Amor atrás das grades

• capitulo 66 •

Miriã

1 semana depois...

Me deitei na cama e senti alguém pular em cima de mim.

— O que você quer minha linda? - perguntei.

Cecília deitou no meu peito e eu comecei a olhar a cabeça dela.

Épocas de piolho...

— Eu queria uma irmãzinha pra brincar comigo... - Cecília disse me encarando com bico.

Eu levantei ela e me levantei colocando ela sentada.

— Ai Ceci, pra ter um filho, tem que se planejar. É benção os filhos, mas por agora não da pra mamãe te dar um, talvez mais pra frente! - Falei acariciando ela.

— Você e o papai me planejou? - Cecília me perguntou.

Eu sorri.

— Você foi uma luz que veio pra clarear as nossas vidas. - Falei beijando a testa dela.

Ela me abraçou e eu fiquei acariciando ela.

— Mamãe, e os bebês? - Ela perguntou e eu gelei. - Da onde vem os bebês? - Ela terminou a pergunta e eu ri.

****

Levei Cecília pra tomar sorvete e depois fui pra casa de Ellen. Tava lá, acabada.

— Cheguei gentarada do mal! - Falei me sentando no sofá.

Cecília sentou do outro lado e ficou assistindo.

— E aê, qual é dos babados da rocinha? - Ellen perguntou.

— Nenhum... Pagode amanhã, baile depois de amanhã, e só... - Falei jogando minha cabeça pra trás.

— Hummm... - Ellen murmurou.

A porta abriu e Orelha entrou.

— E ai gente bonita, e oi Miriã! - Ele disse rindo.

Mostrei o dedo do meio e ele veio apertando minha mão.

— Qual é do babado de hoje? - Ellen perguntou. - Todo dia vem com um! - Ela disse negando com a cabeça.

— Cês não tão ligadas. Diana e Curió vão se casar. Ela tá grávida até. - Orelha disse.

Benjamin chorou e Orelha saiu da sala indo pro quarto.

Eu encarei Ellen e ela negou com a cabeça.

— Felicidades né. Cada um merece o que tem. No caso dela, ela não merecia nada. - Ellen disse.

Eu encarei o teto e fechei os olhos.

Ela era minha melhor amiga, ela fechava comigo pra qualquer babado, eu pulava nas balas dela sem medo algum, e ela nas minhas. Mas o pior foi ela se afastar por escolher macho.

— Não to mais decepcionada com ela. Sei lá, tantos anos já, eu to cagando e andando pra todo mundo! - Falei dando ombros.

Orelha veio pra sala com Benjamin e eu encarei.

— Estaremos fazendo um jejum pra orelha de Benjamin não crescer! - Ellen disse ajuntando as mãos em sinal de oração.

Eu ri e me levantei pegando a mão de Cecilia.

— Eu vou indo, preciso resolver umas coisas! - Falei.

— Tchau tia. - Cecília de um beijo na bochecha da Ellen, ela foi até Orelha e abraçou ele. - Tchau tio dumbo! - Ela disse rindo.

— O teu resolver umas coisas, tá na oito viu! - Orelha disse e eu assenti.

Peguei Cecília e guiei pra boca oito. De longe avistei ele de papo com uns usuários. Quando ele me viu, logo já cortou o assunto e veio falar com a gente.

— Cadê o abraço da minha gatinha? - Marcola disse e Cecília se jogou em cima dele.

— Papai, eu pedi pra mamãe uma irmãzinha, mas ela disse que não! - Cecília disse fazendo biquinho.

Ela vai falar justo com ele que tá louco pra ter um time de futebol.

Marcola me encarou arqueando a sobrancelha séria e pegou Cecília no colo.

— Por mim tua mãe já tinha tido uns quatro! - Marcola disse.

Eu neguei com a cabeça e Cecília deitou no ombro de Marcola fechando os olhos.

— To com saudade! - Marcola disse chegando perto.

A gente não tava morando juntos. Por escolha minha. Por que pelo Marcola, meu Deus.

— Vai lá dormir com a gente. - Falei dando um selinho.

— Mais tarde a gente bate um papo então! - Marcola disse mordendo os lábios.

Ele me abraçou e abaixou a mão alisando a minha bunda.

• aperta na estrelinha •