t r i n t a e s e t e

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lorenzo

Terminei de me vestir as pressas, ouvindo meu celular apitar naquele toque conhecido de mensagens, ele estava descarregado e eu tinha o colocado na carga quando cheguei. Por que o tirei do silencioso?

Fui até ele, acabando de ajeitar a gola da camisa pólo cinza que eu usava, eu tinha que descer para almoçar com os outros, pois depois iríamos fazer mergulho subaquático em Blue Hole.

Mas meus pensamentos estavam na Malvie, e em como eu queria estar com ela, em como estava estupidamente perdido por essa mulher, de uma forma que chegava a queimar por dentro, como eu não podia a deixar escapar de novo, mesmo tendo saído de sua cama a pouco tempo, era pra onde eu queria voltar.

Sai de meus pensamentos, com mais toques de notificação, então abri o aplicativo. Elisabeth.

Esse era um caso mal resolvido. Eu ainda não tinha conversado com ela, pois eu não queria a magoar, ela fez muito por mim, sempre me apoiou, e as pessoas que ficam, não são descartáveis.

Abri as mensagens, não esperando pelo conteúdo delas.

Umas de ontem a noite, e essa, a uns oito minutos atrás.

"Estou em San Lawrentz, queria muito ver você. Em dez minutos estou no Kempiski, pode me esperar na porta do hotel?"

Bufei antes de simplesmente sair do quarto, eu tinha que conversar com Elisabeth, pois a estadia dela aqui, sabendo o que ela sente por mim, poderia afastar Malvie de alguma forma e agora que eu consegui um avanço significativo, eu não iria permitir.

Cheguei no hall do hotel em pouco tempo, avistei Jimmy e Summer ao longe mas passei por eles depressa, ouvi algo como um chamado do Jimmy, mas depois falaria com ele, então caminhei para fora e não demorou para que eu avistasse Elisabeth, tendo ajuda de um motorista de aplicativo a retirar suas inúmeras malas coloridas do carro.

Me aproximei dela que estava de costas, pensando em chama-la para ir até um dos restaurantes do Kempiski para conversarmos. O motorista logo deixou a última mala ali, ela agradeceu e ele se foi.

Ela aparentemente notando minha presença, se virou, sorrindo, os cabelos platinados voando a frente de seu rosto pela brisa do mar.

— Ah, você está ai. Esse lugar é lindo! — Sorriu mais, vindo em minha direção, como quem vai dar um abraço, solicito a isso, esperei que ela o fizesse, e ela fez bem mais que isso, ao me beijar. Não que antes isso não fosse comum.

Fiquei atônito por uns segundos, a sentindo me abraçar pelo pescoço, prendendo-me a ela, me remexi me afastando devagar para não ser brusco, a empurrando levemente pelos ombros.

— Elisabeth, não. — Frisei. — Precisamos conversar.

Sua expressão se tornou outra em segundos: supresa.

— Okay. — Murmurou incerta. — Você está frio, fiz algo de errado?

— Não. — Respondi a ela, ela não tinha culpa de nada. — Faça o check-in, podemos nos encontrar em meia hora no restaurante tailandês do hotel? — Perguntei, pois eu sabia que os outros não comeriam nele. Eles preferiam italiana ou francesa.

Ela assentiu, ainda sem entender. — Certo, mas quero que me explique isso depois. — Verbalizou.

— Eu vou, mas por hora vou chamar um concierge, para te ajudar com as malas. — Falei saindo dali, me sentindo estranhamente culpado, mesmo que eu tenha sido beijado e não o contrário.

E chamei um dos concierges que ficavam na recepção, e logo Elisabeth estava fazendo o check-in, se hospedando em um dos poucos quartos vagos, (ela tinha feito reserva e sequer tinha me dito.)

ResoluçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora