12 de fevereiro de 2030
11:30hEm algum lugar na estrada
Carlos acabara de sair da casa de Lucas junto a Gustavo, não se sentia feliz e nem confortável ao tirar a vida de uma pessoa que nem ameaça havia demonstrado. Estava frustrado. Deixaram com que Elizabeth ficasse com eles, mas aparentemente a decisão de todos ali não foi sequer hesitada para matar o cara. Caminhava rapidamente e extremamente perdido. Não sabia onde estava indo, mas queria sair dali.
— Não podemos ir muito longe Carlose - Gustavo interrompeu os vagos pensamentos do menino. — Não sei voltar muito bem pra casa do Lukatto não carai.
— Sinceramente eu não me importo se eu me perder. - deu de ombros e continuou andando, sabe se lá pra onde. — Se quiser me acompanhar fica a vontade! Mas não tenho destino e estou completamente sem vontade de voltar para aquele bando de pessoas falsas.
— Carlose, o cara mentiu na nossa cara e começou a gritar! Não acha nem um pouco que ele era uma ameaça?
— Oliveira... - Carlos parou de andar e se virou de frente com o amigo, que se encontrava caminhando um pouco atrás dele. — O cara tava desesperado pra sair vivo, claro que ele gritaria socorro para acharem ele e óbvio que ele mentiria, ele não é burro assim como você também não é! - revirou os olhos e esperou Gustavo raciocinar no que o loiro cacheado estava querendo dizer, mas foi um tempo desperdiçado então, completou: — O grupo já tinha tomado a decisão, independente do que ele falasse, ele já tava morto!
— Ah sei lá tio, eu não sei o que achar. Mas eu sei que, se fosse para levar em consideração que combinamos de não acrescentar mais ninguém no nosso grupo e confiarmos somente na gente e em ninguém mais, a Lisa já era pra estar bem longe de nós. - o garoto que andava com as mãos no bolso, continuou caminhando vagamente com Carlos.
— Nem me fale nesse nome, eu odeio essa menina e por mais que eu não quero matar ninguém, se alguém tivesse que morrer, teria que ser ela... Ou nem se quer deviamyos ter deixado ela entrar no grupo! - bufou — Por outro lado... Ela já tem informação demais sobre a gente e, se for embora agora, vai espalhar pra qualquer grupo que encontrar por aí todas as armas que temos e nossas estrat... - Carlos parou de andar e segurou no punho de Gustavo. Olhou nos olhos do amigo e tudo que ele havia acabado de dizer foi como um soco na sua cara, fazendo com que ele pensasse e voltasse pra realidade. — OLIVEIRA, TEMOS QUE VOLTAR CORRENDO PRA LÁ! REGINA DISSE QUE QUERIA ELA FORA DE LÁ HOJE MESMO E PROVAVELMENTE ELA NÃO PENSOU NISSO TUDO QUE EU ACABEI DE DIZER.
O amigo assentiu e começou a correr junto a Carlos, entretanto, estavam um tanto quanto longe da casa e a medida que Gustavo corria, alguns potes alaranjados caíram de seus bolsos. Os mesmos que ele pegou no posto de polícia tarde passada. O barulho de vários potes caindo no chão fez Carlos parar de correr e olhar para trás para ver o que estava acontecendo.
— Oliveira?! O que é iss... - Se agachou para ajudar o amigo a pegar três deles no chão mas foi impedido pelo mesmo.
— NÃO! - empurrou o cacheado no chão pegando rapidamente todos os frascos e guardando nos seus bolsos da calça, dessa vez. — Pode deixar que eu pego, amigão! - riu de leve. — Desculpa pelo empurrão! - estendeu a mão e o loiro aceitou a ajuda, levantando do chão e estranhando muito a situação...
— Não foi nada... - disse com a sobrancelha arqueada e um olhar julgador para o moreno forte e alto. Continuou correndo com o mesmo e estavam quase lá.
Algum tempo antes, na casa de Lucas
11:35hRegina ouviu o barulho do tiro e subiu correndo, voltando a realidade e saindo dos seus pensamentos altos sobre o que tinha acabado de ser dito à ela.
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The Anarcotarios' Zombie Apocalypse
Ciencia FicciónCom o desenvolvimento da ciência e inumeros testes laboratoriais para atingir a perfeição do ser humano através de mutações genéticas houve, no ano de 2030, um grande erro laboratorial que resultou em algo grande e completamente divergente do objeti...