Sexy Crush (Zayn Malik fanfiction)

Capítulo 31

Bliss's POV

Eram oito da noite de uma quinta-feira em que Adam estaria novamente ao piano para a alegria das garotas do nosso prédio. Descobrimos que Naddiny sabe cantar e está noite elas iriam tentar convencê-la se juntar a ele. Mas eu estava na Washington Square Park com o girassol na mão direita e uma colher de plástico na esquerda. Setembro já estava esfriando e talvez o solo estivesse muito seco para que eu conseguisse cavar e plantar ele ali.

No domingo quando cheguei no dormitório eu me sentia bem pelo final de semana que tive. Apesar dos pesares. Cah e eu fomos para o apartamento de Harry depois do jantar, onde nos encontramos com Niall e Liam que levou bolo para nós, ficamos conversando até às seis da manhã quando tive que sair para pegar meu voo. Harry me pediu para ficar, mas eu passei a me sentir estranha com ele. As coisas nunca mais seriam as mesmas e isso estava acabando comigo. Eu mandei uma mensagem a ele avisando que havia chegado bem e ignorei sua mensagem na segunda de manhã, Harry não mandou outra desde então, entendeu que eu precisava de tempo. Ele sempre entendia e eu o adorava muito.

Talvez eu fosse presa por abrir um buraco naquele jardim, mas eu não tinha coragem de jogar no lixo a flor. Quando Zayn descobrisse sobre mim e Harry ele nunca mais olharia na minha cara. Não que ele estivesse fazendo o contrário.

- Seu coração está tão mal assim?

Dei um pulo de susto quase derrubando o vaso. Me virei para Kezia que estava me olhando com carinho. Como essa bruxinha sempre pressentia o que eu estava sentindo? Olhei para os objetos em minhas mãos.

- Está frio para o girassol. - Ela se aproximou de mim. - Tem certeza que quer planta-lo aqui? Ele vai morrer até o final do mês que vem.

Morrer?

- Eu não quero que morra, eu só não o quero me espionando no quarto.

Ela deu uma risada baixa.

- Se você for o sol dele - ela disse e passou o dedo indicador por uma folhinha frágil -, não acha que a planta vai ficar perdida aqui no escuro e sozinha? O girassol não precisa passar por isso sem ajuda.

- Mas ele vai estar com as amigas arvores e a grama aqui - eu falei fazendo bico. - Talvez uma borboleta venha pousar nele.

- Você está certa. Vem, vamos planta-la.

Kezia foi para um lado mais escuro entre as passagens do parque, depois chegou perto de uma parte em que a terra estava mais escura, provavelmente ainda úmida da irrigação. Estendi a colher para ela que olhou com desprezo para o objeto. Eu sabia que não era pratico como uma de metal, mas era o que eu tinha. Ela mexeu entre os arbustos ao lado e achou um galho seco aos pés da planta, então pegou ele e começou a cavar. Ficamos em silencio enquanto ela fazia isso. Olhei para a plantinha imaginando como seria quando estivesse com a flor. Será que ela seria um enorme girassol ou chegaria somente até a minha cintura? Quantas sementes ele daria? Teria filinhos?

- Me passa o vazo - Kezia pediu estendendo a mão suja de terra na minha direção.

Devagar eu entreguei a ela.

- Você tem certeza que o girassol está pronto para ficar aqui fora sozinho? - Ela enfiou dois dedos em baixo para alcançar as raízes. - Você realmente quer deixa-lo enfrentar o frio, a chuva, o vento e a neve até morrer?

- Ele vai morrer de verdade? - perguntei muito preocupada.

Não era para ninguém morrer! Ela acenou confirmando.

- Assim que começar a esfriar ele não vai resistir a realidade. - Suas palavras eram duras para mim e para o girassol. - Você está pronta para não o ver florescer e não ver suas sementes que poderão gerar outras vidas?