• capitulo 49 •

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Ellen

Guiei pra casa de Miriã, era duas da manhã, eu tava com coisa na cabeça.

E eu te digo uma coisa, nunca duvide da intuição de uma mulher. Intuição de mulher nunca falha!

Miriã me esperou na porta, eu entrei e me sentei no sofá. Ela não disse nada, só foi na cozinha e pegou uma garrafa de água pra ela.

— O que tá acontecendo que eu não entendi nada na ligação! - Miriã perguntei.

Liguei pra ela até ela atender.

— Curió... Tu acha que ele tá pulando a cerca? - Perguntei.

Miriã sentou no sofá e arqueou a sobrancelha.

— A gente tem que fingir que confia. Mas o Curió, ele gosta de você. Só não boto a mão no fogo por ninguém não. Mais por que essas idéias doidas? - Miriã perguntou.

— Ele não me procurou mais depois do pagode. Faz uns quatro dias já... Eu ligo, ele fala que tá sem tempo pra bater um papo! - Falei.

— Cobra ele, as vezes ele nem quer mais nada, e não sabe como te falar. - Miriã disse.

— Eu sinto que tem vagabunda no meio disso Miriã, sabe aquela sensação que fala mais alto? Então, eu sei que errada eu não tô! - Falei mordendo a boca.

— Então corre atrás pra saber do b.o! - Miriã disse e eu concordei.

Ia correr mesmo!

*****

Diana

Curió se levantou da cama e eu encarei ele nu.

Depois do pagode, ficamos uns quatro dias diretos dormindo juntos.

— Preciso ir agora pô, na matina eu dou um pulo pra cá, tu fica esperta em! - Curió disse.

— Ok meu amor! - Falei mandando um beijo pra ele.

Ele veio até eu e me deu um beijo rápido, ele saiu dali e eu me levantei, eu estava com uma dor nas costas.

Imagina Rocinha toda saber disso? Seria hilário.

Me levantei indo me trocar e fui tentar ligar novamente pra Juninho. Tocou várias vezes, e quando eu estava desistindo atendeu.

Ligação 📞

Quem é? - Ouvi uma voz feminina.

Eu parei e suspirei, eu reconhecia essa voz.

— Quem é? - Perguntei me sentando no sofá.

— A mulher do Junior! - Ouvi a voz familiar.

— Cadê o Juninho? - Perguntei firme.

— Não acredito que Juninho tá de amante. - Ouvi a menina falar baixinho.

— Fala pra ele não se esquecer que ele tem filho pra cuidar, ele fez, ele tem que assumir! - Falei.

Ficou um silêncio por um tempo e...

— Diana? - Ouvi a voz familiar.

— Quem é? - Perguntei sem entender.

— É a Tati amiga! - Ouvi a voz de Tati.

Ligação off 📞

Fiquei puta. Foi trairagem dela comigo.

*****

Marcola

Ouvi maior barulho fora da salinha. Na boca. Eu levantei saindo da sala e dando de cara com Curió e Ellen no maior papo.

Peguei os dois pelos braços e fui guiando até pra fora da boca.

— Se quer perreco, é pra fora da boca porra, o bagulho é vocês dois, não vai no meio das negada! - Falei bravo.

— Fala Marcola! Aonde o filho da puta do Curió anda indo que não quer mais me ver? - Ellen disse.

Malemá sei da minha vida.

— E eu que tenho que cuidar da vida dele? Qual foi Ellen, tu para de surtar cara! - Falei negando com a cabeça.

— Tu esquenta o pote demais, eu quero tu pô! - Curió disse.

— Foda se, quem não te quer mais sou eu. Vou ficar vivendo esperando macho não. - Ellen disse saindo andando.

Bicha braba em.

Qual foi do caô? - Perguntei cruzando os braços.

— To comendo a Diana! - Curió disse.

— Ah vai te foder porra. To te mandando o papo, vai lá mandar a transparência, por que depois teu pote que vai pesar! - Falei dando um tapa na cabeça de Curió que parecia um botijão e voltei pra boca.

Diana só da trampo também!

aperta na estrelinha

Amor atrás das gradesOnde histórias criam vida. Descubra agora