Maratona 1/3
Miriã
3 meses depois...
Eu estava pra completar cinco meses, tudo tinha mudado. Deixei aquela casa e fui pra uma outra. Juninho fugiu do postão, maior perseguição atrás dele e quem disse que alguém conseguiu pegar ele? Ninguém!
Marcola prometeu a morte de Juninho.
Aliás, como a vida é engraçada né? Marcola, da maior força, inventou que tava com uma fiel, e quando eu vi quem era, quase cai de costas vendo que era Tati.
Vocês lembram? Tati estudou comigo!
Ela não gostava nem um pouco de Marcola perto de mim, mas ele mesmo fazia questão de me acompanhar no postão pra fazer pré natal.
*****
— Cheguei pra ganhar do sol com meu brilho! - Ellen disse falando alto enquanto descia em minha direção.
— Quer brilho? Joga glitter no cu! - Falei negando e ela me abraçou.
— Cadê o corno do Marcola? Pior que mulher viu! - Ellen disse negando.
— Deve tá na boca principal. - Falei dando de ombros e indo pra sorveteria.
— Tá ansiosa pra saber se é uma beringelona ou uma florzinha? - Ellen perguntou e eu ri.
Eu tava com uma barriga bem visível. Eu tava louca pra saber qual era o sexo, e hoje mesmo eu iria descobrir.
— Só não solto foguete aqui por que se não acham que é invasão! - Falei rindo.
Fomos pra sorveteria, pegamos e fomos guiando pra pracinha. De longe avistei Curió, quando ele viu a gente ele começou a rebolar imitando a Tati.
Toda vez era a mesma coisa.
— Coisa feia imitar os outros, continua vai! - Ellen disse gargalhando.
Ele chegou lascando um beijo na boca de Ellen e eu achei que ele ia engolir ela.
— Meu Deus em, falta ar! - Falei vendo Tati descer rebolando com...
Diana!
Diana tava com dois meses a mais que eu. Tava já com sete meses. A gente não conversava, depois que Juninho vazou, ela foi pra São Paulo e depois voltou pra cá.
— Lá vem a gangue do galinheiro. - Curió disse. E elas sentaram de frente pra gente em um banco.
A Tati ficou encarando a gente, e a gente encarava também.
— O que tá olhando porra? - Tati gritou.
— Qual foi Tati, tá vendendo pó é? To só ouvindo “ pó pó pó ” da tua boca! - Curió disse alto.
Eu Berrei rindo e Ellen se levantou.
— O olho é meu, eu olho todo cantinho daqui se eu quiser! - Ellen disse.
Tati levantou e veio guiando parando de frente com a Ellen.
Ellen cruzou os braços e encarou ela no maior deboche.
— Tu é abusadinha em, abaixa o tom comigo biscate! - Tati disse apontando pra Ellen.
Ellen pegou o dedo dela e começou a entortar. Tati pegou no cabelo de Ellen e Ellen deu uma rasteira subindo em cima dela. Demorou nem dois segundos e aquela rodinha tava em volta.
Me levantei e não conseguia ver mais o bafafá.
— Da licença que sou uma grávida! - Falei me enfiando até ver elas lá se comendo na porrada.
Dou cinco segundos pro bonitão aparecer.
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3...Aquele tiro pro alto. Olhei ao redor e logo vi os pessoais abrindo espaço pra Marcola passar, ele foi caminhando até as duas, ele puxou as duas do chão e Tati ainda tava grudada no cabelo de Ellen, enquanto Ellen chutava ela e dava murros na cara dela.
— Solta porra. - Marcola disse puxando o cabelo da Tati fazendo sair o aplique na mão dele.
Ele ficou sem entender e puxou de novo fazendo ela se separar.
— Vai pra puta que pariu sua horrorosa, só por que tá no cargo de fiel, não ache que não pode levar umas porrada sua salafraia. Cargo de fiel, mas cargo de corno também! - Ellen disse e Marcola olhou feio pra ela.
— Essa puta começou! - Tati disse. - Aliás, os três começaram! - Tati disse apontando pra mim e Curió.
— Vou nem dormir hoje com essa acusação, tu vai Miriã? - Curió perguntou encostando em mim.
— Nem eu, vai ser difícil demais dormir! - Falei rindo baixinho.
Marcola fez aquela rodinha se desfazer. Só sobrou a gente.
— Postura porra, bagulho feião esse pô. Guia pra goma, que depois nois bate um lero! - Marcola disse e ela sumiu dali junto de Diana.
Ele voltou o olhar pra gente e Ellen arrumou o cabelo.
— Manda ela lavar o sobaco Marcola, tava um fedo ardido de baixo do braço dela, perdi a sobrancelha com o cheiro! - Ellen disse negando.
— Qual foi cara. Digo o mesmo pra ti Ellen, eu to ligado que vocês não se bicam! - Marcola disse.
— Eu não tenho bico pra bicar com ela. Ela sim tem, é uma galinha! - Ellen disse.
Marcola deu de ombros e me puxou pro lado.
— Que horas que é o bagulho lá? - Marcola perguntou acendendo um cigarro.
— Duas da tarde. - Falei tampando o nariz.
— E que horas é pra tu querer passar a noite comigo? - Marcola disse e eu mostrei o dedo do meio!
• aperta na estrelinha •
Gente eu sinto muito se vocês esperavam que o Papagaio ficasse vivo. A vida infelizmente é assim. Vi muita gente falando de parar de ler. Indico a tiagigix / tiagigixx . Boa leitura! 😊
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Amor atrás das grades
Ficção AdolescenteEra apenas uma visita que Miriã iria fazer para seu irmão, já que ele tinha acabado de ser transferido para o penitenciária no Rio de Janeiro. Mas não foi oque o destino quis que acontecesse...