• capitulo 47 •

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Tati

Eu cheguei em casa e joguei com tudo o vaso que ficava na porta.

— Lazarenta do caralho! - Falei com um certo ódio.

— Calma caralho, da um chá de buceta pra ele que ele nem vai lembrar! - Diana disse.

Curtia Diana, mas com ela o papo era outro, confiava desconfiando.

— Eu vou ver o que eu vou fazer! - Falei indo pro meu quarto.

*****

Aquela gritaria de sempre, eu fingi que nem era comigo. Até ele vir me chaqualhando.

— Desencosta porra! - Gritei.

Ele deu um tapa que estralou. Eu fiquei encarando ele e ele ficou me encarando com um ódio.

— Eu vou embora daqui! - Falei indo pegar minhas coisas.

— Tu sabe aonde é a saída! - Marcola disse e eu parei.

Eu tava fazendo drama e ele não se importou. Eu me virei encarando ele.

— Você curte ela? - Perguntei.

Ele suspirou.

— Bora logo! - Marcola disse.

— Marcola, eu só vou se tu me responder! - Falei séria.

Ele sentou na cama e tirou a pistola da cintura, ele colocou na cama e arrancou a camiseta.

— Eu amo aquela mulher porra, perdi uma vez e não to afim de vacilar de novo. Vai Tatiane, te dou uma grana! - Marcola disse se jogando na cama.

Eu não disse nada. Arrumei algumas coisas na minha mala e sai. Se era o que ele queria, era o que ele teria.

Vai se foder bonito Marcola!

Desci a favela vendo aquele sol estralar. Eu parei na barragem e vi de longe um carro, eu fui até ele e vi aquele vidro abaixar.

— Te disse. Ele ia te dar um pé na bunda! - Juninho disse.

— Vai se foder porra! - Falei entrando no carro.

*****

Miriã

Dias depois...

Escutei o barulho dos foguetes e meti um murro no sofá.

— Que inferno de invasão! - Falei fechando a janela e indo pro quarto me abaixando no cantinho.

Fiquei ali por um tempo até ouvir um barulho na sala.

Eu comecei a ir pra de baixo da cama, eu me encolhi e logo comecei a ouvir alguns gemidos e passos.

Ô Deus, não, por favor.

Aquele tiroteio lá fora e aqui dentro meu coração disparado.

Quando abriu a porta e eu vi os pés eu fechei meus olhos e logo ouvi o estrondo, eu abri os olhos dando de cara com Marcola caído. Eu sai rapidamente de baixo da cama e comecei a sacudir ele.

— Marcola, acorda. - Falei balançando ele.

Ele continuou ali de olhos fechados, eu virei o corpo dele e vi que o chão estava com sangue, olhei e vi o peito do Marcola sangrar.

Eu perdi um, eu não posso te perder!

Eu comecei a procurar nele o radinho e logo achei. Eu apertei em todos os botões.

— Quem tá apertando o botão porra? - Ouvi a voz de alguém.

— O Marcola tá ferido. Alguém guia pra cá logo! - Falei vendo meu peito subir e descer de tão ofegante. - É a Miriã porra, vem logo caralho! - Berrei.

Aquele sangue não parava de sair. Eu peguei uma toalha e segurei em cima. Eu acabei deitando em cima dele ouvindo o coração dele bater devagar.

— Você precisa ficar aqui, eu preciso de você... - Sussurrei.

Ouvi uma arma destravar e eu me virei vendo um cara desconhecido.

— Tu que é a gata dele então? - Aquela voz grossa soou.

Eu gelei. Ele veio caminhando, e eu continuei segurando aquela toalha.

— Tu é boa em. - O cara disse e se abaixou na minha altura.

Eu encarei na porta e vi Curió encarando aquela cena.

— Marcola não morre, mais tu vaza, pra ele se ligar que ele não é tudo esse bangue ai! - O cara disse alisando minha barriga com a pistola.

Eu empurrei ele com o reflexo e Curió começou a desferir balas no corpo. Eu fiquei encarando aquilo e logo cai em cima de Marcola.

— Não me deixa! - Sussurrei baixo vendo o quão pálido Marcola tava...

• aperta na estrelinha •

Boa leitura, um bom começo de semana a vocês!!! 🐞

Amor atrás das gradesOnde histórias criam vida. Descubra agora