Conflicts

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Todos que estavam ali presente iniciaram o pranto, principalmente Regina, que além de segurar seu adorável sobrinho neto, tinha Beatriz como uma de suas melhores amigas.
Rafael não estava naquele ambiente e pôde ouvir todos chorarem, imaginará que fosse de felicidade e inclusive, confundiu um dos choros com o de sua esposa. Isabela ainda encontrava-se junto com o garoto, tentando acalmá-lo, mas agora ele sorrirá aliviado por ter ouvido o choro de seus dois maiores amores. A psicóloga, retribuiu o sorriso enquanto chorava junto com o mesmo, liberando toda pressão que existia em sua mente.
Na cozinha, fecharam a porta antes que o pai pudesse entrar naquele ambiente e aos prantos, começaram a surrurrar pensando no que fazer.

— Tiago... - respirou fundo a braço direito - Não tem nada que você possa fazer?

— Eu... Eu lamento. - o médico engoliu seco, aos prantos também e, provavelmente sofrendo mais do que qualquer pessoa ali por não ter conseguido salvar as duas pessoas. Tinha consciência de ter dado seu melhor mas, ainda sim sabia que se a situação fosse em algum hospital, podia ter salvo ambos. — Eu... Eu fiz tudo que... que eu pude... eu juro! - o garoto estava com medo que a turma brigasse com ele, mas de longe fariam isso com uma pessoa tão importante como o Tiago. Sabiam que era impossível fazer mais alguma coisa naquela situação.

Guilherme se aproximou do garoto, também chorando e o envolveu em um abraço forte e longo. Não soltou do mesmo por muito tempo e ambos aliviaram toda dor que sentiam naquele gesto.

Vinicius abraçava Lisa, que estava com seu rosto virado para o peito do garoto. Não havia olhado a cena do parto e, nem a da morte. Era demais para ela e mesmo assim, a trilha sonora daqueles últimos minutos fez com que a mesma chorasse muito.

— Tá tudo bem, Tiago... - Lucas assentiu em nome de todos que ali estavam. — Todos sabemos que você fez tudo que conseguiu... - poucas lágrimas escorriam periodicamente do rosto do garoto.

— O que vamos fazer agora? - Regina disse enquanto balançava o pequeno Henry no colo, o mesmo já estava parando de chorar - ao contrário da tia. Precisava ser trocado, limpado e alimentado. — Eu... Eu não sei o que fazer... eu... eu preciso pensar em tudo! - a líder estava em pânico, precisava mesmo pensar em tudo. Agora, aquele bebê era sua responsabilidade também. Amava ele com todo seu coração. Precisava contar para Rafael o que aconteceu, decidir o que fariam essa noite, cuidar do Henry, e descobrir porque tinha uma gritaria vindo da parte da entrada da casa - que se encontrava em um caos.

— Re, a gente vai te ajudar fica calma! - Emily colocou as duas mãos em seus ombros, tentando confortar a garota.

— Se quiser, eu posso conversar com o Fael sobre isso... - Endrick disse enquanto enxugava as poucas lágrimas que caiam sobre seu rosto, assim como Luiz. — Luiz vai comigo e a gente explica tudo.

A líder assentiu. — Tudo bem, mas eu vou junto.

— Como quiser - sorriu de canto.

— Gente... O que vamos fazer com a Bedin? - Luiz que ainda gostava da mulher que estava morta a poucos metros de seus olhos, lembrou desse grande detalhe. — Daqui alguns minutos ela vai...

— Vai se transformar igual o Matheus! - Lucas concluiu.

— Consigo fazer o tempo de transformação diminuir com algumas injeções que eu tenho aqui... Não é muito mas dá tempo de vocês organizarem o restante das coisas! - o médico se soltou de Guilherme, mas ainda ficou de mãos dadas com o mesmo, algo estranho mas que ele não ousara em tirar.

Os amigos assentiram com a cabeça e respiraram fundo aliviados com o adiamento daquela situação. Tudo precisava ficar calmo antes de tomarem qualquer decisão. Quando Endrick foi abrir a porta da cozinha, foi interrompido pela fala de Vinicius.

The Anarcotarios' Zombie ApocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora