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Cinco meses depois.

Tudo voltou ao normal, minha vida continua como antes, com uma nova participação especial.
Sim, depois de uns dias eu comecei a pensar sobre minha gravidez, não estava mais sozinha no mundo, Deus estava me dando uma chance de conhecer a verdadeira felicidade.

Não tive nenhuma notícia do Murilo, e acho melhor assim, nunca mais na minha vida quero vê ele na minha frente.

Ontem descobrir que estava grávida de uma menina, e dei o nome a ela de Lis, continuei trabalhando na loja, e todas estavam me minando muito, fizeram um chá de fraldas e eu fiquei imensamente feliz.

Tive contato com minha mãe algumas vezes e por incrível que pareça, ela não estava me tratando mal como de costume, perguntava se eu estava bem e como estava a saúde do bebê.
Mas mesmo assim, nossa relação ainda era muito estranha. 

Com o passar do tempo fui arrumando o quarto da minha filha, decorei tudo, comprei tudo que ela tinha direito.
Fiz amizade com algumas meninas do trabalho, e estava até me sentido bem com isso.

-

Quatro meses se passaram e minha princesa veio ao mundo, com muita saúde e linda. Quando peguei ela nos braços foi coisa de outro mundo, tudo que eu nunca sentir na vida de bom eu estava sentindo naquele momento, o amor estava transbordando em mim.

Tive um parto normal graças a Deus ocorreu tudo bem, no dia seguinte já estava em casa.

Minha mãe se ofereceu pra ficar uns dias comigo, eu não tinha como recusar, não tinha ninguém além dela que pudesse me ajudar.

Com a chegada da Lis, minha vida se transformou de verdade, eu tive que amadurecer, ser responsável e colocar ela acima de tudo em minha vida.
Ter a Lis foi a única coisa de bom que o Murilo me fez.
Me transformei em uma mulher madura e dona de mim, não aceitava ser pisada por ninguém, não precisava de ninguém pra nada. Minha filha crescia linda e saudável, sem precisar daquele imprestável, ele nunca vai ter direito sobre a minha filha.

Depois de algum tempo minha licença acabou e tive que voltar a trabalhar.
Tive uma conversa com minha mãe e contratei ela pra cuidar da Lis na minha casa, ela aceitou de bom grado.

Eu e minha mãe não tínhamos mais aquela conexão de mãe e filha, mas nos  tratamos com respeito e admiro muito o amor e cuidado que ela tem com minha filha.

-

Mal fechei os olhos e a Lis já estava três  anos, tudo de bom tinha naquela garota. Doce, calma, inteligente e vaidosa demais. Amava ir na loja onde eu trabalhava e conversar (na linguagem dela) e com as meninas sobre os desenhos que ela assistia.

Acordei bem cedo como de costume e  comecei a me arrumar pra ir trabalhar, coloquei minha farda e preparei o café da manhã na mesa, acordei a Lis e arrumei ela pra escola.
Nossa rotina era assim, eu levo pra escola pela manhã, Minha mãe pega e fica com ela durante a tarde aqui em casa.

Sairmos de casa, tranquei tudo e levei a Lis na escola que não era muito longe de casa. Seguir pro meu ponto de ônibus e aguardei, depois de dez minutos o ônibus chegou.

Cheguei no trabalho e bati meu ponto, comecei a organizar o estoque e olhar as mercadorias que tinha chegado.

Gerente:Alice meu amor, a Marta não vem hoje, você pode ir pra linha de frente? Só por hoje, te compenso em seu salário.

- Sem problemas, vou terminar aqui e já desço.

Gerente:Obrigada linda.

Terminei tudo que tinha pra fazer e fui no vestiário, coloquei a farda de vendedora e  fui pro salão da loja. Essa hora de almoço a loja tinha um grande movimento, comecei atender as clientes, fiz várias vendas e recebia muitos elogios.

Dentro do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora