Cap 32

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Minhas férias estão uma merda, raramente saiu de dentro de casa e quando saiu só é pra ir na venda.

A Bia tem vindo muito aqui, passa a tarde comigo e depois se manda.

O Binho e Bola estão sempre trabalhando, depois que ameaçaram invadir o morro eles não tem tempo pra nada.

Eu morro de medo dessa tal ameaça, imagino o quão horrível deve ser.
Já tenho dias sem vê o Grego, mas tô sabendo que a favela toda já sabe que ele tem uma filha comigo.
Alguns me tratam como se eu fosse a rainha, outros me tratam com desdém.

A relação da Lis com ele está cada vez melhor, o Binho vem sempre buscar ela pda levar na casa do Grego nos dias combinado.

Vocês devem achar que aceitei essa com A de pai fácil né?! Não, não aceite. Passei noites em claro pensando de algum jeito de reverter a situação, mas não achei.

Hoje o mesmo me mandou uma mensagem que vamos a uma festa infantil de uma amigo dele em um morro vizinho disse até pra me arrumar pra levar a Lis.

Como sempre tivemos aquela discussão, mas infelizmente eu tenho que ir.
Quando deu cinco horas da tarde eu comecei a da banho na Lis, coloquei um conjunto nela e me vestir.

Mandei uma mensagem pro Grego avisando que já estava pronto.

Precisei da ajuda da Bia pra descobrir de quem era o aniversário, menino ou menina.

Comprei um presente as carreiras e embrulhei. Espero que a roupa dê no garoto.

Alguns minutos depois ouvir o carro buzinar a Lis pulou do sofá e correu pra rua atrás do Grego, eu peguei a mochila dela e o presente. Tranquei a casa e seguir pro carro, ele prendeu a Lis na cadeirinha que não parava de falar um minuto se quer.

Lis:Papai, o senhor não fala com a mamãe?

Grego:Só o básico bebê.

Eu continuei quieta, não vou ficar me metendo nos assuntos deles.
Ele começou a dirigir e conversa e com a Lis.

A Bia comentou comigo que ele mudou muito, desde quando assumiu a Lis como filha, tá mais comunicativo e até sorrir.

Pegamos um estrada estranha pra caralho, oque me fez me arrepender mais ainda de ter vindo com minha filha.
Depois de mais alguns minutos, avistei uns homens armados igual lá no morro. Já se passaram alguns meses mas meu medo fica cada vez maior, eu sei que o Grego é traficante e os meus amigos também, mas o medo que sinto não muda.

Ele estacionou o carro e saiu, logo em seguida pegou a Lis da cadeirinha e jogou a chave pra um vapor.
Eu sair do carro, peguei a bolsa e o presente e fui atrás dele que me deixou pra trás, a Lis falava a todo tempo, brincava com as correntes dele e beijava o rosto do mesmo que sorria sempre pra ela e eu idiota que sou ficava admirando.

Subimos o morro e paramos de frente a uma casa enorme, se tem uma coisa que esses traficantes são é exagerados.
A casa enorme, meu pescoço até doeu de ficar olhando pra cima.

Grego:Vai ficar a noite toda aí?

Sair do meu transe e seguir ele pra dentro,  tocava uma música infantil, várias crianças corriam pela casa, um jardim lindo do lado de fora, as portas de entrada enorme tudo bem sofisticado.

Que do chegamos na sala vi uma cara se aproximar da gente.

Xxx:Pensei que não vinha meu parceiro.

Grego:Demorei, mas cheguei.

Xxx:Fica vontade aê, você tá ligado que tu é da família.

Grego:Tranquilão.

Dentro do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora