Regina voltou pra mesa, deixando o amigo ali parado. Todos os que estavam presentes voltaram a conversar sobre a saída para resolverem os últimos detalhes do plano que executariam no outro dia. Kaique apenas sentou-se em uma das cadeiras e não contrariou mais ninguém, apenas deu pequenas sugestões do que poderiam falar para o possível grupo inimigo.
Como dito antes, Endrick fora o primeiro a sair da mesa, indo cochilar um pouco antes de irem. Regina se recusava a dormir, pois depois do planejamento da missão, voltou a pensar no amigo. Assim, ela e Rafael se dividiram para procurar no Estância inteiro novamente. O rapaz levou Kaique consigo, dizendo que poderia conversar calmamente com o jornalista. A líder não contestou, e quem lhe acompanhou fora Victória.
Leonardo, Tiago e Endrick sairam do lugar por volta das 13:30 da tarde, quando o engenheiro levantou-se dizendo que não conseguia dormir ansioso. Os três entraram no carro se despedindo de quem ainda estava no casarão. Cada um levava sua arma e uma faca de reserva, e logo estavam na estrada, indo examinar os redores da construção.
O caminho até a base encontrada fora ditada por Endrick. Leonardo observava atentamente o caminho e Tiago fazia anotações mentais de como poderiam fugir dali e despistar os possíveis invasores.
— Entra na direita e para o carro ali. – Endrick disse, quando viu a rua onde dias antes ele e Emily haviam ficado.
Assim Leonardo fez, parando perto de um prédio que julgou ser alto suficiente para que as pessoas da base não vissem-os. No entanto, quando desceu do carro e foi olhar de longe os muros, percebeu que mesmo se alguém lá de dentro quisesse vê-los, não conseguiria, tamanha altura daquela muralha erguida em sua frente, cerca de duas vezes de distância de onde estava. Um arrepio passou pela nuca de Endrick ao lembrar-se da cena que presenciou ali.
— Não tem ninguém lá em cima. – Tiago chamou atenção dos outros dois. De fato, não havia nenhum guarda naquele lado do muro como na primeira vez que visitaram ali.
— Melhor pra gente, então. – o engenheiro respondeu.
— Esse é um prédio comercial – Leonardo apontou para a construção atrás deles, na calçada contrária a que estavam. – Tá aberto, se estiver limpo...
— Só vamos saber se entrar.
Os três atravessaram a rua, observando o prédio mostrado por Tosco. O que um dia fora uma parede espelhada, agora era somente um amontado de vidro quebrado e alguns pouquissimos pedaços que ainda refletiam algo. A porta estava escanrada, e preso atrás de uma catraca estava um zumbi, que foi morto por Endrick rapidamente. Desviaram da contenção em direção às escadas, já sabendo que o elevador estava completamente fora de uso sem energia.
Os passos eram cautelosos, porém rápidos. Subiram cerca de dez lances de escada, até que Leonardo pediu para que parassem um pouco. Tiago imaginou que estivessem no quinto andar do prédio que aparentava ter cerca de dez, quando olhou pelo lado de fora.
— Tosco, a gente tem que continuar! – o médico falou, estressado.
— Que isso Tiago, ele só tá descansando! – Endrick defendeu o amigo, que já recuperaram o folêgo.
— A gente ir rápido! Se esses caras sairem e verem um carro parado lá embaixo e um zumbi morte no hall do prédio vão entrar aqui e matar a gente!
Endrick abriu a boca para retrucar, mas fora impedido por Leonardo.
— Ele tá certo. Eu já to bem, vamo continuar.
Subiram mais muitos lances de escada, até finalmente encontrarem uma porta e os degraus acabaram. A porta aparentava ser de ferro, pesada, e estava presa com uma corrente grossa, e um cadeado.
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The Anarcotarios' Zombie Apocalypse
Ficção CientíficaCom o desenvolvimento da ciência e inumeros testes laboratoriais para atingir a perfeição do ser humano através de mutações genéticas houve, no ano de 2030, um grande erro laboratorial que resultou em algo grande e completamente divergente do objeti...