• capitulo 22 •

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Miriã

Minha semana foi a mesma de sempre. Chegou no fim de semana e a mãe de Maya me dispensou por dois meses, dizendo que ela iria ir pra casa da avó no interior de Minas.

Maya não estava nada bem indo, eu dei meu número de celular e disse pra ela sempre me dizer como estava.

*****

Lá estava eu na praça tomando aquele açaí enquanto via aquelas crianças correndo. Diana chegou perto de mim e se sentou com o sorvete dela.

Mil vezes açaí do que sorvete.

Seu irmão teve muitas namoradas? - Diana perguntou.

Eu parei e pensei.

— Teve uma só... - Falei suspirando e me recordando.

— E terminaram por que? - Diana perguntou.

— Meu irmão não é fácil né Diana. No começo é um doce, mas depois é um inferno. Ele agrediu e traía bastante! - Falei e ela engasgou com o sorvete.

Eu avisei!

— Ele batia? - Diana perguntou.

— Sim. Eu não quero fazer a tua cabeça, eu só estou te deixando ligada de como o Júnior. Ele é meu irmão, a gente sempre fomos grudados, mas o erro dele é partir pra agressão! - Falei me levantando e indo jogar o pote no lixo.

Eu voltei e Diana estava toda sem graça com o olhar longe. Eu me sentei do lado dela e Papagaio veio toda sem jeito sentando no meu colo.

Uma pica que eu queria sentar era essa. Magrinho do jeito que a mamãe gosta.

E aê minha donzela, o que desejas? - Papagaio perguntou.

Diana me encarou e soltou um “hummmm”.

— Desejo uma rola! - Falei me abanando.

— Vamo pra minha goma! - Papagaio disse.

Eu ri e ele negou com a cabeça.

— Vocês se combinam em! - Diana disse e eu neguei rindo.

— Ai estão vocês! - Ouvi a voz de Ellen.

Ela veio pulando e sentou na nossa frente.

Eu tinha percebido que Diana não gostava nada dela.

— Eu vou atrás do Juninho, depois volto! - Diana disse saindo.

Eu encarei ela subindo e Ellen ficou olhando.

— O problema sou eu né? - Ellen perguntou sentando do meu lado.

— A Diana é assim mesmo, logo ela se acostuma! - Falei.

Papagaio começou a acariciar minha cabeça e Ellen fez uma cara de safada.

— O que tá rolando entre vocês em? - Ellen perguntou.

— Nada ué, só amizade mesmo! - Falei.

— Nada por que ela não tá afim! - Papagaio disse.

Eu gelei. Eu encarei ele e ele arqueou a sobrancelha.

Papagaio era todo bonitinho, maior cara de bandido, mas sei lá.

****

Ele me levou até em casa de volta, ele encostou na parede e eu dei a mão pra dar um toque nele e ele me puxou na hora. Aquele beijão com gosto de maconha, aquela pegada, aquela boca.

— Que porra é essa caralho? Rodando Papagaio. - Ouvi a voz.

Eu me afastei e me virei dando de cara com Marcola que encarava sério Papagaio.

Papagaio deu um selinho e foi indo encarando Marcola.

Coragem em.

Eu fui entrando em casa e me deitei no sofá. Foi coisa de segundos e a porta foi aberta.

Eu encarei e ele me olhava sério.

— Tu fica longe dos irmãos caralho, o Papagaio é um dos meus braços esquerdo caralho, tu para de me provocar porra! - Marcola disse fechando a porta com tudo e parando na minha frente.

Eu me levantei e cruzei os braços.

— Que provocar o que? Eu nem me lembro de você. Eu fico com quem eu quero, quem pulou pra fora foi você, agora me deixa pegar quem eu quero por que sou solteira! - Falei encarando Marcola.

Ele negou com a cabeça e fechou o punho.

Se ele levantar a mão, ele fica sem mijar.

Nojo de ter comigo tu! - Marcola disse me encarando dos pés a cabeça.

— Nojo de ter me sujeitado a prisão por uma pessoa tão podre. - Falei negando com a cabeça.

Marcola veio pra cima. Me empurrou pra parede e veio me prenssando.

— Tu olha pra mim e fala que não quicaria aqui de novo! - Marcola disse segurando meu maxilar.

• aperta na estrelinha •

Amor atrás das gradesOnde histórias criam vida. Descubra agora