• capitulo 71 •

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Últimos capítulos...

Miriã

Levei Cecília pra creche e fui pra casa de Rânia. Eu logo trombei com a mãe dela saindo.

— Preciso falar contigo! - Falei e ela concordou e cruzou os braços. - Rânia... Rânia tá saindo com um aviãozinho daqui, eu conversei com ela ontem e pelo visto ela tá pensando em transar... Ela não queria que eu contasse, mas se fosse eu, eu gostaria de saber como mãe o que tava acontecendo... - Falei.

Ela ficou com uma cara assustada.

— Meu Deus... Ela tem doze anos! - Ela disse. - Não, tá bom, obrigada por vir falar! - Ela disse e eu sorri sem mostrar os dentes.

Eu fui descendo e logo senti alguém pegar minha mão, eu encarei rapidamente e vi Juninho.

— Oi pequeno como você tá? - Perguntei.

— Eu to bem sim... - Ele disse baixo.

Eu fui caminhando com ele até o espaço e ele ficou em silêncio.

*****

Rânia

Acordei e voltei pra casa. Precisava me arrumar pra ir pra escola ainda.

Tomei aquele banho, me arrumei e depois comi a comida que minha mãe deixava pra mim.

Sai de casa guiando pra escola, e logo trombei com Mosquito. Eu tava ficando com ele fazia um tempo já. Gostava dele, só não sabia se era recíproco, ele dizia que sim, mas eu desconfio...

— Cadê a minha princesa? - Ele disse me agarrando e beijando minha bochecha.

Mosquito tinha vinte anos, tava pra fazer vinte um.

— Nem me ligou ontem! - Falei fazendo bico.

— Tu foi pra goma do teu coroa. Tu é maluca gata, eu que não ia arriscar te mandar radinho! - Mosquito disse e eu assenti.

Ele me levava sempre. Os meninos que trabalhavam pro meu pai, olhavam e não falava nada, e mesmo se falasse eu fingia que ele não era ninguém.

— Vamos se ver hoje? - Perguntei e ele assentiu.

A gente desceu até a frente da escola. Faltava ainda um pouco pra fechar o portão. Ficamos namorando um pouco e logo eu entrei.

*****

Sai da escola e já tava escuro. Era seis e vinte, eu encarei aquela cantinho de sempre e Mosquito tava lá com alguns amigos dele.

Meu pai que lute pra arranjar gente mais eficiência.

Eu fui caminhando até ouvir um assobio.

— Ê Rânia! - Ouvi a voz e parei de andar e me virei.

Tava Curió, Orelha e...

Meu pai.

Eu comecei a andar em direção deles. Eu fui sorrindo e tirei a bolsa jogando em cima de Curió.

— Oi pai! - Falei abraçando ele.

— Nois precisa bate um papo. - Meu pai disse. - Tu vai pra goma com Curió, depois eu colo lá pra bater um papo! - Ele disse sério.

Meu pai me dava um certo medo. Curió foi comigo e eu estava nervosa. Ele podia saber, mas ele podia não saber do Mosquito também.

Eu tinha falado pra Miriã, mas não falei quem era e o que ele era.

Impossível.

Curió subia aquele morro falando da vida de cada pessoa que falava. E gargalhava alto.

Sorte que é traficante, por que se não fosse a gente tomava um pau.

A gente chegou em casa e eu fui direto pro banho, fiquei lá e quando sai mandei mensagem pro Mosquito.

Relaxa Rânia, não vai acontecer nada.

• aperta na estrelinha •

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Amor atrás das gradesOnde histórias criam vida. Descubra agora