36.

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Sina.

Acordei ao sentir uma mão pesada cair sobre minha barriga e vi que era Noah. Sorri ao lembrar da noite passada. Apesar de ser a grosseria em pessoa, sempre o achei lindo e quis ficar com ele, e não é porque já tive a oportunidade que a vontade sumiu, ao contrário, só aumentou.

Sem acordá-lo, me levantei lentamente da cama e fui em direção ao banheiro. Tirei toda a minha roupa e entrei no box, ligando o chuveiro e deixando a água quente cair sobre meu corpo. Fechei os olhos e aproveitei a sensação de relaxamento, sentindo meus músculos destravarem aos poucos. Dei um grito ao sentir meu corpo ser empurrado contra a parede gelada. E lá estava Noah invadindo meu espaço outra vez.

— O que você está fazendo aqui?

— Bom dia para você também, Sina.

— Ah, bom dia. — Sorri sem graça. — Mas afinal, por que você está aqui?

— Vim tomar banho. — Um sorriso sacana surgiu no canto dos seus lábios, fazendo com que meu corpo arrepiasse por inteiro.

— Esperasse sua vez.

— Para quê se eu posso economizar água tomando banho com você, gatinha? — Caí na risada ao ouvir aquela sua cantada barata.

— Certo, essa foi péssima.

— Péssimo vai ser se você não me ajudar com esse problema aqui embaixo. — Noah disse e meus olhos caíram para o seu membro quase rasgando a cueca com a ereção matinal.

— Tudo bem, tudo bem... — Ri e selei nossos lábios num beijo cheio de segundas intenções.

Suas mãos apertaram minha bunda desnuda enquanto a água quente caía sobre nossos corpos. Me livrei o mais rápido possível de sua cueca, jogando o pano molhado no canto do box. As mãos de Noah impulsionaram minha bunda e eu levantei minhas pernas e cruzei em sua cintura, fazendo nossas intimidades se chocarem.

— Estou sem tempo para preliminares agora. — Noah segurou seu membro com uma mão e guiou até minha entrada. Já estava preparada para sentir deslizá-lo por mim quando lembrei que estávamos sem camisinha.

— Se meu irmão sonhar que eu transei sem camisinha ele me mata. Desculpa, não vai rolar. — Desci uma perna quanto senti a mão dele espalmar a mesma. Me assustei com sua atitude e levei a perna de volta ao lugar que estava.

— Já tinha uma camisinha aqui no box, sua boba. — Sorriu e rasgou cuidadosamente o pacote com os dentes. Levou o preservativo até seu membro e cobriu o mesmo.

Com a mão livre, levou seu pau até minha entrada e com a outra me empurrou para baixo, o fazendo deslizar para dentro de mim. Joguei a cabeça para trás e deixei um gemido alto escapar da minha boca.

Noah segurava minha cintura com uma mão, me guiando para cima e para baixo e com a outra juntou meus pulsos e os levou acima da minha cabeça. Seus movimentos eram bruscos e rápidos, me fazendo perder o ar.

— Vamos lá, Sina. Grite no meu ouvido o meu nome, grite o quanto você gosta que eu te coma. — Ele aproximou seu rosto do meu pescoço e começou a distribuir mordidas me fazendo arfar. — Vamos lá, goze para mim de novo igual você gozou ontem.  — Suas estocadas se tornaram mais rápidas, me fazendo perder o equilíbrio. Noah riu de mim e soltou meus pulsos, permitindo-me encontrar equilíbrio em seus ombros.

— Mais... Forte. — Pedi entre gemidos e Noah me olhou assustado. Levei minha boca até o lóbulo de sua orelha, mordendo a região. — Por favor, Noah. Por favor, Noah. — Disse seu nome em tom de um estranho gemido sensual que pareceu funcionar, pois ele rapidamente intensificou os movimentos.

Eu já havia perdido todas as minhas forças e apenas me apoiava na parede e deixava Noah me segurar. Minhas pernas estavam fracas e senti elas começarem a tremer. Segurei o rosto de Noah e levei até meus seios, fazendo o mesmo abocanhar e fazer uma massagem deliciosa com a língua em cada um. Eu já não sabia se o banheiro estava abafado pela água quente ou por nós dois. Àquela altura, meus gritos eram descontrolados e as coisas que Noah falava em meu ouvido não faziam sentido algum, mas eu não ligava.

Senti minhas pernas tremerem mais ainda e aquela onda de prazer deliciosa percorrer o meu corpo. Gritei o nome de Noah e me joguei contra a parede. Mais algumas estocadas e ele chegou ao seu ápice também. Noah encostou a testa em meu ombro e ficamos ali, tentando controlar nossas respirações até nos acalmarmos.

Alguns minutos depois, senti Noah sair de dentro de mim e tentar me colocar no chão, mas sem sucesso pois as minhas pernas ainda tremiam. Mais algum tempo depois, ainda com certa dificuldade, me enrolei na toalha e fui levada nos braços de Noah até a cama. Ele me deitou no colchão e abriu minha toalha, em seguida minhas pernas.

— Noah, não... — Resmunguei e ele riu.

— De novo você pedindo não a mim. Já sabe que não funciona, né?

— Já vi que minha moral é uma merda com você. — Suspirei e me permiti aproveitar o momento outra vez.

Noah abriu ainda mais minhas pernas e aproximou seu rosto. Sua boca quente distribuiu beijos e algumas mordidas na parte interna da minha coxa. Me agarrei aos lençóis da cama ao sentir sua respiração quente próxima da minha intimidade. A ponta da sua língua fez uma trilha de saliva pelos grandes lábios, fazendo movimentos de cima a baixo. Com os polegares, ele afastou os mesmos grandes lábios que estavam recebendo carinho e sua língua entrou na minha intimidade, fazendo um carinho sensacional.

— OH, NOAH! MAIS RÁPIDO, POR FAVOR! — Gritei e ele atendeu meu pedido, intensificando o movimento de entra e sai de dentro de mim. Uma de suas mãos foi até o meu rosto fazendo carinho, introduzindo dois dedos na minha boca em seguida. No início me assustei com a situação, mas logo me acostumei e entendi o que ele queria. Chupei seus dedos na mesma intensidade que ele me chupava, reproduzindo os movimentos.

Sua língua sabia fazer um bom trabalho, em qualquer parte do corpo. Agora eu entendia o porquê das meninas serem completamente loucas por ele. Um cara desses, lindo e bom de cama, não se encontra em qualquer lugar. Certo, também não é todo dia que se encontra uma Sina Deinert. Eu era de outro mundo também, as más e as boas bocas diziam.

Sabia que não éramos um casal, longe disso, mas nossa conexão, nossa química e nossa sintonia era coisa de louco. Desde a primeira vez que nos esbarramos na porta do elevador, senti que nossa energia era a mesma. Nossas provocações, nossos beijos e nossas transas só provaram isso. Nossa conexão era boa em todos os aspectos. Juntos, mesmo trocando farpas, conseguíamos fazer um bom trabalho na empresa do meu irmão. É, talvez estivéssemos predestinados a nos conhecermos em algum momento, talvez nossos já caminhos já eram traçados. Acho que nossa relação só tendia a melhorar agora. Só esperava que o ego inflado dele não nos atrapalhasse em nada.

Gritei o nome de Noah e gozei pela segunda vez naquela manhã, sendo limpa pelo bom trabalho que a língua dele fazia em mim. Seu rosto se aproximou do meu e selei nossos lábios mais uma vez. Sua língua que há pouco tempo acariciava minha intimidade, agora fazia um carinho gostoso na minha língua. Ele fez uma trilha de beijos da minha boca até minha mandíbula, indo e voltando diversas vezes. Noah se afastou de mim lentamente e eu resmunguei.

— Calma, afobadinha. Ainda temos o dia todo para aproveitar, não vamos gastar toda nossa energia agora pela manhã. Comprei camisinha o suficiente para explorarmos cada lugar desse quarto. — Soltei um gemido baixo de excitação e ansiedade e ele riu. — Mas calma, agora não. Vamos trocar de roupa e descer para o café, seu irmão deve estar sentindo sua falta.

Me levantei e fui até minha mala, pegando uma roupa que cobrisse todas aquelas manchas roxas do meu corpo. Arrumei meus cabelos, passei um perfume leve e saí de mãos dadas com o Noah.

Por Deus, o que esse homem estava causando em mim? Eu nunca fui assim.

GREY ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora