelo lugar, algumas estavam sentadas nas mesas conversando, enquanto uma televisão soava com o jornal matinal da ilha.

- As pessoas viajam bastante no final do ano para cá, né? - Comentou a mulher que estava atrás de mim. Seu inglês com sotaque britânico. Me perguntei o que essas pessoas faziam nesse fim de mundo que é essa ilha.

Me permiti analisar mais as pessoas que estavam ao meu redor. Ao longe pude ver crianças brincando, algumas pessoas paradas na recepção do hotel. Encarei a porta do hotel e vi uma silhueta um pouco conhecida por mim.

A tal mulher conversava com um rapaz que parecia ser bem mais novo que ela, ele estava acompanhado de uma criança.

Sana. Ela parecia feliz, não pude ver seu rosto direito pois nele havia uma máscara. Ela vestia roupas de verão e um boné praiano descansava em sua cabeça. Só podia ser ela, em milhões de pessoas eu a reconheceria mil vezes.

BLOCK (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora