43.

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Sina.

Espera aí, Noah. Como é? — Coloquei as mãos no rosto desacreditada. — Você me trata como um lixo todos os dias e acha que der vontade eu estarei esperando de pernas abertas? Se enganou também. Em momento algum eu pedi que você me amasse ou que beijasse os meus pés, mas eu esperava no mínimo respeito por mim, já que você mesmo disse no WhatsApp que queria ser meu amigo. Mas já percebi que essa sua amizade só existiu enquanto você tentava foder comigo. Pode deixar, eu entendi o seu recado. Nossa relação volta a ser o que era antes, se é isso que você quer. Passar bem.

Em passos largos, andei o mais rápido possível até a sala do meu irmão, entrando na mesma. Não consegui prestar atenção no que ele falava, pois minha mente continuava lá fora, lembrando do que aconteceu. Christian percebeu e perguntou se eu estava bem, mas menti e disse que só estava cansada do dia. Ele disse que entendia e pediu que eu fosse para casa.

Voltei para minha sala, peguei minhas coisas, me despedi de Shivani e saí o mais rápido que pude. Peguei um táxi e enquanto ele não chegava, a maldita cena se repetia na minha cabeça. Cerca de quarenta minutos depois havia chegado em casa. Joguei minhas coisas no chão e pulei na cama, afundando meu rosto no travesseiro. Assim que a ficha caiu, meus olhos ficaram embaçados e as lágrimas caírem descontroladamente por meu rosto.

O que estava acontecendo comigo? Eu não deveria me importar com o que Noah havia dito, afinal, ele estava certo. Éramos apenas colegas de trabalho. Não sei o porquê que a minha mente se incomodava tanto com aquilo, visto que não era a primeira vez que me acontecia algo do tipo. Não, aquilo definitivamente não poderia estar acontecendo comigo.

Tudo bem, Sina Grey. Está tudo bem com você e o seu coração.

GREY ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora