Tati
Eu cheguei em casa e joguei com tudo o vaso que ficava na porta.
— Lazarenta do caralho! - Falei com um certo ódio.
— Calma caralho, da um chá de buceta pra ele que ele nem vai lembrar! - Diana disse.
Curtia Diana, mas com ela o papo era outro, confiava desconfiando.
— Eu vou ver o que eu vou fazer! - Falei indo pro meu quarto.
*****
Aquela gritaria de sempre, eu fingi que nem era comigo. Até ele vir me chaqualhando.
— Desencosta porra! - Gritei.
Ele deu um tapa que estralou. Eu fiquei encarando ele e ele ficou me encarando com um ódio.
— Eu vou embora daqui! - Falei indo pegar minhas coisas.
— Tu sabe aonde é a saída! - Marcola disse e eu parei.
Eu tava fazendo drama e ele não se importou. Eu me virei encarando ele.
— Você curte ela? - Perguntei.
Ele suspirou.
— Bora logo! - Marcola disse.
— Marcola, eu só vou se tu me responder! - Falei séria.
Ele sentou na cama e tirou a pistola da cintura, ele colocou na cama e arrancou a camiseta.
— Eu amo aquela mulher porra, perdi uma vez e não to afim de vacilar de novo. Vai Tatiane, te dou uma grana! - Marcola disse se jogando na cama.
Eu não disse nada. Arrumei algumas coisas na minha mala e sai. Se era o que ele queria, era o que ele teria.
Vai se foder bonito Marcola!
Desci a favela vendo aquele sol estralar. Eu parei na barragem e vi de longe um carro, eu fui até ele e vi aquele vidro abaixar.
— Te disse. Ele ia te dar um pé na bunda! - Juninho disse.
— Vai se foder porra! - Falei entrando no carro.
*****
Miriã
Dias depois...
Escutei o barulho dos foguetes e meti um murro no sofá.
— Que inferno de invasão! - Falei fechando a janela e indo pro quarto me abaixando no cantinho.
Fiquei ali por um tempo até ouvir um barulho na sala.
Eu comecei a ir pra de baixo da cama, eu me encolhi e logo comecei a ouvir alguns gemidos e passos.
Ô Deus, não, por favor.
Aquele tiroteio lá fora e aqui dentro meu coração disparado.
Quando abriu a porta e eu vi os pés eu fechei meus olhos e logo ouvi o estrondo, eu abri os olhos dando de cara com Marcola caído. Eu sai rapidamente de baixo da cama e comecei a sacudir ele.
— Marcola, acorda. - Falei balançando ele.
Ele continuou ali de olhos fechados, eu virei o corpo dele e vi que o chão estava com sangue, olhei e vi o peito do Marcola sangrar.
Eu perdi um, eu não posso te perder!
Eu comecei a procurar nele o radinho e logo achei. Eu apertei em todos os botões.
— Quem tá apertando o botão porra? - Ouvi a voz de alguém.
— O Marcola tá ferido. Alguém guia pra cá logo! - Falei vendo meu peito subir e descer de tão ofegante. - É a Miriã porra, vem logo caralho! - Berrei.
Aquele sangue não parava de sair. Eu peguei uma toalha e segurei em cima. Eu acabei deitando em cima dele ouvindo o coração dele bater devagar.
— Você precisa ficar aqui, eu preciso de você... - Sussurrei.
Ouvi uma arma destravar e eu me virei vendo um cara desconhecido.
— Tu que é a gata dele então? - Aquela voz grossa soou.
Eu gelei. Ele veio caminhando, e eu continuei segurando aquela toalha.
— Tu é boa em. - O cara disse e se abaixou na minha altura.
Eu encarei na porta e vi Curió encarando aquela cena.
— Marcola não morre, mais tu vaza, pra ele se ligar que ele não é tudo esse bangue ai! - O cara disse alisando minha barriga com a pistola.
Eu empurrei ele com o reflexo e Curió começou a desferir balas no corpo. Eu fiquei encarando aquilo e logo cai em cima de Marcola.
— Não me deixa! - Sussurrei baixo vendo o quão pálido Marcola tava...
• aperta na estrelinha •
Boa leitura, um bom começo de semana a vocês!!! 🐞
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Amor atrás das grades
Teen FictionEra apenas uma visita que Miriã iria fazer para seu irmão, já que ele tinha acabado de ser transferido para o penitenciária no Rio de Janeiro. Mas não foi oque o destino quis que acontecesse...