14:05 PM
— Isa, se acalma... - Guilherme disse enquanto abraçava a amiga, porém entendia. Essa situação não estava sendo fácil para ninguém. Da última vez que um grupo saiu para procurar outro alguém, uma das pessoas voltou sem uma mão. Na cabeça da menina, só se passavam coisas ruins e infelizmente, não tinha como ser diferente. Beatriz, carinhosamente tocou e acariciou o ombro da amiga por suas costas, sabia pelo que ela estava passando.
— Vem, precisamos entrar, tá ficando frio aqui fora e não queremos chamar atenção de ninguém - a frase deu início a uma caminhada lenta do grupo de 13 pessoas que reunidos, entraram novamente na casa e trancaram as portas. Todo cuidado era pouco e não queriam ser descobertos por conta de luzes acesas dentro da casa, então, não acendiam luzes de manhã e a noite, era usada uma vela que os mesmos movimentavam quando alguém ia para um cômodo diferente.
Emily foi a cozinha junto com Tiago e Gustavo, e juntos, prepararam chá para cada um da turma, que se encontrava sentada na sala de estar, conversando, chorando ou até mesmo, descansando os olhos, refletindo sobre algo que nem se quer poderia ser descrito.
Enquanto todos em silêncio estavam tomando seu chá e se acalmando, voltou à mente de Gustavo algo que Lisa havia comentado e por alguns momentos, passou despercebido.— Aí rapaziada, a Lisa não disse que os outros grupos tinham um sistema de rádio? - disse enquanto estava parado apoiado na porta da cozinha para a sala de Luiz.
— Ih carai verdade! - Luiz exclamou levantando-se do sofá em que estava sentado, parecia determinado à fazer alguma coisa.
— Será que a gente consegue ter acesso a esse rádio com as coisas que temos aqui? - Beatriz perguntou curiosa, a menina ascendeu uma feição esperançosa, afinal...
— Se a gente conseguir fazer isso, vamos poder escutar caso os outros grupos avistem nossos amigos e vamos conseguir avisar eles, o Kaique levou o celular! - Isabela jogou esse pensamento rapidamente ao grupo que ficara na casa, realmente era uma ideia excelente, o problema era colocar em prática.
— É arriscado, não sei como está a tecnologia nesse período que estamos vivendo mas, podem rastrear a gente se algo der errado - Matheus opinou e foi rapidamente respondido por Emily.
— Mas não custa tentar né? - olhou nos olhos do amigo e nos olhos dos outros ao redor também - Acho que vale a pena correr o risco para salvar os nossos amigos caso alguma coisa dê errado.
— Será mesmo que vale, Mimy? - afrontou Carlos — Eu amo meus amigos mas sinceramente, eles já estão em risco, vale a pena nos arriscar também e ao invés de perdermos quatro pessoas, perdermos dez? Ou quem sabe, todo mundo?
— Pensando por esse lado o Carlose tem razão, mas... - Luiz deixou um espaço entre suas falas enquanto pensava um pouco — Confio nos amigos que tenho e nos inúmeros anos de trabalho que cada um aqui tem, não vamos correr o risco de sermos rastreados, eu garanto!
A maioria sorriu com o pensamento positivista do garoto, mesmo com medo e confiando no amigo com um pé atrás, a maioria concordava em tentar algo para salvarem a própria pele e também de seus amigos.
— Então tamo esperando o que pra começar? - Tiago questionou, com razão. Afinal, o tempo em um apocalipse Zumbi não parava e quanto mais tempo perdido, mais desvantagem levavam.
— Fael, Matheus e Endrick, vou precisar da ajuda de vocês! - Luiz disse enquanto caminhava rapidamente para o corredor da casa, sendo seguido pelos outros três citados — Não prometo que vai dar certo, mas sei que tenho tudo necessário para tentar.
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The Anarcotarios' Zombie Apocalypse
Science FictionCom o desenvolvimento da ciência e inumeros testes laboratoriais para atingir a perfeição do ser humano através de mutações genéticas houve, no ano de 2030, um grande erro laboratorial que resultou em algo grande e completamente divergente do objeti...