ela e a entrega 2.

711 83 63
                                    

Quando chegamos em Myeongdong a movimentação começou a ficar pior, o lugar estava comparado a uma lotação em um shopping e realmente parecia uma feira.

Tinha tantas barracas e luzes dentre aquele meio todo de gente, faríamos uma entrega de um conteúdo que não fazíamos a mínima idéia do que era. No que estávamos pensando quando nos metemos nisso?


- Até que enfim um lugar bom para estacionar. - Nayeon reclamou assim que parou o carro em uma vaga no estacionamento ao ar livre.

- Estou morta de fome, vamos Nayeonie. - Disse Rosé, desceu e puxou a coelha do carro. Nayeon ainda conseguiu jogar a chave do carro para mim e depois pude ver Rosé a levando para o meio da multidão.

- Cuidado! - Desci do carro e gritei antes de perder ambas de vista.

- Temos que ir. - Falou Mina. Peguei a maleta certa que havia deixado no banco, a japonesa estendeu a mão para mim na intenção de pegar a maleta que estava meio pesada, então passei a maleta para a mão esquerda e e com a mão direita peguei a sua mão estendida entrelaçando nossos dedos.

- Não foi isso que eu... tudo bem, vamos. - Tentou dizer, mas acabou por sorrir bobamente. Caminhamos em meio a multidão também, no envelope que Seulgi nos deu estava escrito o endereço, então seguimos até o restaurante proposto.

Caminhamos por um longo tempo atrás do lugar. Por fim, chegamos em um beco escuro e suspeitosamente perigoso.

- Acho que é aqui. - Disse com um pouco de dúvida, chequei o número e apontei para o estabelecimento a nossa frente.

- Um bar? Me parece lugar em que gente mafiosa planeja um assassinato. - Disse Mina apavorada. Bati em seu braço a trazendo pela realidade.

- Suho não deixará nada acontecer com a gente. - A acalmei, olhei singelamente ao redor caçando o homem, porém não vi nada. Engoli em seco ficando com um leve medo também.

Entramos no bar logo sendo acolhidas pelo calor do aquecedor. Procuramos uma mesa qualquer e nos sentamos, a mesa estava bem distante de todas as outras e podíamos ver quem entrava e quem saía do bar.

O bar não estava lotado. Pelo contrário, todos os poucos clientes do bar eram bastante elegantes, digo, homens engravatados e mulheres com vestidos lindos e aparentemente bem caro.

O lugar era o mais sofisticado daquele bairro provavelmente, a decoração bem rústica e antiga, o balcão de madeira escura contrastando com as paredes e o piso, um belo lustre clareava o centro do lugar.

- Aceitam uma bebida senhoritas? - O garçom invadiu minha vista me impedindo de continuar a apreciar o lugar.

- Dois copos de whisky por favor. - Falei. O rapaz assentiu e saiu rumo ao balcão que continha uma prateleira com bebidas atrás.

- Para qual desses homens estúpidos entregaremos a maleta? - Mina questionou encarando ao redor discretamente.

- Leia o envelope, talvez tenha uma foto. - Disse, sabia bem que Mina não havia lido o papel por completo. 

- Certo... aqui não diz nada, aparentemente ele virá até nós - Leu o papel e constatou que apenas tínhamos que esperar.

Alguns minutos se passaram e o garçom nos trouxe as bebidas, logo em seguida Suho chegou para nossa salvação.

Ouvimos o sino bater outra vez quando indica que alguém entrou no local, encarei ao redor e vi Suho que estava em outra mesa mais distante, lendo uma revista qualquer, enquanto tomava alguma bebida também encarou a porta.

BLOCK (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora