75.

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Sina.

Primeira rodada.

Barcelona × Real Madrid. Um clássico. Comecei com a bola e rapidamente corri para o lado do campo adversário. Noah não tinha muito domínio no controle, por isso rapidamente fiz o primeiro gol.

— Fácil. — Disse sorrindo e Noah revirou os olhos. Ele puxou a jaqueta do corpo e a jogou em algum canto da sala.

— Você é acostumada com isso. — Ele reclamou.

— Faz tempo que não jogo. — Me defendi e dei de ombros. — Sem choro.

Segunda rodada.

Noah começou com a bola. Aos poucos ele foi pegando o jeito e eu comecei a sentir dificuldade em dominar o jogo. Ele acabou perdendo a bola e eu recuperei o domínio do jogo, logo correndo para fazer mais um gol.

— Eu te odeio. — Noah resmungou e eu caí na risada, dando um gole na minha cerveja em seguida.

— Anda, tira a blusa. — Exigi e Noah obedeceu. Passei a língua nos lábios ao ver seu peitoral desnudo.

— O próximo gol quem vai fazer sou eu, e eu vou descobrir a cor do sutiã que você está usando. — Um sorriso malicioso se formou no canto de seus lábios e eu mostrei o dedo do meio para ele.

Terceira rodada.

Como eu tinha sofrido um gol, eu que começava com a bola no pé. O nível de dificuldade só aumentava e eu estaca começando a ficar desesperada, temendo que talvez eu pudesse perder para Noah. O seu jogador chutou a bola para o gol, mas o meu zagueiro tirou antes de entrar, fazendo a bola ir para o escanteio.

— Olha Sina, eu vou fazer o gol agora. — Noah disse com toda a certeza do mundo e eu gelei. Sou péssima em escanteio.

E assim como ele tinha dito, aconteceu. O boneco cabeceou e eu não consegui tirar, muito menos me defender. Vi a bola entrar em câmera lenta e sacudir a rede. Porra.

— Vamos, baby. Tira essa blusa agora. — Seu ego estava no céu nesse momento. Cruzou os braços atrás da cabeça e me observou.

Suspirei e agarrei a barra da regata que eu vestia, puxando para cima e passando pela cabeça, revelando meu sutiã branco.

— Amo lingerie branca. — Comentou e ficou com a coluna ereta outra vez, pronto para voltar ao jogo.

— O último gol é meu. — Dei uma piscadela e apertei o play.

Quarta rodada e minutos finais.

O tempo corria e era cada vez mais difícil levar a bola até o gol adversário. Sempre que Noah se aproximava do meu gol, o goleiro defendia e sempre que eu tentava me aproximar do seu gol, seu goleiro defendia; Sentia uma fina camada de suor se formar em minha testa e meu coração ficar acelerado. Eu era competitiva e me recusava a perder esse jogo para Noah. Ganhar esse jogo era como me colocar no topo outra vez, me tirando da posição de submissa que eu me sentia em sua vida.

Ia além de ganhar uma partida no FIFA. Isso aqui já ganhou outro nível.

Um minuto para o final de tempo. Eu precisava de mais um gol. Eu era competitiva.

Tinha a bola em meus pés. Ótimo. Agora era fazer o gol.

Corri pela direita e Noah acabou se perdendo com os seus bonecos, e enquanto ele se distraía trocando o comando, eu cabeceei para o jogador que estava na frente do gol e ele jogou a bola, que passou raspando na mão do goleiro.

Apito final. Sina Grey ganhou.

— TOMA ESSA, SEU BESTA! — Gritei e me levantei da poltrona, indo até Noah e bagunçando seus cabelos. Ele continuou parado olhando para a televisão desacreditado.

GREY ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora