elas e o bebê Ryujin.

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Eu me encontrava encarando a janela novamente, uma mão de Mina segurava sua xicara e a outra mão firme segurando minha cintura e me abraçando por trás confortávelmente.

A manhã hoje estava fria, eu tomava um café forte para me despertar completamente e Mina me acompanhava tomando seu chá verde.

Estava quase na hora de ir para o trabalho e Mina pediu para me acompanhar até o trabalho e depois ela iria para casa de Jeongyeon onde agora também era a casa de Nayeon.

- Somi não vai demorar acordar, vou deixar um bilhete e a chave da porta da entrada. - Disse me afastando dela cuidadosamente, caminhei até a cozinha para deixar a xícara vazia na pia e ela me seguiu.

- Certo. Quando chegar na casa de Jeong tenho que esperar o horário da sessão com o psicólogo. - Disse. A vi pegando a chave de seu carro que estava em cima da mesinha e a encarar por um longo minuto.

- O que tem de errado? - Perguntei me aproximando da japonesa.

- Momo me ajudou a comprar esse carro, foi uma das minhas primeiras conquistas. - Sorriu triste.

- Ela sempre te apoiou nas suas conquistas aparentemente. - Falei. A mulher confirmou com a cabeça e caminhou até a porta.

Peguei minha bolsa e meu casaco, chamei Mina com a mão para sairmos de casa logo, ela pegou seu casaco também e fechou a porta e então corremos para o carro por causa do frio.

- Minha irmã sempre me apoiou desde quando éramos crianças. - Continuou o assunto. Ligou o carro e dirigiu para fora do condomínio. - Ela sempre me protegeu e cuidou de mim, já disse e repito, Jeongyeon e Momo são minhas únicas figuras maternas.

- Queria ter sido mais assim com minha irmã também. - Disse baixinho encarando o fraco movimento dos carros lá fora.

- Você quase nunca fala dela... tem a ver com a briga com seu pai? - Perguntou sem me encarar. O trânsito estava fácil, sem muito tráfego e perfeitamente silêncioso para uma manhã calma.

- Boa parte tem a ver com isso. Rosé e eu sempre fomos próximas, apesar da nossa diferença de quase oito anos. - Mina me encarou surpresa.

- Eu e Momo temos uma diferença grande também, quase seis anos. - Comentou e murmurou para mim continuar.

- Quando eu fui adotada eu tinha três anos, não lembro de nada... não lembro da sensação de ser abandonada pelos meus pais biológicos, não lembro do motivo e nunca quis saber ou ir atrás dos meus progenitores... é algo que você esquece com o tempo. - Dei de ombros, acabei por ligar o aquecedor do carro de Mina pois estava congelando, mesmo com as janelas fechadas.

- E seus pais foram sinceros com você? Digo, eles nunca esconderam que você foi adotada?

- Não tinha motivos para esconder. Eu vivi uma infância linda, perfeita eu diria. Quando Roseanne chegou eu tinha sete anos de idade... ela era só um bebê pequeno. - Disse nostálgica com um sorriso feliz no rosto.

- Ela parece ser uma boa pessoa. - Me encarou e sorriu, antes de finalmente parar o carro em frente a editora. Agradeceria um dia a Jackson por conseguir um apartamento perto da editora.

- Rosé é tudo para mim, entendo que você fez o que fez por Momo. Eu faria tudo denovo se fosse com minha irmã. - A olhei e deixei um último beijo sobre seus lábios macios.

- Obrigada por ser uma namorada extremamente compreensível e que se coloca no meu lugar. Terei uma boa sessão e você terá um bom almoço com seu pai, certo? - Perguntou soltando meu cinto de segurança e se aproximando mais de minha boca.

BLOCK (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora