16:30H, Casa do Lucas
Adentraram a casa sem medo. Estava trancada, então provavelmente estava limpa, da mesma forma que Lucas havia deixado, ou pelo menos era com isso que o grupo contava. Tiago sentou-se no sofá espaçoso de cor preta, relaxando. Emily e Regina acompanharam-o, sorrindo fraco as duas. Isabela foi direto para a cozinha, descarregando as sacolas que traziam consigo, sendo seguida pelo marido.
- Será que aqui ainda tem água nos encanamentos? - Carlos questionou, indo direto ao banheiro da casa. Os azulejos eram todos brancos, contrastando com o vaso, a pia e o box, que eram num tom escuro. Abriu a torneira do chuveiro, vendo que a água ainda caia de lá. Mesmo fria, aquilo já era um luxo no tempo em que viviam. - Gente! Tem água no chuveiro!
- Eu vou tomar banho primeiro! - Regina levantou a mão primeiro, sentindo o corpo sedento por um banho.
- Nananinanão. - Tiago interrompeu. - Vamos dar uma olhada no seu machucado. Depois você toma banho.
- Então eu vou. - Emily se dispôs, levantando-se num pulo. Correu para o banheiro deixando a amiga reclamando pra trás.
Assim que a antropóloga entrou no banheiro, Tiago foi para perto de Regina e começou a desfazer os curativos da perna dela, analisando o ferimento. Por sorte, nenhum ponto feito havia sido aberto, então o médico apenas higienizou a região baleada e deixou-a sozinha no sofá.
Tiago foi para a varanda da casa do amigo, e começou a pensar nos grupos que não haviam chego ainda. Como estaria Bedin, com seu bebê? E Rafael, sem sua mão? E Guilherme... Será que o... "amigo" estava bem? Quando se separaram, o médico havia dito que voltaria, mas não conseguiu. Só podia torcer para tudo estar bem.
Regina fez um esforço para ir até o quarto de Lucas. Imaginou que ele não ficaria bravo se pegassem algumas roupas suas, e precisavam, pois isso fora algo que não lembraram de pegar na hora da fuga. Assim, adentrou o quarto do amigo.
As paredes em tons escuros estavam carregadas de posteres do Batman, personagem que o amigo amava desde a infância, assim como o lençol da colcha que cobria a grande cama. Penduradas na parede do lado oposto de onde a professora se encontrava, estavam as famosas "Katanas do Lukatto". Dispostas de maneira regular no suporte, elas se encontravam todas em suas respectivas bainhas.
Regina aproximou-se delas, de maneira cautelosa. Ia chamar os outros, para perguntar se eram aquelas mesmo, quando um movimento suspeito no canto do lugar chamou sua atenção. Olhou para a origem do som e não encontrou nada, mas sua intuição lhe dizia para insistir. Aproximou-se do guarda roupa, que estava do lado da porta. Antes, pensou, era melhor se manter segura. Voltou para perto da cama e pegou uma das katanas, mesmo que incerta sobre a maneira de manejá-las. Tirou a bainha e colocou na cama, segurando com força no cabo.
Foi até o guarda-roupa e sem pensar muito, abriu a porta, ameaçando o que quer que fosse com a espada. Não havia nada ali dentro. Abaixou a espada e respirou tranquila. A perna doía um pouco. Virou-se para sentar na cama, pois o pequeno susto deixou-a cansada.
Porém, o mesmo barulho repetiu-se, como se alguém estivesse correndo e esbarrasse em algo, mas dessa vez, o som vinha do banheiro do quarto. Sabia que, se houvesse algo ali mesmo, era arriscado ir sozinha, mas se gritasse, o que quer que fosse iria ouvi-la também. Estava num beco sem saída, sozinha com uma espada na mão, mas mesmo assim resolveu ir até o banheiro da suíte.
Entrou e deu de cara com o box do banheiro fechado. Levou a mão ao objeto e respirou fundo. Tremia e seu coração estava acelerado, mas precisava saber se tinha algo ali. Engoliu em seco, contando mentalmente até três. Abriu o box.
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The Anarcotarios' Zombie Apocalypse
Ficção CientíficaCom o desenvolvimento da ciência e inumeros testes laboratoriais para atingir a perfeição do ser humano através de mutações genéticas houve, no ano de 2030, um grande erro laboratorial que resultou em algo grande e completamente divergente do objeti...