Guilherme e Tiago puderam sentir o temor de Vitor de longe, os olhos do mesmo estavam arregalados e ele estava apavorado. Não que ele merecesse ficar vivo após ter revelado que era um agressor, mas não era como se o Luiz pudesse fazer o que ele bem entendesse na hora que ele quisesse!— Luiz, se acalma e abaixa a arma! - O estrategista sussurrou, estava fazendo o maior esforço para não acordar ninguém, todos precisavam de uma boa noite de descanso. O médico fechou a porta da suíte devagar para não acordar o casal que dormia no quarto ao lado.
— Abaixa agora Luiz! - O médico interviu no mesmo tom de voz. — Podemos resolver isso de outra forma, você não precisa fazer isso, a gente já perdeu gente demais!
— Luiz você não precisa estragar a noite de todo mundo desse jeito, o que aconteceu entre vocês dez anos atrás já foi e até agora, ele não fez nada que prejudicasse a gente! - Guilherme começou a se aproximar do amigo, sorrateiramente para tentar tirar a arma do menino que se encontrava em transe olhando para o moreno amarrado.
— Macedo, ele não pode ficar vivo! - Não abaixou a arma. — Ele sabe de muita coisa sobre nós, ele não pode ficar vivo e muito menos se juntar ao nosso grupo! - o rapaz desviou o olhar para Guilherme. — Tem que me jurar que ele não vai entrar no nosso grupo!
— Luiz, ele não vai entrar para o nosso grupo eu garanto isso pra você! - suspirou chegando mais perto do garoto e retirando a arma dele com calma. — Mas agora, deixa isso aqui comigo. Vai dormir e amanhã vamos decidir o que vamos fazer com ele e com a Elizabeth.
O garoto ouviu o amigo, os três saíram em silêncio do banheiro e o garoto moreno que estava amarrado agradeceu com o olhar para os dois que interviram rapidamente naquela situação.
Luiz voltou a dormir, ou pelo menos tentar, enquanto Tiago ficou acordado por mais um tempo. Estava decepcionado com Guilherme que não havia um posicionamento sobre o que fazer com o refém, achava que ele ficaria do lado em que salvassem vidas e não do lado em que as tirariam sem motivos aparentes. Logo pegou no sono.
Guilherme por sua vez, decidiu caminhar até o lado de fora da casa para conversar com seu melhor amigo. Muita coisa havia acontecido que precisava ser dita a um dos líderes. Se aproximou de Kaique, que avistou o mesmo caminhando até ele.— Eai Macso, aconteceu alguma coisa? - O mesmo segurava o fuzil no pescoço.
— Eai... - se aproximou e encostou na parede perto do amigo. — Não agora... Mas tem algumas coisas que eu preciso deixar você atualizado.
— Manda o papo! - encostou na parede também, mas não deixou um segundo sequer de ficar atento a tudo que se passava do lado de fora da residência.
— Quando meu grupo estava vindo pra cá, encontramos aquele posto policial onde pegamos todas essas armas. - apontou para o fuzil que Kaique estava carregando no pescoço, o mesmo assentiu com a cabeça para Guilherme prosseguir com sua fala. — O Oliveira começou a agir muito estranho com a gente. Ele não queria que a gente entrasse no posto policial nem se quer pra olhar o que tinha lá dentro, como se ele já soubesse que tava cheio de armas e não quisesse que a gente pegasse elas. - A expressão facial do líder com os olhos cor de mel mudou, ficou apreensivo e preocupado e mais atento ao que o melhor amigo dizia. — Sem contar que quando pegamos as armas, ele queria ficar com o fuzil e não deixou com o Luiz, como eu já tinha reparado que ele estava estranho por causa de uma coisa que aconteceu na estrada antes de encontrarmos o posto policial, tomei a frente e peguei a arma. - respirou fundo e começou a pensar em mais detalhes que queria dar ao parceiro, então completou: — Dentro do posto policial ele pegou alguns frascos alaranjados e colocou no bolso, não quis dizer pra gente o que era de verdade e quando perguntamos ele disse que era munição. E tipo, logo que fugimos da invasão na casa do Luiz, eu fui carregar a Bedin nas costas e dar minha arma pro Fael levar e ele rapidamente tomou a arma da mão dele.
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The Anarcotarios' Zombie Apocalypse
Science FictionCom o desenvolvimento da ciência e inumeros testes laboratoriais para atingir a perfeição do ser humano através de mutações genéticas houve, no ano de 2030, um grande erro laboratorial que resultou em algo grande e completamente divergente do objeti...