Capítulo 33

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NOTA DA AUTORA: Meus queridxs leitorxs, mil desculpas por não ter postado semana passada. Tive alguns problemas pessoais que acabaram me atrapalhando no final de semana e durante a semana meu trabalho não me ajudou em nada a ter tempo para escrever. Mas estou aqui! Espero que gostem desse capítulo, e um pequeno aviso esse capítulo contém cenas hot. Não sei quantos dos meus leitores curtem esse tipo de cenas, então fica aqui o aviso do conteúdo. Mas enfim, espero que aproveitem a leitura ;)


Elizabeth perdeu o fôlego no momento em que aceitou a mão de Duque. Parecia que a realidade daquele momento a estava acertando em cheio. Ela havia jogado tudo para o alto e estava num clube de jogatina com ele. Logo ele, que ela havia tentado superar durante sua estadia em Paris. Os dois haviam se desencontrado tantas vezes que parecia um pouco surreal aquele momento. Como se ela pudesse acordar a qualquer hora de um sonho.

A dama sempre tivera a capacidade de seguir suas vontades, sem preocupações com que os outros estavam pensando. Mas daquela vez, Elizabeth havia se superado. Estava se sentindo libertina circulando acompanhada num cassino. Ela sabia que não fazia o menor sentido esse sentimento, já que havia ido ao Royale em diversas ocasiões. Mas daquela vez era diferente. Havia aceito um convite direto para ter um encontro em um clube de jogatina.

Não conseguia deixar de pensar na ironia da situação. Há dois anos havia seguido June para o mesmo cassino, a fim de evitar um encontro dela com James, e agora Elizabeth estava fazendo a mesma coisa. Jogando com seu destino. Só daquela vez não teria um irmão para impedir qualquer coisa que fosse acontecer naquela noite. Dessa vez, estava por sua conta e risco.

Caminhou ao lado de Duque segurando sua mão, passando pelos corredores do Royale sem saber exatamente onde estava indo. Deixando-se levar por aquele homem misterioso que a havia encantado há tempos atrás. Enquanto caminhava pelo cassino, conseguia ver diversos cavalheiros conversando em pequenos círculos. Eventualmente os olhos dela cruzavam com os de alguma dama que estava acompanhando algum cavalheiro. Mas conseguia sentir uma energia circulando entre as pessoas. Uma certa euforia, como se por algumas horas, houvesse um pacto silencioso de deixar de lado sua identidade e entregar-se completamente às suas vontades.

Uma risada começou a surgir no fundo de sua garganta. Estava se sentindo deveras travessa, ao ser contagiada por toda essa euforia que era o Pandemonium. Não se lembrava de nenhuma dessas sensações da última vez que veio ao Royale à noite. Aquele dia havia sido marcado muito mais por nervosismo e tensão. Entretanto, uma sensação de liberdade tomava seu peito naquele momento.

- O que tem tanta graça?- Duque virou-se para ela, com um ligeiro sorriso no rosto. Suas feições demonstravam uma certa curiosidade. Como se ele também quisesse fazer parte da piada.

- Não é nada- Elizabeth respondeu, tentando de qualquer maneira fazer suas feições ficarem sérias. Queria estar parecendo sedutora e na realidade estava rindo como uma criança de 4 anos que acabara de aprontar alguma arte.

Como estava perdida em seus pensamentos, não havia percebido que Duque a havia entrado por uma série de corredores vazios e mal iluminados. Um contraste brusco com a multidão do saguão principal. Provavelmente, eles estavam andando pelas entradas secretas do cassino. A dama imaginou que seriam esses caminhos que os três donos usavam nos momentos em que queriam circular livremente.

- Ah não! Agora a senhorita precisa me dizer qual o motivo dos risinhos. Não pode esperar que um cavalheiro a escute e deixe passar. Especialmente numa noite como essas- Duque continuou a conversa.

- Eu achei que o intuito do Pandemonium era justamente não pensar demais. Deixar os desejos falarem mais alto- Elizabeth comentou com uma sobrancelha arqueada, encostando-se na parede.

Exílio do Amor (Livro I da Série "Família Clark") [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora