House on the Hill [Terminada]

Adorável irritabilidade

Acordou sentindo dores em seu corpo, sentia-o pesado e corou violentamente lembrando-se do que fizera ontem com Sasuke. Pode reparar no quanto ele era belo, sua pele era bastante alva e poucas pintas o salpicavam. Os cabelos sedosos e negros estavam revoltos e espalhados pelos lençóis brancos. Ele estava sem roupas deitado ao seu lado, a lareira ainda iluminava seu corpo e as grossas cortinas tampavam a claridade que vinha de fora. Passou as mãos pelo tórax do rapaz, vez ou outra sentia a pele em relevo de suas cicatrizes de batalha.

Desceu os dedos sem perceber o que fazia, pelo tronco trincado do rapaz. Os músculos definidos causavam a irregularidade perfeita no tronco masculino. Havia pouquíssimos pelos lisos em sua barriga, ainda entretida Sakura reparava o sexo do rapaz, possuía poucos pelos ali e um "amigo" de tamanho satisfatório. Respirou pesado ao notar a glânde avermelhada, com isso corou.

Tentava entender aquele mix de sensações de ontem. As coxas dele eram fortes, Sakura respirou fundo voltando-se para o rosto do rapaz. Ele possuía lábios avermelhados. Muitas mulheres o invejariam por isto, seu nariz era um pouco grande como de muitos rapazes, mas seu formato era delicado. Ele sempre se barbeava notou a moça. Ousou acariciar-lhe os cabelos sedosos.

Muitas moças relataram à Sakura uma primeira vez sem prazer, a puren agradecia a qualquer entidade  por sua primeira vez ter sido tão prazerosa. Ela se aproximou de Sasuke pronta para lhe acariciar o rosto mais este segurou sua mão com brusquidão assustando-a. Os olhos vermelhos do lorde a encaravam entre a pálpebra semicerrada.

-O que esta fazendo? -Ele estava com os olhos arregalados e rubros. Sakura puxou sua mão do aperto de forma brusca. Ela se encolheu possuindo a certeza de que não deveria ter ficado e dormido com ele, por que aquela reação horrível vinda dele?

Era muito cedo e o ainda nem surgira lá fora. Hoje provavelmente seria um dia de tempestade. A menina se colocou a sair da cama.

-Eu me assustei, apenas isto! -Justificou Sasuke sentando-se na cama sentindo-se um idiota pela grosseria. Sakura o encarou com um semblante magoado. Aquele rosto tristonho foi o suficiente para causar compaixão ao coração frio do rapaz. Ele a puxou com certa urgência para si colocando-a em seu colo.

-O que ia fazer em mim? -Perguntou o Uchiha desconfiado. Ele nunca soube o que era carinho, as pessoas geralmente o traíam, por isso esperou algo suspeito. Fora que estava em um sono pesado. Sakura se sentia pior.

-O que pensa que eu ia fazer para reagir desta forma? -Disse a menina levemente irritada. Sasuke travou a mandíbula, odiava perder nas discussões. Ela voltou a tentar lhe tocar e ele pulou levemente se assustando.

Puren e Demônio se entreolharam, estranhamente uma intuição martelou no coração da garota. Sakura estranhou sua reação e lentamente tocou-lhe o rosto observando os músculos do homem se tencionarem. Tocou o rosto liso do lorde acariciando-lhe, passava de suas bochechas calmamente até a sua nuca. Ela acariciava lentamente as costas masculinas agora sentindo também a musculatura tensa se relaxando. Passou as duas mãos simultaneamente nos ombros do rapaz os massageando. E então ele relaxou de vez. Ele a encarava de forma tão incisiva que a deixava sem graça. Era como se o rapaz pudesse ver sua alma... E era exatamente isto que ele estava fazendo.

-Por que fica tão alerta? -A moça indagou. Sasuke franziu o cenho.

-Não é do nosso interesse no momento! -Disse Sasuke fugindo do assunto. A abraçou escondendo o rosto em seu pescoço. 

Aspirava o cheiro doce que ela tinha, o cheiro que Sasuke sentia era o da alma feminina em seus braços. Assim como na história "O Perfume" de Patrick Suskind. Demônios como o Uchiha podiam sentir de fato o cheiro verdadeiro das pessoas. Demônios conseguiam captar as verdadeiras cadeias químicas que a alma das pessoas produziam em seu corpo. Sim... cada parte dela tinha uma essência ditada pela alma dela, e qualquer Demônio podia sentir isto. Cada parte do corpo feminino possuia um componente que formava o perfume de sua essência. E o dela... Era um perfume único.