The Anarcotarios' Zombie Apocalypse

The Beggining

     Era dia 07 de Fevereiro de 2030, um dia ensolarado e com um final de tarde esplêndido. Foi por volta das 16:43 horas da tarde que as notícias da mais nova mutação genética errônea começaram a se espalhar por todos os jornais mundiais. A princípio,  nada alarmante, mas, com o decorrer da semana, as proporções começaram a aumentar e se espalhar mais rápido do que a grande pandemia ocorrida no ano de 2020. Nada como aquilo que estava acontecendo havia sido visto antes na história da humanidade.

Um mês depois

   Casa de Isabela e Kaique, Santo André.

     — Acabei de ligar para os meus pais, não atenderam. O bairro onde eles moram estava em alerta desde ontem à noite, deixei uma mensagem para meu pai me retornar e não foi recebida. Talvez o pior tenha acontecido... – Kaique disse, em meio de lágrimas, sentado na beira de sua cama, para sua esposa, Isabela. Os dois haviam se casado três anos antes do apocalipse começar.

     — Não acho que deveria pensar assim, amor. – respondeu enquanto dobrava rapidamente algumas mudas de roupas e as colocava dentro de uma mochila grande. –  Mas infelizmente não podemos descartar essa possibilidade... – ao notar as lágrimas de Kaique, aproximou-se e enxugou-as com os dedos após agachar-se em sua frente – Temos que ser forte daqui em diante. Passei pelo mesmo semana passada e sei como se sente, mas temos um ao outro como motivo para continuarmos vivos. – segurou forte nas mãos do parceiro.

     — Você tem razão. – acabou de secar o resto de suas lágrimas com a manga do blusão, ainda com uma expressão desolada, levantou e voltou a arrumar suas coisas rapidamente e pegar alimentos na dispensa de sua cozinha. Logo, foi interrompido por leves chamamentos na frente de sua casa. – Amor, acho que eles chegaram!

     Eram Regina, Rafael, Beatriz e Emily que haviam combinado de se encontrar na casa do casal para prosseguirem à casa de Luiz, onde seria a primeira base que se abrigariam até tudo se estabilizar, se é que se estabilizaria. A feição de cada um era assustadora, mas mais ainda a de Beatriz e Rafael, que tinham conseguido a pouco tempo, engravidar. As preocupações eram enormes, todos haviam passado por experiências assim através de séries e jogos, mas na realidade era algo inimaginável de se lidar.
     Após as saudações, abraços, lamentações e choros, todos se prepararam para sair. A dor no coração de ter que deixar para trás uma casa onde estava sendo o começo de sonhos e uma vida era inconsolável, mas era necessário. Eram por volta de três da tarde quando eles começaram a caminhar cautelosamente em direção a casa do amigo.

   Carro do Lucas, São Mateus em direção a Santo André.

     — Acho que já estão todos chegando na casa do Luiz. Não acha mesmo que deveríamos passar no Endrick pra dar uma carona pra ele?! – disse Tiago no banco de trás, com uma voz apreensiva, assustado com tudo acontecendo de forma tão repentina.

     — A essa altura ele já deve ter saído de casa, somos os que moramos mais longe de todos, sem contar que faríamos um caminho mais longo e chamaríamos atenção de mais zumbis, seria mais perigoso para nós. – Guilherme respondeu sabiamente, sentado no banco do passageiro, enquanto guiava Lucas, que estava dirigindo com uma expressão de preocupação sem dizer uma palavra – sempre foi reservado, nessa situação não seria diferente.

Alguns minutos depois, a conversa voltou.

     — Estamos entrando em uma área que está parecendo ser mais perigosa que o normal. – Guilherme disse enquanto observava a estrada, quase no destino final. – Temos que ficar mais atentos daqui em diante, tem muito zumbi por perto.

     — Não acho que a casa do Luiz seja um lugar seguro, quanto mais nos aproximamos, mais zumbis estão aparecendo. – Tiago argumentou.

     — Pode não ser um lugar muito seguro, mas é o mais seguro que temos por enquanto... – suspirou Guilherme com preocupação –... e será um local temporário.